O dia que em que a filha mais velha decidiu que ia dirigir o Fusquinha do papai. |
- Do dia em que a mamãe colocou uma bandeja
de doce para secar ao sol, sobre seu teto, e o papai saiu dirigindo o fusca sem
observar o que estava carregando.
- Da primeira viagem (em estrada de terra)
em que o pneu murchou e a câmara de ar tinha treze furos e era impossível outro
remendo.
- Da noite em que atropelou um cachorro e o
estrago foi tão grande que parecia o fusca ter batido num boi.
- De quando nasceu o primeiro neném da
família e o fusquinha arriava a traseira com tanta tralha a transportar.
- Da vez que pegando água mineral com gás,
da fonte natural, os garrafões no porta-malas fizeram as rolhas saltarem
molhando tudo o mais.
- Da tarde a levar o pessoal num passeio à
fazenda quando os cães ali de guarda não deixaram as visitas nem baixarem os
vidros, quanto mais... saírem do veículo.
- Do primeiro (e último) carona pego ao
acaso na estrada que, ao passar mal... lançou vômito nas costas de alguém.
- Da difícil manobra da vovó a se alojar no
banco traseiro, pois no banco dianteiro haveria de ir a bisa.
- Do tantão de presentes que iam saindo
daquele carro na noite de natal.
- Das muitas lágrimas de seus quatro
proprietários na venda do Volks.
- Da saudade que deixou pra trás junto com
a poeira à beira do caminho.
Felizmente sentimento que durou só até
a aquisição de um carro maior. Afinal o crescimento rápido da família exigia mais
espaço.
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".