março 14, 2014

Um certo corcel cor de mel


Todos sabem que comprar carro semi novo de um (a) amigo (a) é melhor do que comprar em uma agência qualquer. O que não poderíamos imaginar é, que mesmo comprando o dito cujo de um colega de trabalho (que se dizia amigo) ia ser a maior “fria”.

O corcel cor de mel fazia uma bela figura dentre outras marcas de carros do mesmo porte. Mas... como sempre tem um mas, ou um porém, ou todavia e até contudo... O motor do semi novo fundiu. 

_ Como? Quando? Onde?

Logo na primeira viagem da família em visita aos parentes, passando pela Fernão Dias, assim sem mais nem menos, o radiador se achou um gêiser e mandou ver!

O motorista parou o automóvel sem desligar a chave, pois tinha uma idéia do que poderia estar acontecendo, e sua esposa assustadíssima com aquele barulhão e fumaceira, abriu a porta e saiu correndo para bem longe com a filha no colo. Elas sim deviam estar achando que a coisa ia explodir e pegar fogo.

Chegando ao destino, sabe-se lá como, todos os familiares queriam saber detalhes do acontecido. 

Ninguém ousou rir da desventura dispendiosa do corcel que foi vendido ali mesmo por uma ninharia. Afinal, recuperação ou troca de motor poderiam ser tão caras quanto outro carrinho de segunda mão.

Aquele tinha causado muita discussão e chororô além de péssima impressão.


Acho que você vai gostar de ler outros Contos da Beth, aqui.


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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