maio 30, 2014

E faça-se o Fiat Uno


Dando continuidade ao relato dos carros, que rodaram pela minha existência, ou da minha vida acrescida de carros chego à saída do túnel diante do Fiat.

E faça-se o FIAT!

 Existia certa desconfiança quanto às placas eletrônicas do seu mecanismo em forma da seguinte dúvida:

_Como agir se o carro apresentar problema numa viagem com a família?

Ficar parado na estrada? Com o volks tínhamos aprendido a quilometragem sem água. Agora teríamos de aprender a não tentar trocar peça sozinho ou parar para ajustar “a rebimboca da parafuseta”. Uma questão de seguir as normas e dar tempo ao tempo da adaptação.

Assim a família adquiriu o primeiro Fiat, o segundo e... não saiu mais.

Por isso mesmo os episódios curiosos são muitos o que me obriga a escolher só um. Do Uno! 

Viajando da localidade da sua residência no interior das Minas Gerais, Lucas (não Lux) aceitou levar uns presentinhos de alguns parentes para outros. E lá se foram para a capital...

Ao descarregar o porta malas perguntou à tia onde colocar a encomenda, ao que ela apontou o sofá da sala do apê. O motorista então foi trazendo da garagem do prédio, pelo elevador, em cinco idas e vindas: mandioca, chuchu, milho verde, lima, laranja, doce de limão, rocambole, geléia, pernil, linguiça e as enormes folhas de taioba que não deveriam amassar!

Sofá abarrotado chega, ao mesmo instante do serviço o tio, que exclama:

_Não sabia que você meu sobrinho havia comprado caminhão!

_Realmente gente, aquilo parecia uma feira livre. Graças à versatilidade do Uninho Fiat, e honra seja dada ao mérito do Lucas em dispor cada saca, cesta, sacola, caixa e tapeuér direitinho no porta mala e no banco traseiro!


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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