Quote by Aristotle

Edison Villela is Brazilian, married, live in Greenville, SC, since 2011. I like reading, watching good movies, playing the guitar (not that I know how), learning new things, understand more about myself, and the rest of the world. That’s why I love Philosophy so much! You can also find me at Edisonvillela.com

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Já pensou sobre céu e inferno?

Já pensou nesses lugares considerando apenas o aqui e o agora? 

Céu e inferno.

Céu e inferno fazem parte da crença e imaginário de grande parte das pessoas. Escritores, poetas e filósofos usaram esses dois termos como analogias aos estados humanos de alegria e plenitude e de sofrimento e angústia. 

Em seu livro "108 CONTOS E PARÁBOLAS ORIENTAIS", Monja Coen expõe de forma primorosa e simples algumas questões como essa – sobre o céu e inferno - de acordo com o conhecimento budista: 

CÉU E INFERNO 

Um orgulhoso guerreiro chamado Nobushige foi até Hakuin Ekaku - um eminente monge da tradição Rinzai do budismo japonês medieval - e perguntou: 

-Se existe um paraíso e um inferno, onde estão? 

- Quem é você? - perguntou Hakuin. 

- Eu sou um samurai! - o guerreiro exclamou. 

- Você, um guerreiro?  -riu-se Hakuin. - Que espécie de governante teria tal guarda? Sua aparência é a de um mendigo! 

Nobushige ficou tão raivoso que começou a desembainhar sua espada, mas Hakuin continuou: 

- Então você tem uma espada! Sua arma provavelmente está tão cega que não cortará minha cabeça. 

O samurai continuando a desembainhar a espada, avançou pronto para matá-lo, gritando de ódio. Nesse momento, Hokuin gritou: 

- Acabaram de se abrir os Portais do Inferno! 

Ao ouvir essas palavras, e percebendo a sabedoria do mestre, o samurai embainhou sua espada e fez-lhe uma profunda reverência. 

- Acabaram de se abrir os Portais do Paraíso - disse suavemente Hakuin. 

                                                                                      . 

Os textos clássicos do budismo dizem que céu e inferno são muito semelhantes. Em ambos os locais há uma mesa imensa com alimentos deliciosos. As pessoas estão sentadas em cadeiras altas e com conchas longas amarradas em seus braços, portanto não conseguem dobrar os cotovelos. 

No céu, todos sorriem felizes e satisfeitos, pois as conchas são capazes de levar os alimentos diretamente para a boca de quem está sentado do outro lado da mesa. No inferno todos gritam e se insultam mutuamente, tentando em vão, se autoalimentar. Assim, céu e inferno dependem do seu estado mental de contentamento ou enfezamento. 

(Monja Coen em 108 contos e parábolas orientais)

Site da foto.

Claudia Dias Baptista de Souza nasceu em São Paulo e é a monja zen budista brasileira, quando bem jovem viveu tempos no exterior, passou por uma vida normal em sua época, onde desabrochava o movimento Hippie, um de seus trabalhos era o de enrolar cabos - de fios- nos palcos onde houvessem shows. Viveu autenticamente como uma hippie em sua época, onde ter apenas uma calça jeans era a demonstração em prática do desapego e sustentabilidade. Fã de The Beatles e Pink Floyd e sempre muito astuta e determinada se interessava em compreender e praticar o que seus ídolos - os quais ela considerava muito inteligentes – vivenciavam, desse modo, conheceu  a meditação o que sem dúvida foi  um grande marco em sua história, pois foi a partir daí que iniciou uma linda e nobre jornada de peregrinação tendo em vista o Zen Budismo, o amor e a paz interior. 

É interessante pensar em céu e inferno internos que acabam pulando para fora na medida em que sentimos a graça de um ou terror do outro, o que é interior e pequeno se torna exterior e maior na medida em que deixamos isso acontecer. Se ponderamos que ao menos nossos céus e infernos podem ser compreendidos, trazidos à luz, nos tornamos capazes de administrá-los melhor. 

