dezembro 30, 2014

Ano Bom

Produção de quebra-cabeças com as pinturas da Beth.

“Ano Bom” era a designação, que meus pais, e os pais deles davam à passagem do ano, fosse
lá como tivesse sido o anterior ou o que a previsão sugeria sobre o posterior.

Entendíamos o termo “ANO BOM” como otimismo puro, e nessa onda embarcávamos: se 2014 não foi bom, o próximo será. Se 2014 esteve bom, 2015 será melhor!

A religião não deixava as pessoas da nossa família à vontade para festejar o ”Ano Bom” regado a bebidas alcoólicas ao som de músicas carnavalescas, então comemorávamos a passagem do ano numa ceia, com um brinde de Cidra Cereser, em casa mesmo. Se na casa do vovô, a reunião festiva era denominada “re- vô- ion”; dali, não raro, íamos para a praça principal, seguindo o som da fanfarra, na noite iluminada pela queima de fogos. Desejar aos próximos um Feliz Ano Bom acontecia à meia noite, numa cantoria animada: ”Adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”. 

Jovens desfilavam trajes novíssimos ganhos no Natal de Jesus, viam as (os) namoradas (os), ou iniciavam uma paquera, ou flirt.

No primeiro dia do “Ano Bom”, quem festejou dormia até a hora do almoço. Por ser feriado,
íamos também à igreja agradecer o bom ano que tivemos e pedir o ano bom que aguardávamos esperançosos.

Sobre as boas intenções e propósitos:

Crianças: prometiam ser mais obedientes, estudiosas, ordeiras com seus brinquedos e demais objetos espalhados pela casa.

Jovens: propunham-se melhorar em tudo.

Adultos: planejavam mais uma vez retomar estudos, regimes, projetos de trabalho, amizades, ou o quer que fosse de melhor para si, família ou comunidade.

Idosos: pediam principalmente, que o Ano Bom fosse de boa saúde; de paz e fartura para a humanidade.

Aguardar o Ano Bom, com esse ritual tão simples, acessível, junto às pessoas queridas, sempre trouxe ânimo e alegria às famílias. Hoje são poucos que dizem do ano que vai chegar “Ano Bom”. Ouvimos mais as palavras reveillon e ano novo, mas sempre desejando ... Que entre o ANO BOM de nossas vidas!

_Feliz 2015 a todos!



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".


dezembro 25, 2014

Entrevistando um ditador norte coreano, The Interview

Aaron Rappaport (Seth Rogen) e Dave Skylark (James Franco).

O filme The Interview finalmente foi ao ar depois de toda a polêmica envolvendo um ataque cibernético aos arquivos da Sony e horas de um outro país inteiro sem conexão com a internet. A mídia especula de tudo um pouco e de fato somente alguns cinemas independentes assumiram o risco de exibir a comédia nos Estados Unidos.

Agora falando sobre o filme, Kim Jong-Un é o líder de uma nação socialista, a Coréia do Norte, mas fervoroso admirador da cultura capitalista. Aliás, é como dizem ser todos os outros ditadores nessa época contemporânea. No filme, Kim coleciona carros luxuosos e curte música pop americana. A mulher do ditador foi poupada no filme, mas na real todos sabem que ela curte produtos Christian Dior etc e tals. O apresentador do programa de entrevistas no filme tem uma frase que explica bem esse comportamento, "They hate us because they ain't us." - Eles nos odeiam porque não são como nós.

Aaron e Dave chegando na Coréia do Norte.

Na vibe de grande consumidor da cultura americana, o ditador também se revela fã do tal entrevistador das celebridades americanas, Dave Skylark. O grande líder socialista demonstra interesse em se encontrar com seu ídolo que então decide ir até a Coréia do Norte levando seu produtor e amigo Aaron Rappaport. Nessa hora aparecem os agentes da CIA com a brilhante idéia deles matarem o ditador logo no primeiro aperto de mão.

Depois de uns telefonemas e do encontro na vizinha comunista China, o produtor e  o apresentador finalmente chegam na Coréia do Norte. Eles pretendem fazer uma entevista que mudará a visão da mídia sobre suas carreiras não jornalísticas, ou seja, deixariam de ser meros entrevistadores de irrelevâncias. A partir desse momento aparecem cenários 3D e o personagem do ditador que controla até o corte de cabelo de seus povo.

