dezembro 10, 2013

A discussão de gênero, sexo e balé na Suécia

Desenho de Eduardo, 5 anos.

A Suécia, país onde dizem haver mais respeito aos direitos das mulheres, resolveu levar ao extremo o assunto dos gêneros. Decidiram tratar as crianças por volta de 5 anos de idade de maneira igual, sem qualquer distinção de sexo.

Sem ao menos chamá-las de menino ou menina, os brinquedos mais populares na escola são bonecos sem roupas, sem sexo aparente. Usando expressões faciais marcantes, os pequenos devem aprender melhor sobre as próprias emoções. O experimento é fruto de uma considerável promoção da falsidade ideológica da igualdade entre os seres humanos. Este laboratório infantil está sendo chamado de neutralidade de gêneros.

Os criadores dizem que a ideia é diminuir as diferenças sociais com relação ao feminino e masculino. Exemplificando que no mercado de trabalho, por exemplo, uma mulher chega a ganhar 30% menos que um homem. Nos Estados Unidos 9,5% e na linda Suécia 7,5%. Mas esquecem de contar que a mulher-mãe dedica efetivamente menos tempo à carreira que um homem. Até mesmo pela lincença maternidade e amamentação.

Mascarando a questão, eles dizem que pretendem acabar com essas diferenças para exterminar questões que fazem parte do mesmo pacote, a violência doméstica e sexual. Sem saber (ou sabendo) que essa é uma ideia requentada do marxismo quando no leito de morte Marx descobriu que a revolução só poderia vencer se houvesse a destruição da família.

Agora, um esforço conjunto do país é feito inclusive no tratamento entre as pessoas. Ao invés de usarem o pronome masculino "ele" (han em sueco) ou "ela" (hon) eles tratam as pessoas por hen que não significa nenhuma das duas outras coisas. Esse conceito foi iniciado nos anos 60 (primórdios do feminismo nos Estados Unidos) e em 2012 foi usado num livro infantil que conta a história de uma criança e seu monstro. Sem classificar nenhum dos dois como menino ou menina, somente pessoa e monstro.

O livro que gerou curiosidade.

De repente, mas não por acaso, tudo mudou no país onde as escolas preferem brinquedos que não determinam gênero, como legos e bichos. Ano passado, a maior loja de brinquedos do país fez propaganda com um menino dando mamadeira para uma boneca. O país pretende mesmo ir ao extremo, ou seja, pushing the envelope - não sabe o que significa? Leia aqui.

Entretanto como fazem se a menina quiser brincar de casinha? Não vai poder! Ué, eles não eram flexíveis, relax, deixando a criança seguir seus sentimentos? Parece que não é bem assim. Não há escândalos, repressões, nem olhares, para meninos brincando de bonecas, mas ele que não ouse pegar numa arma ou carrinho. Será sumariamente excluído e forçado a fazer aulas de balé.

Enquanto isso, no outro lado do mundo um país lança a cura gay, proíbe que psicólogos anunciem em jornal seu trabalho e discute seriamente a criação de vagão exclusivo para mulheres nos trens urbanos da sua maior cidade.


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Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra por ai.

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