abril 26, 2015

Quais tipos de comida posso levar para os Estados Unidos?

Gente, apesar de muito bom, esse texto é de 2015 e eu não consigo responder os comentários porque já está lotado. Então me ajuda aí, DEIXE COMENTÁRIOS NO TEXTO SEGUINTE. Posso levar isso para os Estados Unidos? Novidades...

VEJA OUTRA ATUALIZAÇÃO AQUI

***
Depois de uma viagem de 9 horas para os Estados Unidos, você chega, abre a mala e descobre um papel estranho lá dentro. Humm, alguém deixou um bilhetinho para mim.

Aviso de inspeção de bagagem em inglês e espanhol.
TSA www.tsa.gov

Tudo bem, agora já foi, mas para as próximas viagens é melhor estar preparado. Saiba que se algo suspeito aparecer no raio-x, eles vão abrir a sua mala. E se tiver colocado um cadeado que eles não conseguem abrir eles vão quebrar o seu cadeado para abrir a mala. Se tiver enrolado naqueles plásticos caros do aeroporto, eles vão abrir também. Por isso eu não coloco cadeado quando volto para os EUA, mas também nunca levo eletrônicos, câmeras, relógios nem outros objetos de valor na mala.

Se mesmo assim, preferir colocar cadeado, veja nos aeroportos os cadeados que os agentes americanos conseguem abrir. Sim, eles têm uma chave mestra para alguns modelos especialmente produzidos com Transportation Security Administration. Procure pelo selo approved by TSA (aprovado pelo TSA). Algumas dessas marcas são Safe Skies e Travel Sentry.

Como Funciona?
Conforme acordo com o TSA, os inspetores de bagagem podem, se necessário, abrir seu cadeado, inspecionar e fechar novamente sua mala sem danos.

Na primeira vez que achei o bilhete eu estranhei, o coração disparou, fiquei me sentindo culpada, mas depois me acostumei e entendi que faz parte do trabalho deles. Até porque quem mandou eu querer levar coisas que geram dúvidas? Eu insisto no tal pacotinho de feijão que eles sempre confundem com milho. O feijão vendido nos Estados Unidos é velho, eu acho. O milho é artigo proibido pela imigração.

Dentro da mala, pelo raio X, esses dois ficam bem parecidos.

Então vamos à pergunta de milhões de dólares.

Que tipo de alimentos posso levar na mala para uma viagem para os Estados Unidos?

Se for para consumo próprio, vários! Alguns deles estão nessa lista básica, mas recomendo você ver por completo no site do governo americano, aqui.

- condimentos, por exemplo, ketchup, mostarda e pimenta
- azeite de oliva e outros óleos vegetais
- pão, biscoitos e barrinha de cereal
- balas e chocolates
- queijos e derivados do leite desde que não contenham carne
- comidas enlatadas ou embaladas à vácuo
- peixe e frutos do mar, defumado ou fresco (como você vai levar isso eu não sei, mas que pode, pode)
- frutas secas
- leite de vaca e derivados para alimentação infantil (existe restrição para leite de cabra, leia esta página para entender direito a situação)
- bebidas em pó somente se estiverem lacradas e com a lista de ingredientes em inglês
- sucos, só enlatados
- chás comercialmente embalados, mas nada de levar folhas soltas ou folhas de coca, barberry e folhas de cítricos porque estes são proibidos
- café, torrado ou não
- temperos, a maioria é permitida, menos os que contenham laranja, limão, lima e outros cítricos (já explico)
- mel e afins desde que não tenha a intenção de alimentar as abelhas americanas
- miojo ou similares desde que não tenham ovos ou carne no pacotinho de tempero
- arroz de todo o tipo, mas sem a casca, arroz com casca não pode (veja uma restrição em vermelho nesta página)
- farinhas de trigo, arroz e aveia
- cogumelos, desde que não contenham a parte de baixo do bulbo nem esteja sujo de terra (também explico)
- nozes e castanhas, desde tostadas, torradas ou cozidas
- frutas e vegetais, depende da fruta, depende da região, milho não pode, veja o site
- carnes, depende, melhor olhar as restrições no site
- ovos e seus derivados, praticamente nenhum


As frutas cítricas são proibidas porque a Califórnia produz laranja em grande quantidade e qualquer pedaço de fruta, galho, folha ou partícula de um cítrico pode conter praga ou doença. É exatamente o que eles pensam e querem evitar que aconteça.

O milho é outra grande lavoura do país e pode entrar pelo mesmo motivo falado acima.

