novembro 25, 2013

Não tenho nada a perder ou ganhar, então sigo minha intuição.

English here.
"Fucked up, I have nothing to gain nothing to lose." Jonathan Adler

Antes de qualquer coisa, preciso dizer algo sobre essa frase. Tenho medo de falar coisas desse tipo e pessoas entenderem: "Legal, vou fazer o que der na cabeça e fodam-se os outros." E a cabeça desse sujeito é simplesmente um calor de esterco, mas me lembrei que esses caras não leem esse blog, ufa!

Voltando ao assunto, não é isso que Jonathan Adler quer dizer com sua frase. Ele tinha 26 anos, gostava de fazer cerâmica, mas diziam que nem nisso ele era bom. Não conseguia parar em nenhum emprego e não tinha qualquer perspectiva de trabalho ou carreira. Foi quando ele disse o "foda-se, não tenho nada a ganhar nem a peder." e foi fazer potes de cerâmica.




É provável que a ação depois da constatação tenha sido mais importante que as peças de cerâmica que ele fez no início, pois assim é todo o começo de algo. Ainda que genial, o princípio é algo composto de grande potencial e... só! É o famoso 1% da inovação. A ação ou atitude da pessoa é que vai decidir onde vai chegar com a ideia.



Então ele resolveu usar a criatividade e fazer tudo o que tivesse vontade. Desde potes comuns até almofadas, sem nenhuma estratégia de negócio, nem planejamento, mas seguido seu coração. A história provou que esse era um bom coração a se seguir.



No começo de sua vida, como vários adolescentes, não era bom aluno, não gostava das matérias, exceto a tal cerâmica. Já adulto era demitido por ser ruim e/ou por dormir com várias pessoas na empresa, inclusive com seu chefe. Quando terminou a faculdade, perguntou para a professora de cerâmica se ela achava que ele deveria fazer algo naquele ramo. "Não, você é ruim!" - foi a resposta.



Já ouvi pessoas falando: "Se não fosse isso ele não ido em frente". É uma opinião discutível. Sei que algumas personalidades se beneficiam com comentários do tipo e se esforçam, vão além. Outros, como Jonathan, apertam o "foda-se" e seguem suas ideias, sem mais nem menos esforço. E tem aqueles que deixam de acreditar em sim por causa de comentários infelizes. Como saber? É possível ter uma noção reparando como o jovem reaje às críticas em geral, quais são as inteções dele e o que você ganha (ou perde) se ele se der bem. 


Para encurtar o post, hoje ele não faz somente cerâmicas ou almofadas; faz design de interiores e escreve livros sobre tudo isso. Quando abriu sua primeira boutique em Manhattan não imaginava que um dia teria 26 lojas espalhadas pelo mundo e muitos empregados dependendo das decisões diárias dele. Veja a loja virtual dele aqui.

O que eu gosto nos objetos que ele faz? A influência da Arte Moderna e Pop.

Que mais? O estilo "não-feminino" que ele imprimiu na decoração.

Tudo nesse ambiente é da loja dele. A banana dourada... um tirada e tanto.

Essas peças de madeira fazem parte da nova coleção.

Um chifre de metal no meio da sala? Precisa muito estilo para ter um desses.

Animais modernistas, sejam vasos ou não.

Essa coleção de chá, café é o máximo!

Borrachas gigantes, por que não?

Esse é Jonathan Adler.


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Isabela: designer, estudou psicologia clínica, especialista em tecidos automotivos, trabalha inclusive com análise de tendências de design e comportamento humano. Está morando fora do país, por isso gosta de compartilhar as coisas interessantes que encontra por ai.

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