"Um adulto criativo é uma criança que sobreviveu." |
A frase é da Ursula K. Le Guin, mas a foto é do famoso Escher, Maurits Cornelis Escher (1898-1972). Artista holandês que fez importantes contribuições para o mundo das artes matemáticas. Isso mesmo, trabalhos artísticos com precisão matemática utilizando basicamente de lápis, papel, régua, compasso, transferidor e esquadro. Algumas das obras mais importantes foram feitas entre 1946 e 1969. Ou seja, muitos anos antes do primeiro Illustrator aparecer na face da Terra!
Ele valorizava as sombras e profundidades para fazer obras originais e imaginativas. Os desenhos mais conhecidos são esses abaixo.
Relatividade, 1953. Litogravura. |
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Em vários desenhos ele desafia nosso olhar com imagens intrigantes usando geometria espacial.
Estudo para a obra Casa de escadas. |
Eu me inspiro especialmente nos padrões que ele fazia com uso de tessellation. Uma técnica que trabalha com encaixe de peças que não deixam vãos e também não faz sobreposições. A trama de um tecido precisa necessariamente encaixar num número final e igualmente não acontecem sobreposições. Ou o fio está para cima ou para baixo, não tem outro lugar para ele ir num tear.
Algumas obras são extremamente elaboradas mesmo considerando design gráfico, computador e softwares. O pensamento do artista considerava a geometria hiperbólica que conta com rotação, reflexão (espelhado vertical, ou horizontal) e deslocamento (paralelo por exemplo). Esse estudo é um dos meu favoritos.
Estudo - Desenvolvimento 11, 1939. |
Além dos desenhos e pinturas, ele fazia xilo e litogravuras. Aproveite seleção!
Casa de escadas, 1951. Litogravura. |
Limite do círculo I, 1958. Xilogravura. |
Cisnes (cisnes brancos e cisnes pretos), 1956. Xilogravura. |
Borboletas, 1950. Xilogravura. |
Figura 3, estudo para Divisão regular do plano IV. |
Divisão regular de plano IV. |
Limite do quadrado. |
Logo para o restaurante Insulinde, 1944. |
Opa... mas o que essa logo está fazendo no meio das coisas dele?? Acontece que Escher também passou dificuldades no período da Segunda Guerra Mundial. Ele também tinha um amigo que ia inaugurar um restaurante de comida chinesa. Então, esse cara pediu para o artista fazer o emblema (chamava assim antes) do restaurante e ofereceu vales refeição em troca. Deu nisso, um brand no meio das obras de Escher. Viu como a história de fazer design em troca de banana é antiga?
Escher finalizando um trabalho em espiral. |
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Romero Britto na rodoviária do Tietê
Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso tem coisas interessantes para compartilhar.
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