Ovo não é permitido por causa dos países com a gripe do frango. Existem exceções do tipo, se estiver vindo do México, de regiões específica, com o ovo totalmente cozido, pode.

Carnes também têm a questão da doença da vaca louca e porco tem restrições, mas não me lembro o por quê.

Terra ou alimentos não lavados contendo terra (como os cogumelos) não pode porque trazem micro animais, parasitas, vermes que podem se proliferar indesejadamente no país. Caso eles não tenham predadores nas terras do Tio Sam vai gerar um problemão.

Achou muita frescura? Fique sabendo que o Brasil também tem restrições como os 500 dólares que não aumenta há anos, as armas de brinquedo e produtos em quantidades maiores que 10 produtos. Porque eles consideram que sendo acima de 9 do mesmo tipo é mercadoria para revenda e não pode quaisquer que sejam eles!

Outra página para tirar dúvidas é essa aqui.

Clique nas imagens para ler o bilhetinho. Espanhol ou inglês para sua comodidade.

 


POR FAVOR
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Atualizações de 2018 bem aqui Posso levar isso para os Estados Unidos? Novidades...

abril 24, 2015

Tem ou não tem preço?

Detalhe de um quadro da Beth.

Você chega à loja, escolhe uma roupa bonita. Procura a etiqueta do preço, mas não acha. 

Chama a vendedora e faz a pergunta:

_ Quanto custa? Não estou achando onde estaria o preço ...

E a vendedora procura, procura e também não acha.

Vai até o computador, e responde a pergunta da freguesa:

_ Custa três de quarenta e três.

_ E à vista?

E a vendedora volta ao computador e diz:

_ À vista tem desconto de dez por cento.

E aí você fica sabendo que aquela linda roupa tem preço mesmo que, não esteja discriminado na peça.

De outra feita, você vai sair de uma loja e vê uma pilha de jornais, e pergunta se estão à venda.

_ Não. Pode pegar seu jornal. É grátis!

Naquele momento você fica sabendo, que aquele jornal não tem preço mesmo.

Agora... você entra num estabelecimento comercial, encontra um(a) vendedor(a) que lhe sorri perguntando se pode ajudar. Conduz você ao departamento de roupas, onde todas as peças têm as especificações devidas, inclusive o preço, na etiqueta; e ao pagar no Caixa é surpreendida pelo desconto para pagamentos à vista, e um jornal grátis... isto não tem preço.




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

abril 22, 2015

O que Ouro Preto tem?


O que é que Ouro Preto tem?

Tem montanhas e luar;
Tem burrinhos, pombos brancos;
Nuvens vermelhas pelo ar;
Tem procissões nas ladeiras
Com dois sinos a tocar;
Opas de todas as cores
Anjinhos a caminhar...
Tem Rosário, São Francisco
Santa Efigênia, Pilar...
Tem altares e oratórios
Cadeirinhas de arruar.
Tem casas de doze janelas,
Estudantes a cantar...
Tem saudades e fantasmas
Ouro por todo lugar.
Tem santos de pedra- sabão
Calçadas de escorregar,
E ali, na Rua das Flores,
Na varandinha do bar,
Tem a figura risonha
Do grande pintor Guignard
Que Deus botou neste mundo
Para Ouro Preto pintar.

Cecília Meireles



Alberto da Veiga Guignard, artista brasileiro, de coração mineiro, experienciou  um relacionamento mútuo de encantamento com Ouro Preto, pintava montanhas, casinhas, igrejas, gente e balões. Ele ainda se aventurava em desenvolver o próprio design, criava selos e cartões personalizados com todo carinho para seus amigos. Também fazia esse trabalho em objetos, até mesmo instrumentos musicais.


Amanda é estudante de Filosofia e mora em Ouro Preto – MG. Lança no mundo um olhar contemplativo e é por isso que pode trocar informações e curiosidades sobre tudo o que gosta e experimenta: ideias, arte, saúde, ética, estética, e o principal: pessoas, além de lugares e natureza.

abril 17, 2015

Como?

Outro quadro da Beth.

No livro de segundo ano escolar tinha, de acordo com minha memória, uns versinhos assim: “Se o mundo fosse... um grande doce? As plantas balas e pão de ló... que seria de todos nós? Faria dó! 

Como se pode viver, sem água para beber?”

Os pequenos aprendizes ficavam a imaginar os rios de chocolate, as lagoas de sorvetes rodeadas de pedras de pés de moleques, montanhas de brigadeiro, jardins floridos de jujubas multicores e casas de biscoitos cobertas de telhas empirulitadas.

