Esse é mais ou menos o título do livro que acabei de ler, em tradução livre seria Suas alergias alimentares ocultas estão te engordando - Como perder peso e ganhar anos de vitalidade. Your hidden food allergies are making you fat - How to lose weight and gain years of vitality, por M. D. Rudy Rivera e Roger Davis Deutsch.
A capa do livro e o teste que deu origem ao estudo sobre sensibilidades. |
Algumas explicações preliminares:
1. Não pretendo nesse post substituir a leitura nem fazer um resumo do livro. Vou apenas deixar registrado algumas notas pessoais que podem interessar e gerar futuros leitores.
2. Esse livro foi escrito com intuito de você descobrir as suas sensibilidades alimentares para perder peso naturalmente com saúde, mas eu achei as ideias nele contidas vão muito além do emagrecimento. Propõe uma mudança de abordagem para prevenir as doenças de hoje.
3. O livro foi escrito com base no teste ALCAT, ou seja, é uma ferramenta de venda do mesmo. Ainda assim, achei que as ideias muito úteis.
Sem mais, vamos aos capítulos finais da novela.
Dedico o capítulo 13 a uma grande amiga que com certeza não vai ler nada disso porque sendo médica brasileira não "acredita nessas coisas", mas toma remédios frequentemente para combater as crises de enxaqueca.
Somente quem sofre de enxaquecas sabe como essa dor é excruciante. Às vezes seguida de sensibilidade visual, nausea, tremor, vômito, fadiga, depressão, problemas de pele e SII, síndrome do intestino irritável. Nos Estados Unidos, 45 milhões têm dores de cabeça constantes, sendo 20 milhões têm enxaquecas e 70% deles são mulheres. Na Inglaterra estimasse que 30 milhões sofrem com a doença.
Alguns tipos de dores de cabeça são: as tensionais que abrangem a área do pescoço até os músculos dos ombros, as vasculares que incluem as encaquecas tóxicas e as orgânicas que têm origem em tumores, infecções e outras doenças. Muitas drogas foram desenvolvidas para o tratamento da enxaqueca, mas muitos encontram um melhor tratamento na identificação das alergias alimentares. Como isso acontece efetivamente não se sabe, mas é fato que funciona como redução de frequência e dor.
Identificando o alimento gatilho: É comum, para algumas pessoas ter dor de cabeça depois de comer queijos envelhecidos e vinho tinto, mas para outras pessoas o gatilho pode ser uva, café, leite ou trigo.
Eles contam a história de uma mulher de 52 anos que por anos a fio conseguiu controlar suas enxaquecas com medicação não controlada. Depois de algum tempo a convenceram a fazer o teste ALCAT e ela descobriu ser alérgica a vários alimentos, entre eles a carne de carneiro e o chocolate, suas comidas preferidas. Ela fez a dieta de eliminação e viu suas dores diminuírem drasticamente. Em uma tarde com amigos ela resolveu testar a eficácia do teste pedindo um prato com carneiro. Pouco mais de uma hora ela sentiu a dor de cabeça voltando e foi quanto também decidiu que o delicioso prato simplesmente não valia a pena.
Enxaqueca e alergia alimentar, estudo confirma a conexão: a ideia não é nova, desde 1905 um médico australiano (*10) relacionou uma a outra. Outros médicos em 1927, 1930, 1934, 1979, e 1985 (*11) continuaram os estudos.
Dra. Barabara Solomon em Baltimore foi pioneira em usar o teste em si mesma, nos meados de 1960. No começo ela fazia o teste a cada 3 meses para ter certeza das melhoras que via nos próprios sintomas. Depois ela conduziu estudos sobre o assunto, incluindo um que demonstrou a conexão em 82% dos 71 pacientes. Outros 24 apresentaram melhoras gerais e 13 deles acabaram com as dores aliadas à sinusite.
Dor, dor, vá embora, crianças e enxaqueca: estudos demonstram que 70% das enxaquecas são hereditárias. Se ambos os pais sofrerem a chance da criança herdar é de 75% ou 50% no caso de apenas um dos pais. Um estudo (*12) em Munique na Alemanha demonstrou que sem os alimentos alergênicos 78 das 88 crianças tiveram melhoras nas dores de cabeça, asma, dor abdominal, eczema e no comportamento. A pesquisa levou a três conclusões: 1. os alimentos agressivos são geralmente os que a pessoa tem mais vontade de comer, 2. 17 das crianças tinham somente uma alergia, mas as outras tinham várias e 3. uma delas precisou eliminar as 24 comidas para ter alívio das dores.
