Uma cena singela em San Diego, CA. Veja a versão brasileira dessa foto aqui. |
Quando os seres humanos de culturas diferentes se encontram necessariamente ocorre uma troca de informações que inevitavelmente vai influenciar a criação de produtos diferentes. Neste sentido, uma rápida troca de olhares vale para que sejam absorvidas influências e saberes diversos. A interação acontece no mundo todo desde que as placas geotectônicas começaram a se movimentar.
No Brasil, diz a lenda, que quando os índios encontraram os portugueses houve uma troca de presentes. Os índios entregavam seus melhores artefatos e os portugueses retribuíram com o que sobreviveu à longa viagem de navio. Com certeza houveram flechadas, mas nenhum romântico do século 19 ousaria comentar tais desafetos.
No setor automotivo americano, os crossovers apareceram numa dessas crises do petróleo pela necessidade dos carros utilitários esportivos (Sport Utility Vehicles - SUVs) serem menos beberrões. A cultura da época interferiu na maneira como o designer criava esses carros. Para ajudar no entendimento, um crossover é feito na plataforma de um carro de passeio, médio ou pequeno; enquanto um tradicional SUV utiliza o chassi de uma pickup dessas grandonas (na foto). No Brasil aconteceu exatamente o oposto e foi também pela cultura, ou seja, por falta de dinheiro mesmo. A viabilidade de uma real SUV era mínima nas terras tupiniquins por isso, os carros fantasiados de SUV apareceram primeiro. Nada contra, cada um com a sua respectiva vivência.
Falando nessas influências, a próxima inspiração neste setor deve ser o uso de materiais renováveis e recicláveis como motivo central de design. Ou seja, não mais fazer o produto usando um material reciclado por exemplo, mas pensar no produto a partir desse conceito. Usando uma matéria-prima que não seja exatamente idêntica em escala industrial ou que seja propositalmente desigual nos diversos países da marca. E isso também é muito bom, porque traz o conceito de pensamento global motivando a economia local.
Outra ideia mais distante é a valorização da ética empresarial naquela hora que você tira o produto da prateleira e coloca no seu carrinho. Considerando produtos que sejam saudáveis, além de seguros e priorizando a menor geração de resíduos industriais na produção ou ainda, privilegiando ciclos completos de produção que incluem a reciclagem final do produto, como a Puma faz aqui. E mais importante ainda, ponderando se a empresa respeita seus colaboradores considerando que são seres vivos e parte integrante do planeta.
No futuro, dizem por aí, que esses dois princípios citados acima vão intervir de verdade na manufatura e no modo de produção, no consumidor e na escolha de compra. Euzinha aqui de longe, não vejo a hora dessa segunda tendência chegar no Brasil. O mais rápido possível, por favor.
Veja a referência aqui.
Falando nessas influências, a próxima inspiração neste setor deve ser o uso de materiais renováveis e recicláveis como motivo central de design. Ou seja, não mais fazer o produto usando um material reciclado por exemplo, mas pensar no produto a partir desse conceito. Usando uma matéria-prima que não seja exatamente idêntica em escala industrial ou que seja propositalmente desigual nos diversos países da marca. E isso também é muito bom, porque traz o conceito de pensamento global motivando a economia local.
Outra ideia mais distante é a valorização da ética empresarial naquela hora que você tira o produto da prateleira e coloca no seu carrinho. Considerando produtos que sejam saudáveis, além de seguros e priorizando a menor geração de resíduos industriais na produção ou ainda, privilegiando ciclos completos de produção que incluem a reciclagem final do produto, como a Puma faz aqui. E mais importante ainda, ponderando se a empresa respeita seus colaboradores considerando que são seres vivos e parte integrante do planeta.
No futuro, dizem por aí, que esses dois princípios citados acima vão intervir de verdade na manufatura e no modo de produção, no consumidor e na escolha de compra. Euzinha aqui de longe, não vejo a hora dessa segunda tendência chegar no Brasil. O mais rápido possível, por favor.
Veja a referência aqui.
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Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso tem coisas interessantes para compartilhar.
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