Aí então, desenhavam, e coloriam aquele que poderia ser um dos mais cobiçados desejo infantil. 

Chegado o momento da frase final da poesia percebiam, com tristeza, a impossibilidade de se viver sem água para beber. Pensavam que só a água do banho diário poderia acabar nas torneiras. Não ter água de chuva, de fonte, nos rios, represas? Isto seria impossível na cabecinha de cada “pingo de gente” ali sentadinho na sala de aula. Também não era objetivo da professora preocupa-los, por isso os desenhos eram exibidos no varal das obras de arte decorando o ambiente escolar.

Hoje as mesmas crianças daquela escola reúnem-se para discutir a questão da má distribuição de água no planeta Terra: enquanto chove torrencialmente em áreas urbanas causando transtornos de todo tipo, os reservatórios abastecedores de água vão secando. Países que não preveniram, tentam  agora medidas emergenciais.

Impossível culpar só a natureza sem antes fazer exame de consciência bem feito. O velho ditado: “A economia é a base da porcaria” deu lugar à máxima: “Preservemos a Terra! Ela não nos foi dada pelos nossos pais, está sim nos sendo emprestada por nossos netos”.



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

abril 16, 2015

No Vale das Sombras e a reflexão sobre a fidelidade

 

No Vale das Sombras é um filme de 2 horas e 4 minutos lançado em 2007 que apesar de ser uma ficção, foi baseado numa história real. O nome em inglês, "Valey of Elah" fala do lugar onde aconteceu a batalha entre Davi e Golias.

Este é mais um filme americano de guerra, mas não é de maneira nenhuma um filme sobre a guerra. Mais do que isso, esta película permeia várias guerras e alguns temas bons para reflexão em aulas de ética, psicologia, sociologia ou da vida cotidiana mesmo.

Um dos assuntos do filme que pouco se comenta por aí é a fidelidade. Essa não é qualquer fidelidade e isso você vai percendo gradualmente. Fica nas entrelinhas das conversas, nas atitudes dos personagens e na envolvimento por baixo da trama.

A lealdade se faz presente desde o início do filme, logo quando o policial aposentado Hank (Tommy Lee Jones) sai de casa em busca do filho Mike (Jonathan Tucker) recém chegado da guerra do Iraque. No caminho, o policial corrige a posição de uma bandeira americana que foi hasteada de cabeça para baixo. Lealdade ao país, às intituições e a ordem instituída. Ele explica ao imigrante que nos Estados Unidos a bandeira de cabeça para baixo significa "desesperança, tudo está perdido".



Sem saber que esse era um presságio, Hank continua sua busca e vai encontrando pedaços (literalmente) da história do filho na guerra que aconteceu num país distante. Então ele encontra a detetive, Emily Sanders (Charlize Theron) que vai ajudá-lo na busca investigação. Traindo a ordem das coisas, na delegacia ela tenta fazer seu serviço enquanto os colegas, ao contrário, continuam fieis aos deboches e zombarias de quem nada pretende fazer.

No grupo de soldados que Mike participava, a lealdade também se apresenta. Nenhum dos garotos pretende trair o entendimento estabelecido pelo grupo, "nem mesmo Mike o faria" diz o colega. Num certo momento do filme o mesmo colega desabafa ao pai de Mike, "eu vi o que ele fez com a criança, mas se me perguntarem eu vou dizer que era um animal porque foi o que aprendemos aqui".



A medida que o filme avança, o desesperança toma conta da sua sala. Aquela desilusão da bandeira de cabeça para baixo. Até mesmo para a esposa do ex-policial, sempre fiel às decisões do marido. Ela agora lamenta ter perdido dois filhos por causa da cega devoção do marido à pátria. Joan (Susan Sarandon) implora para, pelo menos ver o corpo do filho. Ela consegue, em partes.

Enfim, um filme muito bom para refletir sobre apegos que ofuscam a nossa visão da realidade. Não assista se estiver meio deprimido ou vai descer uns 10 degraus na escala buraco depressivo.

  1. Here is the relevant part of the US Code of Laws regarding how to fly the flag when in distress: THE UNITED STATES FLAG CODE. Title 4, Chapter 1. § 8(a)The flag should never be displayed with the union down, except as a signal of dire distress in instances of extreme danger to life or property.
Aqui está a parte relevante do Código de Leis dos EUA a respeito de como a arvorar a bandeira quando em perigo: O código da bandeira dos Estados Unidos. Título 4, Capítulo 1. § 8 (a) A bandeira nunca deve ser exibida com a união (parte azul com estrelas) voltada para baixo, exceto como um sinal de grande aflição em situações de extremo perigo à vida ou à propriedade.


