abril 29, 2014

Experiência de refeição sem glúten no voo Delta

Cada vez mais pessoas sabem dos menus alternativos que as companhias aéreas oferecem nos voos de longa distância. Desde comida infantil até vegetariana, passando pelo sem glúten ao sem sal. Conferindo com antecedência no site da operadora do voo, você faz o pedido. Cada empresa aérea tem um prazo mínimo. Então resolvemos testar a refeição sem glúten da Delta no voo de volta para casa.

Logo depois que decolamos, a comissária de bordo colocou etiquetas na parte de cima dos nossos assentos para identificar nossa preferência alimentícia.

GFML - Gluten-free meal

Depois disso, todas as vezes nós fomos servidos antes dos outros passageiros, junto com as crianças. Acredito que ajuda a manter a vida delas organizadas e a ordem da cabine, ou seja, faz os pimpolhos ficarem quietos. Inclusive, vale a pena lembrar as mamães que nos voos que saem dos Estados Unidos a comida tem pimenta. Sempre! Por isso, peça a refeição infantil e evite choro, os colegas de viagem agradecem.

Voltando ao nosso jantar sem glúten, o banquete veio variado com alguns elementos que eu não como por motivos ortodoxos.

Salada crua, frutas, pãozinho, caixa surpresa e o prato quente lá no fundo.

O prato quente estava muito bom, sem pimenta porque foi feito no Brasil.

Dentro da caixa vermelha tinha esse pessoal ai.

Algumas dicas extras que eu posso dar são sobre o glúten no pão e na barrinha. Sei que a maioria do fermento tem glúten, pois em geral é feito à partir do trigo. Já a barrinha tem aveia que alguns consideram como glutenizada também. Então vai da sua "religião" se você come eles ou passa para o colega do lado que vai ficar rindo à toa.

Agora vamos ao café da manhã, novamente serviram a gente primeiro. Muito bom porque estávamos com fome mesmo. Tinha uma embalagem prateada com algo quente dentro... que será?

Maça gala, suco de laranja e supresa prateada.

Sanduíche de pão, presunto e queijo.

Outras dicas do recheio do lanche (como chamam os sanduíches lá em São Paulo). Eu sei que alguns presuntos e queijos americanos contêm glúten, mas como a refeição foi preparada no Brasil e era um pedido especial eu vou deduzir que usaram produtos sem o malévolo glúten. De qualquer maneira, o contato com o pão não é muito recomendado para celíacos pelos médicos mais rígidos (veja o vídeo do Dr. Tom aqui).

Espero que na sua próxima viagem você deixe a timidez de lado e peça sua alimentação especial.

Na Delta eles têm 16 tipos diferentes (acho que eu devia ganhar pra falar isso):

  • Asian vegetarian meal - refeição asiática vegetariana que pode não estar disponível em todos os voos.
  • Baby meal - comida de bebê.
  • Bland meal - para quem tem problemas estomacais, sem mostarda, picles e outras coisas picantes.
  • Child meal - comida infantil de 2 a 12 anos.
  • Diabetic meal - refeição para diabéticos
  • Gluten free meal - o motivo desse post
  • Hindu meal - limitado uso de leite, vegetariana e apimentada.
  • Japanese meal - tradicional japonês
  • Kosher - preparado com supervisão de rabinos
  • Regal kosher (JFK-TLV) - somente nas cabines JFK e TVL (nem ideia o que seja).
  • Low fat / low cholesterol / low calorie meal - refeição de baixo colesterol, gorduras e calorias.
  • Low sodium - menos sal.
  • Muslim meal - não contém carne de porco.
  • Toddler meal - para crianças que começaram a andar e precisam de ajuda dos pais para comer, são comidas mais fáceis para servir a eles.
  • Vegetarian (vegan) meal - comida vegetariana.
  • Vegetarian (lacto-ovo) - comida vegetariana com ovo e leite.

Mais sobre glúten? Existem alguns outros textos interessantes para você.


8 sinais que o glúten não gosta mesmo de você



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Isabela: designer, especialista em tecidos automotivos, estudou psicologia clínica, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra pelo caminho.
ATENÇÃO
Todo o material escrito na seção ALERGIA tem somente a intenção de informar com referências. Você não deve de jeito algum deixar de conversar e comunicar seu médico sobre suas decisões de trocar ou parar de tomar qualquer remédio, suplemente ou começar a fazer qualquer tratamento. Por favor use o bom senso, faça sua própria pesquisa. Consulte seus especialistas quando resolver fazer alguma substituição que afete sua vida.