Outra abordagem da tradição budista trazida pela Monja é a de que os "estados" de céu e inferno são muito parecidos, o que muda é o entendimento interior das pessoas sobre as circunstâncias em que se encontram, o olhar para o próximo, trabalhar em conjunto, doação, sentimentos de empatia, gratidão e paz fazem do céu um lugar paradisíaco, enquanto que sentimentos contrários a esses tornam o inferno detestável. 

Dedico este post ao querido Merlin.

Referência: 

Coen, Monja. 108 contos e parábolas orientais. 2ª ed. - São Paulo; Planeta, 2016. 78 pp.

Outros posts da Amanda você lê aqui.

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Amanda estuda Filosofia e mora em Ouro Preto – MG. Lança no mundo um olhar contemplativo e é por isso que gosta trocar informações e curiosidades sobre tudo o que admira e experimenta. Acredita que as perguntas movem o mundo e o conhecimento pode ser um remédio para a alma. Escrever no Caderno de Perguntas é uma forma de passar um pouco da sua bagagem adiante.

Fatores de impacto no design de interiores

Sabemos que o design de interiores tem um grande impacto no mundo ao nosso redor, mas quais são esses impactos? O gráfico abaixo vai te ajudar a descobrir alguns deles.

Fatores importantes:

Problemas globais

- a economia

- proteção ambiental

- segurança

Valores Culturais

- diferenças geracionais

- bem-estar

- comunidade

- excelência em design

Atividade de design

- proposição de valores

- estruturas sólidas

- tempo

- data e conhecimento

Os números são do mercado americano, mas penso que podem ajudar a entender o estado da arte do design de interiores.

- 68 mil pessoas estão empregadas no setor no momento

- existem 12 mil firmas de design de interior

- movimentando $9 bilhões de dólares

- 29% dessas empresas estão contratando este ano

- 11% mais profissionais designers desde 2015

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Livrarias que eu quero conhecer

Não tenho nada a perder ou ganhar, então sigo minha intuição

O mundo da iluminação

Dona de Casa III

Por Elisabeth Santos

Toda dona de casa tem ideias a sugerir aos fabricantes de utilitários domésticos. Há quem acredite que a evolução do primeiro fogão teve a participação dela, a dona de casa.

Mesmo já tendo auxiliar de cozinha, sonhou com um apetrecho que cozinhasse sem enfumaçar sua casa, sujasse o chão, e ainda cozinhasse alimentos no ponto certo do paladar de todos e de cada um!

A geladeira veio a diminuir as idas e vindas ao açougue, laticínios e venda de frutas e verduras. E mesmo sendo aperfeiçoada todo dia merece algumas ideias. Que tal uma com sensor de espaços para dizer a quem a abre o lugar certinho de se colocar a vasilha que tem à mão? Ou uma, mais esperta ainda, que pudesse detectar e eliminar os pingados, derramados ou mal cheirosos ali esquecidos?

E um aspirador robotizado que pusesse a sujeira fora e ainda trocasse o refil sozinho? Uma máquina de lavar louça com esteira rolante pondo em ordem canecas, talheres e pratos? Outra de lavar roupas que as pendurasse ao término do processo? Como uma caixa de surpresa de onde saltasse uma mola em espiral com cada roupa esticadinha. Nem precisaria que as meias viessem enfileiradas aos pares... 

E para terminar, pós-sugestões do contingente mundial de Donas de Casas, que tal um ventilador de teto, que ligado para puxar o ar para o alto, automaticamente cortasse as asas dos aedes egipsy?

Isto tudo enquanto sonhar não tem IMPOSTO!


Clique aqui para ler o primeiro conto da série Dona de Casa I

Clique aqui para ler o segundo conto da série, Dona de Casa II

Clique aqui e role o cursor para ler outros Contos da Beth.

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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

Como ficou o saldo de design das Olimpíadas no Brasil?

O vibrante e esverdeado Rio de Janeiro merece uma medalha só por vencer a competição "aglomerado de pessoas sem ataque muçulmano". Foi ouro com louvor. A prova de "aumentar visibilidade do país" também obteve um alto score, ainda que com repercussões não tão boas. Levamos prata. Já sobre "trazer turismo e investimentos - em dólar" eu fico na dúvida, porque as arquibancadas estavam meio vazias. Seria um suado bronze.