Já assistiu esse filme? O que achou, conte para nós!


Outros textos para você.



Os contraceptivos em alguns países do mundo.




abril 15, 2015

Professores americanos que mudam notas de alunos vão pra cadeia.


Mais uma reportagem da série Para Não Perdermos o Senso de Realidade.


Em Atlanta, no estado da Geórgia, hoje foi dada a sentença de 7 anos de prisão, 2 mil horas de serviço comunitário e 25 mil dólares para o coordenador escolar que sabia da fraude nas notas de alunos das escola públicas da cidade. Outros 35 professores de ensino fundamental e médio também foram condenados.


"Todos sabiam que as respostas certas eram passadas para os alunos e seu cliente promovia tudo isso isso." - diz o juiz Jerry Baxter para o advogado de defesa.

Ele esperava ouvir um mea culpa, mas ao contrário, os culpados choramingavam se fazendo de vítmas. Afinal sem as boas notas eles não ganhariam o bônus salarial no final do ano. Coitadinhos... Por fim, Baxter perdeu a paciência e disse, "Essas histórias são incríveis, essas crianças não sabem ler! É hora de vocês olharem no fundo de suas almas e assumir a responsabilidade".

Por isso e tudo mais fica muito estranho quando o Fantástico mostra as mazelas de outros países querendo dizer subjetivamente que no resto do mundo está tudo igual. Leia esse post se também acha que aqui como lá, tudo há. E falando nisso o que acha de tudo isso?


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O que a Copa fez pelos brasileiros.




abril 13, 2015

Refém da paixão, o filme e sua psicologia.


Inspirado no livro de Joyce Maynard com o mesmo nome, Labor Day foi lançado em 2014 no Brasil. O nome em inglês significa dia do Trabalho que é um feriado no começo de setembro, também marca o final do verão nos Estados Unidos. Estreando em 2013 nos EUA, Refém da Paixão tem 1 hora e 51 minutos e foi dirigido por . Os atores principais são Kate Winslet, a depressiva Adele; Josh Brolin, o fugitivo Frank e Gattlin Griffith, o filho de Adele, Henry.

A trama lembra um filme romântico água-com-áçucar, daqueles para se assistir nas férias à tarde quando não se tem nada melhor para fazer, certo? Não se iluda, este filme tem vários pontos de debate e aprendizagem.

Então vamos aos pontos principais, na ordem mais fácil para eu escrever.


Adele é uma jovem suave e bonita quando se dá conta da paixão pela dança e por um rapaz que viria a ser seu marido. Tudo é inocentemente adocicado como o frescor da juventude até que eles se casam e tentam formar uma família. Entretanto, como ela mesma explica, "meu corpo parece não conseguir manter os bebês aqui dentro". Apesar disso, o casal tem um filho, Henry, que ficará ao lado da mãe a maior parte de sua vida.

O casal continua tentando outros filhos e sofrendo o amargor de uma família que tem um filho só. A frase pode soar estranha para algumas mulheres que optam por terem uma ou nenhuma criança, mas mesmo o antigo testamento diz "de preferência um casal". Hoje perduram as indiretas "quem tem um não tem nenhum", "filho único fica mimado" e outras exigências veladas.


Nessa fase, a tênue Adele perde o apoio do marido, ele não resiste e cai nos braços da secretária, um clichê. Ela não resiste e mergulha fundo na culpa da mulher que não consegue formar uma família, outro clichê. Vivendo uma depressão sem fim, ela chega ao esgotamento físico e mental. Clichês à parte, é sabido que o corpo feminino se consome a cada aborto, expontâneo ou provocado.

Este pode ser motivo para debater um tópico que gera bastante confusão, o aborto. Estendendo a discussão para o aborto intencional e suas consequências sociais, físicas, mentais, de curto e longo prazo. Sem a pretenção de discutir aqui valores religiosos conscienciais do momento da concepção ainda é possível embarcar no campo dos argumentos. No Brasil as pessoas ficam limitadas a "poder decidir o que fazer do próprio corpo" ou "o número de mulheres que morrem em clínicas clandestinas". A meu ver uma conversa limitada que pouco fala das consequências observadas em países mais experientes no assunto. Alguns números que exemplificam o que quero dizer estão no final do texto ou aqui.

Seguindo em frente, a culpa e as raízes da doença (depressão) tomam conta do casamento descosturando as relações entre o casal. Na falta de possibilidades, o depressivo se vê impossibilitado de viver. Adele e seu filho se tornam vulneráveis ao estranho que encontram no mercadinho. Ele diz que vai embora no dia seguinte e ela fala "fique um pouco mais". 


