abril 28, 2014

A história do glúten, continuação.

Poseidon provendo o café da manhã grego.

Continuando a história de ontem...

Os dados históricos do post de ontem só falam de doença celíaca e não da alergia ou da sensibilidade ao glúten porque "intolerância ao glúten" é um termo guarda-chuva para doença celíaca, sensibilidade ao glúten não celíaca e alergia ao trigo.


A diferença é sutil e controversa, mas vamos ao falar do que temos hoje em dia. Aliás, é preciso saber: no passado entendia-se que a pessoa podia nascer ou não com a doença celíaca, não havendo possibilidade de desenvolvê-la depois. Atualmente alguns médicos (detalhe, os estudiosos e mais atualizados somente) vão dizer que é possível adquirir a doença celíaca mesmo depois de adulto. Ou melhor, ativar o gene que já existia no seu corpo dependendo do seu estilo de vida.


Então quais são as outras condições relacionadas ao glúten? Qual a diferença entre elas?

Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca (NCGS Non-Celiac Gluten Sensitivity em inglês)

É a classificação que gera mais divergência no meio, pois nem todos os médicos concordam e por isso existe pouco estudo para ajudar no diagnóstico. Os sintomas são parecidos com os da doença celíaca, mas não há identificação no sangue. Ou melhor, não foi identificado nada ainda que mostre diferença no sangue ou no código genético.

O Dr. Fasano acredita que esses pacientes tenham uma reação imunológica diferente dos celíacos, mas ele não está certo de que alguém possa desenvolver a doença celíaca por causa da sensibilidade ou que os leucócitos (células de defesa) comecem a atacar outros órgãos. A hipótese dele é que na sensibilidade não celíaca o sistema imunológico ataca o glúten e a inflamação causada por essa luta afeta o sistema digestivo gerando os sintomas intestinais.

Alergia ao glúten

Em geral os médicos consideram a alergia ao trigo uma das mais comuns entre as crianças. Os sintomas variam ao infinito e as reações podem ser desde intestinais e ainda dificuldade de respirar, tosse, olhos vermelhos e coceira. O tratamento é para a vida toda, dizem eles, mas a boa notícia é que algumas crianças superam essa alergia quando adultas.

Entretanto, um alergista do Nationwide Children's Hospital o Dr. David Stukus recentemente afirmou que não existe alergia ao glúten. "Existe alergia ao trigo", disse ele numa apresentação para a American College of Allergy. Completou dizendo que não acredita na dieta sem glúten, mas também não aprofundou muito nas razões para tal. 

Doença celíaca

Como essa já foi amplamente estudada, não vou detalhar, mas basicamente acontece na presença do glúten causando reações em cadeia. As células de defesa do corpo atacam as vilosidades do intestino fazendo com que essas atrofiem dificultando a absorção de nutrientes pelo corpo. 


Quer ler o texto de ontem? Veja aqui.


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Isabela: designer, especialista em tecidos automotivos, estudou psicologia clínica, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra pelo caminho.
ATENÇÃO
Todo o material escrito na seção ALERGIA tem somente a intenção de informar com referências. Você não deve de jeito algum deixar de conversar e comunicar seu médico sobre suas decisões de trocar ou parar de tomar qualquer remédio, suplemente ou começar a fazer qualquer tratamento. Por favor use o bom senso, faça sua própria pesquisa. Consulte seus especialistas quando resolver fazer alguma substituição que afete sua vida.

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