Diz a lenda que os norte coreanos acreditam plenamente em tudo que o grande tirano diz. Inclusive no absurdo de ser capaz de falar com golfinhos e não ter necessidade de urinar ou defecar... nunca na vida! Por acaso, na vida real, esse poder também era atribuído ao pai de Kim. O pai de Kim Jong era também atribuído o poder de controlar o tempo como um Deus. 

Dave Skylark (James Franco) e Kim Jong-Un (Randal Park).

Na vida real, o ditador pai morreu em 2011 deixando o jovem de 29 anos com o encargo de governar o país. Na hipótese do filme, o déspota deixou o filho com um mega complexo de inferioridade que explicaria a constante necessidade de se auto-afirmar controlando todos os aspectos da vida de seu povo.

No filme existem menções ao jogador de basquete americano aposentado que ficou amigo de Kim após uma temporada na Coréia do Norte. Além da conhecida maquiagem que os países autoritários fazem para esconder a pobreza do país e às comparações da Coréia do Norte à terra de Mordor (terra do mal no filme Senhor dos Anéis). Estava tudo normal na história da comédia até que um guarda norte coreano arranca o dedo do produtor do programa de entrevistas com uma mordida. Nessa hora eu me ajeitei no sofá e pensei "ok, chegamos no ápice pastelão-terror de péssima qualidade".

Aaron sendo revistado pelos guardas do ditador.

As alfinetadas seguem e o filme mostra um líder emocionalmente fraco, mas atingem o ponto máximo no momento que os protagonistas explodem o helicóptero com o ditador Kim. Enfim, essa comédia mediana vai propiciar mais renda e dor de cabeça do que merece.

Você já assistiu o filme? Então conte para nós o que achou.



Outro filme com Seth Rogen? Veja aqui.

Outros filmes? Veja aqui.

dezembro 24, 2014

De quem é o Natal

Mais um lindo quadro da Beth.

Jesus esteve, de passagem, na mídia e redes sociais! Quem diria...

Sendo que as reportagens vistas mais frequentemente são de crimes, ouvir da repórter Raquel  Sheherazade, que Jesus Cristo não participou da sua própria festa de aniversário em 2013 por não ter sido convidado foi um baque.

Há muito tempo o aniversário de Jesus popularizou-se em forma de festa de Natal, a ponto das pessoas em sua maioria, não saberem ao certo o NATAL (nascimento) de quem aconteceu num vinte e cinco de Dezembro há mais de 2010 anos atrás!

Nem por isso deixou de ser uma festa da fraternidade e da família cristã, que procura estar reunida para comemorar. Os presentes que ofertamos ao aniversariante são esses embasados em seus ensinamentos maiores: amor, respeito, confiança, paz, solidariedade, compreensão, caridade... 

Os presentes materiais que oferecemos aos mais próximos são de acordo com nossa generosidade. 

Nem sempre quem mais possui, mais distribui. Existe o livre arbítrio, o momento, o contexto enfim...

Também não temos como julgar. Só deduzindo mesmo, ou prestando atenção ao que ocorre ao nosso redor no Natal. Desde a trégua natalina em uma guerra, até a brincadeira de “amigo oculto” representam pequenas oportunidades de reconhecermos nossas semelhanças enquanto seres humanos racionais e dotados de alma.

Melhor seria comemorarmos cada dia da nossa passagem terrena como irmãos em Jesus Cristo, modelo do BEM, e até nos esquecermos de festejar o dia vinte e cinco de Dezembro. Essa importante data do mundo cristão ficaria sendo o do aniversário de todos nós! Íamos refletir sobre o nosso papel de aprendiz do Mestre da Bondade e Amor Fraterno.

Aí sim trocaríamos presentes e mais presentes, reconhecimento de nossos esforços em sermos melhores nos outros trezentos e sessenta e quatro dias do ano.

É uma ideia!


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

dezembro 23, 2014

Special gloves for arthritis hands


Great product for sensitive hands are these IMAK compression gloves.

What I love about it? The heather fabric that looks like you don't have an issue at all! That's why it was a great Christmas gift for my sufferer friend.

soft knit + beautiful heather = amazing fabric

Just keep working.

Made of cotton and spandex mixed together for a cozy heather fabric. It's breathable, comfortable, and helps all day long with gentle elasticity. The compression is just enough for your day by day working in a office or home. These gloves extend beyond the wrists to provide pain and swelling relief for your entire hand and wrist. They also have open fingers for you be able to perform your daily tasks without too much restriction.  

IMAK products

Make sure you get the right size for you.

Wash with care.


Arthritis Foundation label.

They say you can find at Wallgreens. Just you know, I didn't find at CVS.

