dezembro 07, 2013

A humanidade é mais inventiva hoje do que no passado.


As razões para fazer algo inovador são mais variadas do que se pensa e dinheiro é apenas uma das menores motivações para se criar uma novidade. A simples paixão é o que mais motiva um inventor.

Divergem os que pensam a respeito desta característica ser ou não inata. No Brasil, assim como Estados Unidos e Alemanha acredita-se que esta é uma qualidade que pode ser aprender ao longo da vida. Na China, Rússia e Córeia do Sul, ao contrário, pensam que essa é uma particularidade que trazemos desde o nascimento. Raciocínio que leva os chineses a chances menores ainda de serem grandes inventores, algo relacionado a este outro post. Num pensamento linear, sendo chinês, se você não nasceu com a semente criativa, azar o seu.

A genialidade é feita de 1% de imaginação e 99% de transpiração. Thomas Edison

Muitas discussões, poucas conclusões. Mas uma dedução que chegaram os pesquisadores é que crianças que tem raciocínio lógico tem mais chances de inventarem coisas. Outros atributos seriam: imaginação, curiosidade, persistência e facilidade em resolver problemas. Os traços menos favoráveis entretanto são arrogância, forte habilidade numérica e perspicácia.

O comportamento de um descobridor varia entre as diferentes culturas, ou seja influencia a maneira como lidamos com a criação de uma ideia inovadora. A cultura torna-se importante na preferência entre genialidade solitária ou em equipe. Por exemplo, na Alemanha 57% preferem criar sozinhos, enquanto na China 73% veem o esforço coletivo como algo mais poderoso.

A roda, a eletricidade e a internet são consideradas as invenções mais importantes do mundo.
Mas se você tem até 20 anos, com certeza, pensa que é o celular.

É possível relacionar o quanto os fatores externos influenciem na capacidade inventiva dos seres humanos. Vivendo no Brasil temos vários exemplos desses fatos. Pessoas muito criativas que nascem em lugares desfavoráveis terão mais dificuldades para se desenvolverem e, como consequência, também para inventar algo realmente novo. Por exemplo em países onde o sistema educacional é fraco (leia algo relativo ao assunto aqui neste post), onde faltam recursos, num país onde a economia é fraca, ou onde há poucas leis a respeito da propriedade intelectual.

Países que não se importam muito com a patente das suas descobertas sofrem nos dias de hoje. Me lembra a história do Japão ter patenteado o açaí. Perderam, é fato. Mas só depois de 4 anos de disputa judicial, onde o Ç parece ter sido uma peça significativa. Ganhamos pela complexidade de usarmos uma letra que não existe no japonês. Outro exemplo é a Apple que não deu a mínima pela patente do iphone no Brasil. (Para quê? É muito caro e eles são muito pobres.) Perdeu para a Gradiente que teve um produto com esse nome anos atrás, mas iam recorrer.

Decifrar quais, quando e onde serão as próximas inovações é um jogo para inocentes. Não se atreva! Fale, no máximo, de tendências que já é um bom risco. Pense que 20 anos atrás não havia internet e 60 anos atrás ninguém falava de DNA. Hoje temos 20% dos genes humanos patenteados (leia sobre isso neste post) e estamos decidindo se nossos filhos serão inventores ou não, com base nesses genes.

A próxima tendência? Leia aqui neste post.


--
Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra por ai.

Um comentário:

  1. A inventividade sempre estará ligada à necessidade. Somos eternos insatisfeitos porisso o celular e a internet estão modificando tanto. Queremos informação : sempre, mais, melhor, e mais rápido.

    ResponderExcluir

Leave your comments here.