Outros infortúnios como furtos e roubos, me dou o direito de não comentar aqui. Entretanto, sobre design de interiores, arquitetura e engenharia posso dizer que nem nos classificamos. Ou vai dizer que não viu os posts internacionais do pessoal alojado nos apartamentos? Esse da fita adesiva é o melhor. Veja outros aqui.

Time da China, no twitter.
Fita adesiva é uma coisa que o atletas não podem esquecer no #Rio2016.
Vai te ajudar de muitas maneiras na Vila Olímpica.

A exposição mundial das instalações do Rio foi grande. Sem contar às altas expectativas de atletas que já passaram por várias cidades e à pressão social - global, no caso. Lembro que por 2 semanas, a cada 4 anos, todo mundo está focado na cidade sede das Olimpíadas de Verão (referência do hemisfério norte).

No Rio, a montagem da estrutura foi logisticamente complicada. Afinal, de última hora é difícil fazer coisas boas. Veja este post. Em geral, os projetos devem ser feitos com edificações que ressaltam a região. É uma oportunidade sem precedentes para a cidade sede reafirmar seu esplendor. Um exemplo foi Barcelona, na Espanha, a cidade literalmente reviveu após os jogos Olímpicos com os investimentos na infraestrutura da cidade. Dizem que Barcelona voltou ao calendário turístico após 1992.

Poucos sabem que nos bastidores dos jogos há também uma competição de arte, arquitetura, engenharia e design. Afinal, quem não se lembra do ninho de Beijing? O equilíbrio entre prazo de entrega e efeito visual foi fundamental nessa edificação. 

Estádio ninho de pássaro na China.

No trabalho entre designers e engenheiros as pequenas empresas não têm vez em parte devido à papelada do COI, que até foi reduzida nos últimos anos. O processo faz com que somente as melhores e mais experientes empresas passem na avaliação do Comitê. Pelo menos é o deveria ter acontecido no Rio. Ou vai me dizer que a pia caída no quarto do jornalista chinês representa as melhores empresas de construção do Brasil? Eu não acho!

Uai, então quem ganha uma concorrência dessas? Somente grandes empresas como AECOM, SOM e Populous, isso lá no início do processamento das ideias. Isso não quer dizer que pequenos não participam de nada, mas é muito difícil um deles ganhar a concorrência do grande projeto. 

Mas para não dizer que não falei de flores... 30 milhões de itens foram comprados localmente ou feitos à mão, como os travesseiros. Sabrina Porcher, especialista em sustentabilidade disse antes dos jogos que ia trazer materiais simples, como concreto e tijolo para o design de interiores. Confesso que fiquei com medo, mas outros designers garantiram que o espírito crítico brasileiro foi mantido. Ufa!

Enfim, turistas que vão ao Brasil esperam ver expressionismo ou como eles dizem, drama, mas em troca terão funcionalidade. Minimalismo que é nome ensinado na faculdade, o italiano chama de espartano, o americano fala que é frugal, mas é mais conhecido como pão-durismo ou desvio. shhh

Falando nisso, babado forte: Zaha Hadid acusou os organizadores japoneses de descartarem o projeto dela para o estádio. Alegou que no centro das decisões permanecem o que eles chamam de “jantares e vinhos”. Não acham que o Rio ficou de fora dessa, né mermão? Aliás, dizem ter sido o pior desde Atenas 2004, na Grécia. Competição suja essa.

No final das contas, um desenvolvimento que custa na casa de 50 milhões de dólares precisa ainda se pagar. Façanha que só a minoria consegue e não estaremos nesse time. Ah, não vai me dizer que achou que seria diferente, no Rio? Cidade maravilha purgatório da beleza e do caos!

No final das contas, das medalhas e dos jogos, seja por bem ou por mal, nós brasileiros ficamos mais conhecidos.

Como seria a linha do tempo para as Olimpíadas se o Rio fosse um lugar organizado.

Brasil supera expectativas em infra-estrutura?

O que a Copa fez pelos brasileiros.

À Moda da Casa

Por Elisabeth Santos

Sobremesa delícia!

O copeiro daquele restaurante tinha de fazer uma sobremesa para o jantar.

Na lista dos ingredientes da massa da torta estava escrito oito ovos de galinha, e ele só achou ovos de pata.

