Escureceu e ninguém ali lembrou de fechar as janelas devido ao calor. Indo à cozinha beber mais um copo d’água titia deparou com uma coruja perto do fogão. Assustada a ave ia se esconder, quando se viu agarrada pelas mãos do tio, com auxílio de um pano de prato.
Foi a primeira vez que a criançada teve oportunidade de observar uma corujinha tão de perto: enquanto uma menina dizia que a “bichinha” estava assustada, o rapazinho retrucava que coruja tem olhos arregalados mesmo. Outra criança, querendo pegar a ave, comentava sobre suas penas macias, asas longas, cabeça quase do tamanho do corpo etc. Por fim, todos se indagavam o que Dona Coruja teria vindo fazer ali na cozinha.
As hipóteses seriam as mesmas de outros animaizinhos, que apareceram de outras vezes por ali: fuga, fome, família, fadiga ou por estarem perdidos, sem rumo devido a alguma queimada ou algum outro acidente. Enfim Dona Coruja foi levada para fora da casa e libertada, voou alto em direção à árvore mais próxima.
A vizinha octogenária ao saber o fato se benzeu três vezes. Essa parte da ocorrência é que surpreendeu.
Ninguém mais ali acreditava que um lindo e inocente animal daqueles poderia ser aviso de acontecimento ruim.
Um biólogo de plantão falou que poderia ter sido o próprio luar a atrapalhar a caçada noturna da ave.
Era a última noite de lua cheia de um verão seco, sem nuvens no céu.
Mistério indecifrável e sem limite é a imaginação do ser humano!
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Linda foto. Autêntica pois eu estava lá naquele momento.para registrar. Abçs. Beth.
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