novembro 02, 2013

Aquele algo mais

"Todas as pessoas são importantes, seja gentil em tudo o que você faz,
somos livres para aprender juntos... e buscar o que é verdade, todas as

pessoas precisam ser ouvidas, construa um mundo mundo justo e de pacífico".

Existiu um Profeta que se chamava Gentileza. Homem comum, simples, do campo que deu atenção a um chamado ouvido aos vinte anos de idade, e deixou os bens materiais para pregar a “GENTILEZA QUE GERA GENTILEZA”. Por onde andou até seu tempo na Terra expirar, aos setenta e nove de idade, divulgou mensagens de amor fraterno, escrevendo nas pilastras e passarelas; conversando com motoristas e transeuntes nas vias; distribuindo flores; recolhendo palavras de incentivo, apertos de mão, abraços...

A cada dia está mais difícil vermos um tiquinho que seja dessas gentilezas no dia a dia. Porém, vendo AQUELE ALGO MAIS no atendimento a fregueses, clientes ou desconhecidos que cruzam nossos caminhos... agradecemos sensibilizados.

Não é que na toalete de certo aeroporto internacional, deparamos com alguém cumprimentando-nos em português; sorrindo numa linguagem universal; perguntando como foi a viagem etc. e tal?  E não era uma pessoa conhecida, encontrada por acaso não. Uma simples serviçal, afro-descendente, aparentando meia idade, ali no seu ofício de manter limpo e perfumado o banheiro. Fomos apurar: ela sabia só aquelas frases decoradas e uma canção que falava de um BEM espalhado no mundo há 2013 anos!

Ao entrarmos no avião para um vôo doméstico de quarenta e nove minutos, porta fechada, pronto para decolar... O comandante anuncia que teremos de ficar ali parados por cinquenta minutos, pois o aeroporto a nos receber se encontrava superlotado. Vejam só! De imediato a Comissária de bordo explica no microfone a inesperada situação, sai de poltrona em poltrona anotando de cada passageiro sua necessidade de chegar a tempo, desembarcar e tomar outro avião, no destino previsto, e propõe um jogo para passar o tempo.

Não demorou a estarmos todos rindo, envolvidos com a brincadeira “de auditório televisivo” onde o líder indaga para ver quem conhece a resposta. O prêmio ao primeiro acertador podia ser: mini garrafa de bebida ou sacolinha de balas. Para agilizar, sem tumultuar, quem achava saber a resposta certa, acendia a luz sobre sua poltrona. Todos muito atentos e comportados, às vezes acendiam a luz sem saber o que responder e era uma gargalhada só no ambiente. Super gentileza, não? Nem vaia se ouviu ali.

Vale lembrar aqui a seguinte trova “Alegria em si não há tamanha, que encontrar GENTE AMIGA em Terra estranha!”

E para ser gentil com quem leu até o final, oferecerei uma balinha diet para o acertador do autor da TROVA que transcrevi.

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Elisabeth Carvalho Santos (63) desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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