2 comentários:

  1. Oi Isabela, td bem? Em primeiro lugar, gostaria d e parabeniza - la pelo seu blog : simplesmente maravilhoso!!!
    Bom, mas vamos lá às minhas dúvidas : pretendo viajar para os EUA com um bebê de 1 ano e 9 meses que é extremamente alérgico a ovo. Então, ele não pode comer o ovo em si e nem nada preparado que contenha o produto. Todas as viagens que faço dentro do Brasil, levo a comida dele toda congelada, pois acaba sendo mais prático e seguro pra mim (OBS : não sei cozinhar NAAAADA... Kkk) . Será que, se eu colocasse em saquinhos fechados a vácuo e tentasse colocar rótulos, eu não conseguia levar a comida congelada, em? Eu poderia levar também uma carta traduzida do pediatra dele... Enfim, caso vc ache muito difícil essa opção, me dê dicas do que fazer estando aí, QUE NÃO ENVOLVA COZINHAR... Para piorar minha situação, eu estarei acompanhada de toda a família do meu esposo... O que dificulta ainda mais a escolha de restaurantes específicos em função apenas do meu filhote. Quando tiver um tempinho livre, me dá uma orientaçao ou dicas, please!!

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  2. Olá, obrigada! Eu faria o seguinte... primeiro verificar se no voo tem a opção de "baby meal" e ler o que contém. Se ficar na dúvida, veja a "vegetarian/vegan meal" e peça com antecedência uma dessas refeições. "Vegetarian (lacto/egg)" não serve porque tem ovo - e laticínios que não é o caso, mas enfim. No voo de ida é mais fácil, mas na volta é torcer para não ter pimenta porque americano ama pimenta. Na "baby meal" não tem pimenta. Até chegar nos Estados Unidos é tranquilo porque você pode levar a comida que quiser. Desembarcando existe o risco de não passar na alfândega, mas a carta em inglês da pediatra ajuda sim! A comidinha embalada à vácuo é uma ótima ideia, lembrando que podem sim, abrir a mala tirar e jogar fora, mas enfim, eu arrisccaria. Leve mais sólidos, menos líquidos chegando lá você amassa, coloca um caldinho, etc. No aeroporto dentro dos EUA, descubra onde comprar coisas naturais. Banana, maçã sempre tem, em todo lugar. Leia os rótulos sempre. "Processed in a factory that process egg..." - procure essa frase e passe longe desses produtos (em geral industrializados) mesmo que não contenham os tais ovos "eggs". Eu sei que vai ser uma dieta restrita para o bebê, mas entendo que vai ser por um período curto, certo? Por isso, tenha em mãos o que ele ama e pode comer. Quando encontrar algo que não contém ovos e foi feito em equipamento que não processa ovos, seja esperta e compre mais de um. Se o bebê gostar, compre vários! Ainda, chegando lá eu pediria nos restaurantes "baby food with no eggs" OU vegan, avisando que o baby é "VERY allergic to eggs" para tomarem cuidado no preparo. SE falarem que não garantem, não arrisque. Falando nisso, leve os antialérgicos, todos! Leve a epipen e ande com ela na bolsa. O truque para uma viagem em família que não te deixa maluca é ter vááárias opções de alimentos permitidos na sua bolsa. Caso contrário o baby fica chatinho, chora, o pessoal (da família mesmo) fala mal (de você), reclama (de você) e (já vi isso também) alimenta o bebê escondido de você... um inferno. Já falei isso em outro lugar, mas chegando na cidade procure um mercado e compre comida de bebê, por exemplo. A maior produtora de comida de bebê daqui é a Gerber e nesse site você indica o que precisa "baby food" e a alergia "(do not contain) eggs" e deve aparecer um monte de opções para comprar. https://medicalmenuplanner.gerber.com/FoodSearch/FoodTagSearch MAS leia o rótulo porque tudo pode ter mudado, cada estado é diferente do outro. Boa viagem e manda notícias de como foi a aventura! =)

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