agosto 05, 2016

Dona de Casa II

Por Elisabeth Santos

A legítima dona da casa da Beth.

Escrever sobre as tarefas de uma dona de casa até que é fácil. Desdobrar o dia nas mil coisas que ela tem a fazer não é para qualquer um!

Uma boa dona de casa programa, e memoriza as atividades, horários, trajetos, despesas, da sua agenda diária, semanal, mensal, e por aí afora. 

É capaz de explicar nos detalhes, porque motivo passa primeiro no supermercado antes de pegar as crianças na escola. Argumentos nunca lhe faltam, e todos são mais que convincentes. Se alguém resolve sugerir uma mudança de hábitos na rotina do lar, vai constatar rapidinho que da outra forma o resultado era mais eficaz.

Esta é a boa dona de casa!

Mesmo diante de dificuldades momentâneas consegue se sair bem, pois conta com uma rede de apoio das melhores: a família, a amiga, a vizinha, a colega da academia, ou o pai do coleguinha de escola do seu filho. E a recíproca costuma ser verdadeira. Todos podem contar com ela na hora da precisão.

Hoje em dia Donas de Casa têm um auxiliar de primeira linha que é o celular. O tempo gasto no engarrafamento do trânsito não fica totalmente perdido. Além de ela poder avisar ao consertador do ar condicionado de seu apartamento, que vai atrasar-se um pouco, e ele deve aguarda-la, poderá desmarcar dentista, marcar cabeleireira e acertar com o marido sobre o jantar no restaurante logo mais.

Umas coisas ajudam e outras atrapalham.

O que dizer do racionamento de água encanada, e da economia de energia elétrica? Como proteger a família das doenças transmitidas por mosquitos infectados? Com muito mais coragem, trabalho e dinheiro, está claro.

Imagine só o dilema: tudo deve estar bem higienizado, com pouca água (e certamente muito produto de limpeza); e o eletrodoméstico como o aspirador de pó utilizado com moderação (e mais muque com certeza). E o salário? E o que vai fazer o tempo da dona de casa esticar?

Bom desafio para novíssimo game!

Clique aqui para ler o primeiro conto da série.



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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