Material content 92% cotton and 8% Spandex. For those more sensitives and allergic people, it's not made with natural rubber latex.



More post you will love.

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Isabela: Brazilian, designer, works with automotive fabrics in the US. She did psychology college as well and had enjoyed a lot. She is living abroad for while, maybe because this she likes trends, cultures and behaviors.
DISCLAIMER
All material on this CORN FREE session is intended for reference only and should not take place of medical advice from a license practitioner. Please use common sense, do your own research, and consult your physician when making decisions about your health.

dezembro 19, 2014

OBA, Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica


Cada dia meu netinho diz que quer ter uma ou outra profissão. Varia muito, daí eu falei para ele:

_Já pensou quando você for bombeiro? Vai poder apagar incêncios florestais.

_Não vovó, eu não vou querer ser bombeiro mais não. Bombeiro está dormindo e tem que acordar para apagar o fogo. Ele não tem descanso. Se tiver incêndio ele tem que ir lá apagar.

_Então você vai ser médico?

_Também não. Acho que vou querer ser astronauta.

Certificado da medalha de ouro do neto da Beth.

Uns dias depois da medalha de ouro o neto comenta.

_Vovó, não vou querer ser astronauta, vou ser engenheiro tecnológico. Vou inventar vídeo game, novos aparelhos tecnológicos e criar uma empresa de informática chamada Célula.



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

dezembro 17, 2014

Os olhos são mesmo o espelho da alma? I origins.

Ainda sem data para lançamento no Brasil.

I Origins é uma ficção americana que joga com a ideia de ciência e senso comum. Lançada esse ano, o filme já ganhou premios e críticas sobre o fato de não ser "tão ciência assim". O fato é que a película deixa um belo espaço para interpretações sobre o universo simbólico e suas implicações na nossa vida.

Dr. Ian Gray é um cientista promissor que depois de esbarrar com a enigmática Sophie encontra um mundo delicioso e místico. Sua promissora carreira se abalada com subjetividades alegóricas da jovem, não fosse pela paixão e não fosse pela dor.

Alguns anos de dedicação às evidências teóricas, ele e a colega de laboratório se dão conta de que espiritualidade e ciência podem estar mais próximas do que imaginam.

Para os que preferem algo mais perto da ciência como ela realmente é, aconselho o filme Decoding Annie Parker. Este é um outro filme sobre os desdobramentos da ciência, mas não tem o mesmo glamour do primeiro. Decoding é baseado em fatos reais e como já disse em outras palavras, mostra a realidade (lenta e exata) da ciência.

E você é mais ciência "só com evidências" ou aceita um pouco de enigma?

dezembro 14, 2014

Exame de fundo de olho e o óculos da Dior

Oftalmologista chique é aquele que faz exame de fundo de olho com direito à pupíla dilatada e ainda te manda pra casa com um óculos da Dior.

Peraí que eu explico já já.

Estávamos passeando pela Califórnia quando encontramos esse lançamento na loja da Dior, o óculos de sol DiorMetallic. Inspirado nas luzes urbanas ele tem acabamentos com efeito de brilho fosco e nem adianta perguntar quanto custa porque não sei. Brincadeirinha, custa menos de 500 dólares.


Depois de um tempo fui fazer exame de vista e o médico pediu para ver o fundo do meu olho. Para quem não sabe, isso significa colírio que arde, pupíla dilatada e dificuldade em voltar para casa por causa da claridade. Fiz isso algumas vezes no Brasil e em todas eu agradeci ao motorista que estava atrás de mim por me avisar gentilmente que o sinal (farol) já estava aberto.

Mas voltando ao médico americano, ele disse. "Não se preocupe porque podemos te arrumar uns shades (quebra-luz) para você dirigir com tranquilidade".

"Legal", pensei eu. Vou ganhar um óculos daqueles com armação de papel tipo 3D dos anos 90. Mas para minha surpresa fui presenteada com um quase DiorMetallic. Confere ai se não foi mesmo.

Shades para dirigir depois da consulta.

Verdade seja dita, esses americanos pensam em tudo mesmo. Seja para cativar o cliente e vender mais ou simplesmente para vender um serviço melhor, resolveu meu problema e ainda gerou esse post.

Pegue o seu "shade" e coloque atrás do fundo de garrafa hahaha
Faça você mesmo seu Dior Metallic. 

dezembro 12, 2014

Ansiedade

Quadro Naif da Beth.


A prosa ao telefone rolou assim:

_ Alô Dona Téia estou ligando para lhe dizer,

_ E eu queria mesmo saber se posso diminuir aquele risco de bordado para caber no tecido que você trouxe para eu bordar.