Alguns pais, psicólogos e professores nem desconfiam que doces, refrigerantes, laticínios e chocolates podem ser a causa de déficit de atenção e hiperatividade TDAH. Alguns médicos não pensam na possibilidade dos alimentos e dos químicos, os corantes por exemplo. Ao invés disso vão buscar alívio em remédios que acabam trazendo outras consequências.
A anatomia da enxaqueca: por muitos anos médicos pensavam que ela tinha a ver com problemas de vista ou somente com a constrição de vasos sanguíneos da região. Entretanto, outra parte do problema é a inflamação causada pelo agrupamento de plaquetas que durante o ataque liberam grandes quantidades de serotonina nos locais indevidos. A serotonina é responsável pela constrição dos vasos e diminuição do fluxo sanguíneo para a região.
Por outro lado os complicados mecanismos restauradores dessa situação (PGE-2, PGI-1) abre demais os vasos causando dor. O aumento de pressão em certas partes do corpo provoca náuseas. O teste ALCAT mede a mudança no tamanho e número dos leucócitos e também identifica quando as plaquetas se aglomeram.
A teoria falhou: duas teorias explicam como as dores de cabeça e enxaqueca se relacionam com alimentos específicos e mudanças hormonais. Hormônios não esteroidais (anti-inflamatórios, remédios não controlados do tipo ibuprofeno) e a eliminacão dos 8 alimentos acima tem ajudado algumas pessoas. Contudo as aminas em certos alimentos também fazem essas plaquetas se agruparem numa minoria de pacientes. O Dr. Brostoff explica que seguir a dieta personalizada de eliminação dos gatilhos pessoais (é para ser redundante mesmo) tem resultado diferente, pois faz a pessoa tolerar pequenas quantidades dos alimentos que antes iniciavam a dor de cabeça. Ele suspeita que, por exemplo o leite (ou o trigo ou qualquer outro alimento) possa ser o causador de outras reações que deixam o corpo vulnerável a outros agentes externos (alimentos ou não). Como se um chocolate causasse um forte desequilíbrio na balança corporal.
Não podemos deixar de falar dos hormônios, pois eles também têm papel importante visto que mulheres sofrem mais de enxaqueca. A solução básica é a reposição hormonal que por si só afeta também a constrição dos vasos sanguíneos. Neste caso, o que poderia ser melhor que descobrir a causa alimentar e eliminá-la?
No capítulo 14, o último do livro ele fala de como viver com intolerância alimentar. Curto e grosso ele escreve: assim como no caso das enxaquecas, "somente eliminando as comidas que te agridem você vai se tratar".
Mesmo sabendo da dificuldade que é viver num mundo de industrializados, comidas prontas e alimentos que duram anos nas prateleiras, ele indica você comer o que você mesmo preparou em casa com seus alimentos seguros. (eu sei que é muito difícil, acredite!) Guarde na bolsa a lista das comidas seguras e use sempre que precisar. Durante a dieta de eliminação, 3 a 6 meses, faça pratos simples rotacionando-os de 4 em 4 dias. Tenha um caderno para anotar as reações e sintomas do dia junto com as refeições e suplementos.
Seja um detetive: lembre-se que algumas reações podem ser fruto da combinação de dois ou mais elementos. Destrinchando a coisa, seria como ter uma sensibilidade média ao chocolate e fraca ao café e ao leite, mas quase morrer de dor por tomar um capuccino. A equação ficou exponencial neste caso. (oh, quando você achou que estava ficando fácil vem mais essa)
Elimine de vez aquelas comidas que te dão uma reação forte, apresentadas em vermelho no resultado do teste. Pode ser que você não possa comê-las nunca mais (aqui deixo o meu abraço carinhoso para quem chegou até aqui), mas tudo vai depender de persistência na dieta, da sua desintoxicação e recuperação. Caso tenha uma lista grande de alimentos em todas as áreas (reação forte, média e baixa) faça um esforço para eliminar todas elas por no mínimo 3 meses a fim de conseguir resultados ótimos na sua melhora. Pode ser que você veja na coluna de baixa reatividade alguns alimentos que você quase não come ou nunca comeu, mas eles foram geneticamente determinados pelo teste. A dica então é continuar os evitando.
Lembre-se que intolerância e sensibilidade são diferentes de alergia, os sintomas podem demorar a acontecer, além do efeito acumulativo no organismo. Reintroduza os alimentos d-e-v-a-g-a-r, com cuidado, anotando os efeitos deles em você. Se não houver sintomas experimente outra vez, mas sempre rotacionando em 4 dias. Mais uma dica, o grau de sensibilidade do teste nada tem a ver com a intensidade do sintoma provocado. Ou seja, pode ser que você seja pouco alérgico ao trigo, mas o efeito dele pode ser uma simpels diarréia imediata seguida de forte dor de barriga que dura quatro dias.