- Nove colheres de açúcar refinado, e só encontrou rapadura tratando de triturar um bom pedaço.

- Seis colheres de gordura de coco, e diante da lata vazia, pensou em trocar gordura por uma xícara de azeite de oliva.

- E assim foi substituindo: farinha de trigo por amido de milho misturado ao fubá; fermento biológico, pelo químico; cravo e canela, por casca de limão. O recheio seria de geleia de amoras, que havia acabado, fazendo-o utilizar uma goiabada de cortar, amassada com garfo e acrescida de creme de leite. A cobertura e decoração final ficaram caprichadas, pois o copeiro Raul sempre foi confeiteiro de primeira linha. Bastava suspiro de claras, cacau ou coco para a grande transformação acontecer!

Houve cliente que achou a sobremesa bonita, mas não provou; teve cliente que provou, e aprovou.

Assim nascem muitos dos pratos denominados “à moda da casa”:

- Às vezes utilizando-se o que se tem à mão.

- Outras vezes trocando um ingrediente por invencionices do momento.

- Ou ainda repaginando uma antiga, e trabalhosa receita guardada a sete chaves pela família, com a utilização dos recursos existentes no espaço gourmet.

 Com alguma habilidade culinária, e um pouco de sorte, uma receita “à moda da casa” poderá ser criada e virar sucesso!

Clique aqui e role o cursor para ler outros Contos da Beth.

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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

Agenda: Grinding America Down

by Edison Villela

The documentary, Agenda: Grinding America Down (2010) by Curtis Bower, shows how the progressive changes in our society have being plotted to promote a socialist agenda. It displays how the socialists have infiltrated in the: Media, Education, Hollywood, Labor, Church, Non-profits and Government. With the sole intention of corrupting their values from inside out, and transform the American culture.

As an Idaho Republican State Representative from District 10, Bower raised attention in 2008, when he wrote a letter¹ to the editor of Idaho Press-Tribune, telling about how the communist agenda infiltrated America. It all started when he attended the 1972 Communist Party Convention in Berkley, California.

Bower shakes some “strong beliefs” that most people hold as true, but are far from being that. By raising a few questions and answering them accordingly to the best knowledge available. Questions like: Is Communism dead? What is so bad about Communism? What is Communism? Why are they so against morality?

One important strategy is the use of people to promote communism that are not communists as a matter of fact, what Lenin called the “useful idiots”. The communists now are identified as Progressists in order to look more appealing, modern and avoid the stigma that comes along with that name for most people. Not without a good reason for sure.

There are many groups working towards the socialist’s goals and the most growing in influence in America are: The Fabian Socialists, The Frankfurt School, The Feminist Movement, Antonio Gramsci (Gramscianism) and the Communist Party USA. Below you can see how this groups work and influence  culture in America, according do Bower’s view.

All this was laid out by Antonio Gramsci during his years of incarceration. The most serious about all this is how close to radical leftists such as Saul Alinsky and Rev. Jim Wallis, is President Barak Obama.

Bower also suggests a couple of books that can deepen your understanding of Socialism and Communism and digress a little about them to make his case against the leftists.

The first being The Naked Communist, a 1958 book by an ex-FBI agent, Cleon Skousen. The author describes the strategy by which the Marxist Soviet Union was utilizing in an attempt to control the governments that weren’t part of the Communist Bloc. Skousen presents a list of 45 Communist goals to be achieved, such as; 7. Grant recognition of Red China. Admission of Red China to the U.N.; 11. Promote the U.N. as the only hope for mankind…; 15. Capture one or both of the political parties in the United States; 16. Use technical decisions of the courts to weaken basic American institutions…; 17.Get control of the schools…; 19.Use student riots…; 20. Infiltrate the press…; 25. Break down cultural standards of morality…; 26. Present homosexuality, degeneracy and promiscuity as “normal, natural, healthy.”; 27. Infiltrate the churches…; 40. Discredit the family as an institution. Encourage promiscuity, masturbation, and easy divorce. Check the full list for yourself! ²

The other book is by William Z. Foster, Towards Soviet America. Here Foster lays out what is necessary to bring about a Soviet America. He was a Marxist, labor organizer, member of the Socialist Party of America, General Secretary of the Communist Party USA and the leader of the steel strike of 1919. When he died in 1961, in Moscow, the Soviet Union gave him a state funeral and the honor guards were headed by Khrushchev.

