fevereiro 21, 2014

Meu computador

Tenho um computador com uma agenda lotada:

O dia de rodar o programa antivírus, o dia da faxina geral, o dia do silêncio, o dia sem web câmera para não pesar e travar a ligação, etc. e tal e vai por aí afora sempre com vaga para um acréscimo.

De vez em quando aparece problema no mouse, ou no teclado, na CPU, no monitor.

Sem contar nas inúmeras vezes que recebo mensagens deste tipo:

"Apresentamos a versão básica de imagens solicitadas, pois a versão padrão não é compatível com a sua lentidão; Você deve estar usando um programa pirata, quer que verifiquemos isso agora?"

"Desculpe houve um problema inesperado e vamos reiniciar seu computador; Sofreste um tilte, relate à Microsoft"; E mais um tanto a interromper meu trabalho a qualquer momento.

Assim mesmo estou satisfeita em ter sido apresentada a essa máquina fabulosa e agradeço todos os dias por ter a chance de:

Digitar sem esforço; De ser lembrada de corrigir as falhas; Acrescentar as vírgulas. E ainda de mandar e receber rapidamente as notícias dos familiares ou amigos distantes; De poder conversar vendo a outra pessoa mesmo que esteja do outro lado do globo terrestre; Remeter fotos e vídeos, e tantas outras coisas sendo que nem preciso de todos os recursos disponíveis.

Mas da última vez que levei minha dúvida ao técnico especializado em “computador com puta dor”... ouvi o seguinte:

_ Mesmo que sua máquina esteja super protegida de vírus, é bom que saiba:

Já estamos vendo casos de antivírus evidenciando incompatibilidade uns com os outros. 

Decodificando para leigos: estão travando uma batalha entre si, dentro de computadores.

Estávamos trocando idéias na porta do consultório, perdão, da loja/oficina. 

Era chegada a hora de euzinha sentar na beira da calçada e abrir o bué.

Heroicamente não o fiz! 

Sorri amarelo e comentei:

_ Assim como a arte imita a vida, computadores imitam humanos e estão sofrendo de efeito colateral medicamentosa...

_ É! 

Como a minha memória anda falhando, tenho uma vaga lembrança de ter ouvido esta afirmativa aí.

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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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