_ Sei que estou precisando decidir sobre a toalha de mesa aí com você, mas chegou gente aqui de...

_ Já sei. Chegou visita cerimoniosa aí, e você teve de fazer as honras da casa sem poder resolver assuntos urgentes.

_ Nada disso. Chegaram nossos parentes de São Paulo, e 

_ Vieram de avião? 

_ Vieram como de costume, porque

_ Imaginei que com a falta d’água eles não iam conseguir ficar atoa lá.

_ Vieram trazer o

_ O filho deles para ver os bisavós já velhinhos e doentes.

_Não. Vieram trazer os dólares para você viajar no ano novo.

_ Nossa! Por que você não falou logo mulher!

_ Porque sua ansiedade não deixou que eu terminasse uma frase sequer.

_ Ansiosa é você querendo falar primeiro.

_ Eu que liguei amiga.

_ Pois estou calçando meu chinelinho para ir aí agora buscar meu presente!

E desligou sem ao menos despedir-se e agradecer.

A parenta ficou a ouvir o som do telefone desligado na sua orelha, quando a campainha da porta tocou assim: diiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim doooooooooooooooooooooooom!





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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

dezembro 07, 2014

O que é lúpus?


Apesar do escrito "somente amostra" este é um vídeo bem feito e informativo. Não tem mimimi, mas tem legendas em português para quem precisar.


Também vai gostar de ler sobre:

Alergia, só que tem entende.



dezembro 05, 2014

Nem tudo é abobrinha


Na feira livre com a vovó, o rapaizinho pegou nos braços uma porção de abobrinhas verdes. O feirante chamou-lhe a atenção. Poderia deixá-las cair no chão e quebrá-las.

Chamando a atenção do neto foi logo tirando dele as verduras.

_ Não faça isso! Tadinhas das abobrinhas. Elas não gostam de serem maltratadas.

_ Mas essa aqui, vovó, está até sorrindo!

Olhando para aquela que ainda estava na mão vi uma marca de unha tipo comics "simles".



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

dezembro 03, 2014

Guia das cores em inglês para brasileiros, designers ou não.

É muito simples traduzir as cores para o português, certo? Afinal essa é uma das primeiras lições do primeiro livro do prezinho do curso de inglês. Isso até você chegar aqui e ver que os americanos usam as cores de um jeito diferente do nosso.

Green - verde
O brasileiro não vai ter dúvida em esponder que o limão é verde, mas o "lemon" americano é amarelo. A lima brasileira é amarela, mas a lime nos Estados Unidos é verde. Isso porque estamos nos esquecendo do limão siciliano que no Brasil é amarelo. Hum, agora confundiu tudo mesmo. Enfim, basta saber que quando pedir chá gelado na Carolina do Sul vai receber um copo de chá com uma rodela da fruta cítrica amarela, o lemon.



Yellow - amarelo
Desde que cheguei aqui eu percebi que a banana que compramos no mercado é um tipo diferente de tudo o que temos no Brasil. Lembra a banana da terra ou a caturra, mas não é nada disso. Desde então desisti de entender a lógica da banana tipo exportação. A curiosidade aqui é que eles comem a banana quando ela ainda seria considerada verde no Brasil. No gráfico abaixo é algo perto do 3 1/2,  enquanto os brasileiros preferem o 6 ou 7.



Blue - azul 
Blue é uma cor que nos Estados Unidos tem a ver com tristeza. Várias músicas e poemas falam I'm feeling blue que é traduzido como "eu estou triste ou deprimido". Entretanto, no Brasil azul é uma cor alegre apesar de ser considerada uma cor fria. Deve ser por que nos lembra o lindo céu azul do verão ou as águas cristalinas de um rio em Bonito.


O inverno te deixa triste?

Grey - cinza
Enquanto usamos a cor branca para descrever a cor dos cabelos dos nossos queridos idosos, aqui nos States eles usam o cinza. Ou seja, não espere ouvir white hair quando estiverem falando de pessoas mais velhas e esteja preparado para entender o grey hair como sendo o nosso "cabelo branco".



Black - preto
Essa palavra levanta uma questão racial bem complicada por aqui. Enquanto no Brasil chamar um descendente africano de preto é uma ofença, por aqui é justamente o contrário. Para nós brasileiros preto é o nome da cor e negra é a raça, mas nos States não é bem assim. Então lembre-se de nunca, NUNCA mesmo, nem de brincadeira usar nigga ou nigger para falar sobre ou com um negro americano. Americanos nem sequer falam essas palavras inteiras, eles falam the N word. Dica: se estiver conversando com um americano ainda que vocês estejam no Brasil, vale a pena explicar a diferença. Caso contrário vai ver uma cara de espanto pela sua grosseria e racismo. Para não errar use o African American que é o politicamente correto.