Goes without saying that both are on my “books to read wish list” on Amazon already. If you want to send me a gift.

This is a must see if you want to understand our society and take action to avoid a Communist America and a Socialist World.

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¹ Letter to the Idaho Press-Tribune (Download PDF File)

<sup>2 Current List of Communist Goals (Download PDF File)

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I’m Brazilian, married, living in Greenville, SC, since 2011. I like reading, watching good movies, playing the guitar (not that I know how), learning new things, understand more about myself, and the rest of the world. That’s why I love Philosophy so much! You can also find me at  Edisonvillela.com

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Preenchendo o formulário de entrada nos Estados Unidos

Depois de várias idas e vindas a gente fica craque no preenchimento do documento de imigração ou seja, de entrada nos Estados Unidos, mas confesso que na primeira vez tive muitas dúvidas e pouca gente para ajudar.

O formulário U.S. Customs and Border Protection é esse papel azul que entregam quando você está dentro do avião, logo no início do voo. Na chegada eles também passam perguntando se alguém precisa de outro. Se perder as duas oportunidades não se preocupe, porque antes da fila de imigração eles têm mais.

Eu geralmente preencho quando recebo porque estou mais atenta e sem tantas coisas na minha frente. Na chegada, tem o café da manhã, um monte de gente andando pra lá e pra cá, fila do banheiro e tudo mais.

Regra de bom senso: pediu a caneta do vizinho emprestada, use, agradeça e devolva! 

Já pediram emprestada a minha caneta favorita - aquelas de metal com o nome gravado - falando "pode deixar que eu devolvo" e passarem adiante. Desnecessário dizer que nunca mais vi a caneta e nunca mais emprestei outra, nem mesmo a do hotel.

Primeira regra: se estiver viajando em família preencha só uma declaração. Mesmo que o marido tenha sobrenome diferente da esposa, mesmo que sejam só irmãos ou primos. Se vocês vão passar juntos no guichê de imigração, só precisam de um formulário.

Segunda regra: letra de forma ou legível é o recomendado. Afinal queremos nos fazer entender e não dificultar a vida de ninguém.

Chegando ao formulário propriamente dito, essa é a cara dele.

1. Nome de família: aqui você coloca o seu último nome ou os dois sobrenomes se eles estiverem juntos nessa área do passaporte. No meu caso tenho que escrever os dois sobrenomes aqui.

2. Data de nascimento: como é os Estados Unidos você precisa colocar o mês primeiro, depois o dia, depois o ano. Neste caso, somente os dois últimos números do ano que nasceu.

3. Número de pessoas viajando com você: lembra-se da primeira regra? Então aqui você coloca o número de pessoas que estão viajando com você, as pessoas da sua família. Pai, mãe e dois filhos, por exemplo são 3 pessoas.

4. Endereço de onde você vai ficar: pode ser a casa dos parentes, o hotel, o motel, o hostels, qualquer lugar onde você vai se hospedar. Se for o hotel pode ser só Hilton Inn.

5. País que emitiu seu passaporte: esse é fácil, se tem passaporte brasileiro escreve BRAZIL (com Z).

6. Número do passaporte: fácil também, deve ter umas letras e uns números.

7. País onde você mora: também tá fácil, mora no Brasil? Escreve BRAZIL.

8. Países que visitou antes de desembarcar nos Estados Unidos: se você está indo direto do Brasil para os USA, então deixa vazio. Agora vamos dizer que você saiu do Rio, passou uns dias no México e agora vai pra Nova Iorque. Neste caso precisa escrever MEXICO.

9. Número da linha aérea e do voo: Pode ser algo como AA38 - American Airlines voo38 ou D8, Delta voo 8.

Agora começam as perguntas que mais geram dúvidas.

10. O primeiro propósito da viagem é negócios: sim ou não? Negócios quer dizer vendas, comércio. Alguns confundem com a viagem para conhecer a empresa matriz ou algum treinamento ou visita à uma feira de tendências da área. Qual é o seu caso? Responda apropriadamente.