Talvez o único motivo pelo qual o garoto tenha continuado íntegro seja pelos valores morais que foram preservados. Diferente do pai que foge com a secretária, não há escapismos da parte de Adele, nada de drogas ou alcoolismo. Ela entende que tem um filho para criar e o faz sem reclamar. Seguindo o exemplo da mãe, o menino entende que precisa ajudar sua mãe e aprende a ser adulto. Ambos aceitam suas condições e crescem na cooperação.

Assista o filme, mas não se esqueça de olhar além do melado romance de cabeceira.



E você? Assistiu o filme? Gostou?



abril 12, 2015

4 mitos da história americana, o racismo, a esquerda e a direita.

Dicas do Sul dos Estados Unidos



12. Estudando a história americana (leia os outros tópicos aqui)

A dica de hoje não é bem uma dica, mas uma correção de rota sobre o que eu sabia, ou achava que sabia do racismo e da dicotomia política americana. Lendo alguns textos notei que havia algo errado no que falavam dos eventos históricos do país. Foi quando tive o grande insight a respeito do limite do meu saber, ou seja, eu estava errada mesmo. Também senti a amplitude das informações truncadas, aquelas que a gente ouve por ai e não verifica. Então vamos às 4 verdades e mentiras sobre o racismo a esquerda e a direita nos Estados Unidos.


1. Republicanos (direita) são racistas.

AFIRMATIVA MUITO QUESTIONÁVEL

O partido republicano (da direita) foi fundado por ativistas contrários à escravidão e venceu as eleições defendendo a libertação dos escravos. Na época, o presidente Andrew Jackson, democrata (da esquerda), dono de uma enorme fazenda no sul que tinha mais de 100 escravos era contra a abolição. - Como assim? - pergunta você. Sim e digo mais... - Em 1964, mais de 80% dos republicanos (direita) votaram à favor da revolucionária Lei dos Direitos Civis. Somente 60% dos democratas (esquerda) votaram a favor desta lei que permitia, por exemplo, que os negros frequetassem as mesmas escolas que os brancos. Além disso, a Lei dos Direitos Civis ainda era contrária à lei Jim Crow, de autoria de um esquerdista, também do sul, que proibia negros e brancos de se hospedarem nos mesmos hotéis.

Sem a Lei dos Direitos Civis o Chris não estaria nesta escola.


2. A esquerda acabou com a escravidão.

MENTIRA

Quem fez a abolição da escravatura foi Abraham Lincoln, um conservador da Carolina do Norte, hoje seria chamado de coxinha di direita. - Não acredito. - pensou você. SIM, é verdade! - respondo eu. - Está nos livros que contam a história dele e no filme. Detalhe, em 1863 um democrata (esquerda) radical atirou e matou Lincoln.

"Eu ordeno e declaro que todas as pessoas detidas como ESCRAVAS no interior do referido Estado (EUA), SÃO e daqui em diante devem ser LIVRES. Presidente Lincoln, 22 de setembro de 1862. 


3. A KKK era uma instituição de brancos que matavam negros.

HUM, NÃO ERA BEM ASSIM

A Ku Klux Klan era uma milícia armada da esquerda - sim, eu copiei certo - com objetivo de coibir a expansão dos republicanos (direita) no sul do país. Leia-se, matar os integrantes da direita - SIM, isso mesmoque em sua maioria eram negros, mas eles matavam brancos de direita que eram minoria no sul. - Como assim? Agora confundiu tudo. - diz você. Pois é... - digo eu. - O assunto por si só é fonte de muita vergonha para os americanos, por isso pouco se ouve sobre ele o que também dificulta divulgar a história certa.

DESAPARECIDOS. Se encontrar esses homens ligue para o FBI.

4. Martin Luther King era republicano, de direita.

VERDADE

Martin Luther King era outro sulista que lutou pelos direitos civis que garantiam a não segregação dos negros. Ele frequentava a Igreja Batista e dizia que mesmo depois da abolição da escravidão os negros não eram totalmente livres na sua pátria, os Estados Unidos. Ele tinha um sonho, "o sonho de que um dia as crianças americanas não seriam julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter". Martin foi assassinado por um racista democrata (esquerda).

Mas por que tudo que ouvi estava errado? Porque, como diz Andrew Klavan aqui, você ouviu isso de um esquerda e (pausa enfática) a esquerda mente.

Um filme que vai valer a pena assistir: Hillary's America

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