Essa camiseta pode falar negro porque é preta.

Khaki - cáqui ou caqui
Não tem nada a ver com a cor da fruta e quer dizer cor de terra ou empoeirado. Minha vida se transformou quando eu entendi que para os americanos caqui não é bege. Como assim?? Eu achava que entendia de cores até ouvir uma designer americana dizer que "bege é uma cor sem graça, mas o cáqui não. Ele tem um sabor diferente e deixa tudo mais interessante". Ok, if you say so... (Ok, se você acha isso...) Mais um detalhe, se estiver procurando um namorado do tipo "pra casar" lembre-se que os caras tradicionais são os que usam calças nestas cores.



 Cáqui versus bege.

Red - vermelho
Também aprendi com uma designer (e não foi a mesma do bege) que eles chamam a cor vermelho escuro de burgundy. Para uma brasileira o vermelho escuro com um pingo de roxo é chamado de vinho, mas por aqui eles são mais específicos. Afinal, Burgundy é uma região da França onde produzem uvas para este tipo de vinho. De qualquer maneira continua sendo uma cor bem chique.




Orange - laranja
É o mesmo que no Brasil, mas tome cuidado ao usar junto com preto porque eles vão de cara associar ao Halloween. Do mesmo jeito que não usamos verde e rosa a não ser no Carnaval e para a Escola de Samba Mangueira. Se insistir vai ouvir alguém perguntando se foi feito para o Dia das Bruxas. Outras combinações de cores que devem ser evitadas se não estiver se referindo aos feriados ou aos times daqui são: verde e vermelho para o Natal, azul, vermelho e branco para o 4 de julho, laranja e branco para o time de futebol americano do Texas e outras cores dependendo do estado ou cidade que vai visitar. 



White - branco
Foi preenchendo formulários que entendi mais sobre o branco, ou melhor, o caucasiano. Não que seja usado somente para pessoas brancas, mas é como chamam os descendentes de europeus. Então lembre-se que Caucasian é como você vai ser chamado por aqui se tiver a pele branca. 




E você, conhece outras diferenças entre as cores no Brasil e nos Estados Unidos? Conte sobre a sua experiência nos comentários.


Outros textos que você vai curtir aqui nas aulas de inglês.

Delícias para experimentar no sul dos Estados Unidos.

novembro 28, 2014

Design Sensible


O termo design era para significar o desenho industrial, em série. Hoje se usa para vários tipos de desenho criativo.

Sensible é traduzido como sensato.

Design ou desenho específico; sensato e/ou sensível como sugere a grafia comum às duas línguas, trazem peculiaridades interessantes de se comentar com o usuário leigo no assunto design. Desde que este use o produto industrializado ou manufaturado saberá dizer acertadamente o que idealiza, necessita, espera do desempenho daquele objeto.

Começarei pela observação de uma casa e as seguintes questões: estará o morador bem servido com lindas portas e janelas que ao serem fechadas não vedam bem? Instalações sanitárias desconfortáveis? Quartos sem arejamento e luz natural? Salas de estar e de refeição que não comportem os móveis e os espaços para a movimentação dos usuários?

O que dizer então de móveis projetados apenas para embelezar? Ou de objetos difíceis de equilibrar, manusear, limpar, ligar, funcionar? Encontrar coisas assim no cotidiano dos afazeres domésticos é bem mais comum do que se pensa.

Já gastei preciosos dez minutos antes de uma festa procurando o fecho de um colar no meio de tantas pérolas; outros tantos minutos para enganchar o lado macho com o lado fêmea do fecho da pulseira; abri um frasco de creme para cabelo sem conseguir fechá-lo ao término do uso; vesti uma blusa e tive de tirá-la para eliminar a etiqueta bordada com fio metálico que gerou uma coceira incrível no meu pescoço. 

Por essas e outras acho que redesenhar um produto tirando sua funcionalidade serve bem ao consumismo esquecendo, muitas vezes, o consumidor.

É bem um “cobertor peleja” que agasalha os pés e deixa as orelhas de fora ou vice versa. Nessa peleja de ora estica a coberta, ora encolhe o corpo, passa-se a noite torcendo para que amanheça logo.




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".