11. Estou trazendo:

a. Frutas, vegetais, plantas, sementes, comida, insetos? Sim ou não? Aqui eles não estão muito preocupados se você tem um ou dois pacotes de biscoito (industrializado) na mala ou se está trazendo chocolates (industriais). Eles querem saber se você está trazendo algo não industrializado que vai contaminar as plantações deles ou espalhar algum vetor de doenças desconhecido e sem predador no país.

Eles querem prevenir a entrada de produtos perigosos à agricultura ou à vida natural do país - vide a história dos escargôs no Brasil. Alguns itens são restritos, por exemplo frutas, vegetais, plantas, terra, solo, carne, produtos feitos com carne, pássaros, lesmas, entre outros. Deixar de declarar esses produtos pode resultar em penalidades e os itens podem ser apreendidos. Para mais explicações sobre isso, veja este post - Quais tipos de comida posso levar para os Estados Unidos? Ou esse outro - Posso levar comida para os Estados Unidos? Continuação... 

b. Carne, animais, animal ou produtos selvagens? Sim ou não? Aqui novamente eles querem coisas frescas, in natura, selvagens, que não sejam pasteurizadas, embaladas, industrializadas. Veja os posts citados acima para mais informações.

c. Agentes de doenças, culturas celulares, lesmas? Sim ou não? Agora ficou mais explícito. Pode ser que esteja trazendo uns mosquitos para uma pesquisa sobre o Zika, vai saber.

d. Terra (solo) ou esteve em uma fazenda, rancho ou pasto? Sim ou não? A coisa aqui é proteger o país de qualquer tipo de doença que venha a atacar os animais ou as plantações.

12. Esteve em locais próximos à criação de gado, ou seja, manuseou ou encostou a mão? Sim ou não? A preocupação aqui é bem explícita. Nada mais normal numa época de vacas loucas.

13. Estou trazendo dinheiro em espécie ou instrumentos monetários que valem mais de US10.000,00 ou valor equivalente em moeda estrangeira? Sim ou não? Eles explicam melhor no verso do formulário. Está escrito mais ou menos isso "O transporte de moeda ou instrumentos monetários independente do valor é legal. Entretanto se você traz ou leva embora dos Estados Unidos mais de US10.000,00 (ou equivalente em moeda estrangeira ou a combinação das duas) você precisa, por lei, preencher o formulário FinCEN105 (antigo formulário 4790) no U.S. Customs and Border Protection. Instrumentos monetários incluem moedas, dinheiro, travelers checks, cheques pessoais ou ao portador, títulos ou ações. Se você não peencher o formulário os valores pode ser apreendidos e você está sujeito às penalidades criminais. A assinatura desse papel vale como uma declaração legal."

Outra explicação no verso do formulário: Substâncias controladas, artigos obscenos e substâncias tóxicas são geralmente proibidas.

14. Eu tenho produtos comerciais, artigos para venda, amostras usadas para fazer pedido de venda ou materiais que não são considerados pessoais? Sim ou não? Se estiver trazendo algum produto específico para a venda precisa preencher o verso com descrição e valor dos artigos para a venda. Eu nunca trouxe nada para comércio, então não posso ajudar aqui.

15. Residentes: o valor total de todos os produtos, incluindo mercadorias comerciais que eu comprei ou adquiri fora, incluindo presentes para outras pessoas que não foram enviadas por correio para os EUA e eu estou trazendo para os Estados Unidos é: escreva o valor do que está trazendo para dar de presente.

Visitantes: o total de produtos que vão ficar nos Estados Unidos incluindo mercadorias é: escreva o valor aproximado aqui.

Leia as instruções no verso do formulário. Existe um espaço para você escrever os itens que devem ser declarados.

Ao final vem a assinatura dizendo que você leu o verso e declara ser verdade o que está escrito no formulário. No fim das contas a assinatura já serve para provar que no mínimo você mentiu sobre algo ilegal que está trazendo. Mas esse não é o nosso caso, não é mesmo?

Dúvidas, perguntas? Escreva seu comentário abaixo.

Quais tipos de comida posso levar para os Estados Unidos?

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A região sul e os famosos cinturões americanos.