Seguindo a dieta de quatro dias: não há nada sagrado ou cabalístico com esse número, é apenas uma medida geral feita pela observação de várias pessoas e suas reações. Você não tem que repetir o alimento depois de quatro dias, as comidas podem ser mais espaçadas. O importante é variar e não repetir nada (mesmo as permitidas) antes dos 4 dias para não fazer com que o organismo arrume outro motivo para uma nova sensibilidade, pois os anticorpos estão muito ativados nesse momento.
Leia o material que vem com o seu teste.
Trate a Candida Albicans: se o teste for positivo para candida, você vai ter uma lista pequena de alimentos permitidos. Isso acontece porque todos os açúcares, farinhas e similares foram eliminados para matar a candida de fome. Ter um teste positivo para a Candida albicans significa que ela esteve presente no seu sangue em algum momento e comprometeu seu sistema imunológico. Por isso uma dieta tão radical. Consulte um médico sobre essa doença.
O desafio do teste: para avaliar a sua reatividade as reintroduções precisam ser feitas, mas elas geralmente são acompanhadas de reações fortes. Sendo assim, você deve somente reintroduzir na sua dieta habitual (todo dia) aquelas da coluna de reações leves. A boa notícia (enfim uma!) é que a maioria das sensibilidades e intolerâncias são eliminadas depois da eliminação. Entretanto, se sua reação ao alimento é engordar, ao invés de dor de cabeça, diarréia, etc. use outra estratégia. A estratégia sugerida é continuar rotacionando essas comidas.
A dieta de eliminação é a cura para as doenças, é parte da medicina alternativa para quando nada mais funcionou. Lembre-se que a ciência e a arte da eliminação como prescrição de alimentos para o alívio de doenças sempre foi parte da medicina. Aqui eles voltam à fala de Hipócrates há 2.500 anos atrás para conquistar o peso ideal.
No final do livro eles trazem uma parte com perguntas frequentes sobre sensibilidade alimentar e a bibliografia selecionada de estudos do teste.
Introducão, capítulo 1 e 2 aqui.
Capítulos 3, 4, 5 e 6 aqui.
Capítulos 7 e 8 aqui.
Capítulos 9 e 10 aqui.
Capítulos 11 e 12 aqui.
Livro: Your hidden food allergies are making you fat - How to lose weight and gain years of vitality, by Rudy Rivera M. D., and Roger Davis Deutsch. Revised edition, copyright 2002, ISBN 0-7615-3760-0, Second Edition, New York.
*10 - Dr. Francis Hare, livro The Food Factor in Disease e um outro relato em inglês aqui.
*11 - Dr. Albert H Rowe e Dr. Warren T. Vaughn em 1927, Dr. Rowe em 1930, Dr. A. Andresen em 1934, Dr. C. G. Grant em 1979 e Dr. Lyndon Mansfield 1985.
*12 - Dr. Joseph Egger trabalha no Children's Hospital em Munique. O estudo foi "Is Migraine Food Allergy?", 1983 caderno The Lancet.
Outros posts que você vai gostar, eu acho.
Dedico o capítulo 13 a uma grande amiga que com certeza não vai ler nada disso porque sendo médica brasileira não "acredita nessas coisas", mas toma remédios frequentemente para combater as crises de enxaqueca.
Somente quem sofre de enxaquecas sabe como essa dor é excruciante. Às vezes seguida de sensibilidade visual, nausea, tremor, vômito, fadiga, depressão, problemas de pele e SII, síndrome do intestino irritável. Nos Estados Unidos, 45 milhões têm dores de cabeça constantes, sendo 20 milhões têm enxaquecas e 70% deles são mulheres. Na Inglaterra estimasse que 30 milhões sofrem com a doença.
Alguns tipos de dores de cabeça são: as tensionais que abrangem a área do pescoço até os músculos dos ombros, as vasculares que incluem as encaquecas tóxicas e as orgânicas que têm origem em tumores, infecções e outras doenças. Muitas drogas foram desenvolvidas para o tratamento da enxaqueca, mas muitos encontram um melhor tratamento na identificação das alergias alimentares. Como isso acontece efetivamente não se sabe, mas é fato que funciona como redução de frequência e dor.
Identificando o alimento gatilho: É comum, para algumas pessoas ter dor de cabeça depois de comer queijos envelhecidos e vinho tinto, mas para outras pessoas o gatilho pode ser uva, café, leite ou trigo.
Eles contam a história de uma mulher de 52 anos que por anos a fio conseguiu controlar suas enxaquecas com medicação não controlada. Depois de algum tempo a convenceram a fazer o teste ALCAT e ela descobriu ser alérgica a vários alimentos, entre eles a carne de carneiro e o chocolate, suas comidas preferidas. Ela fez a dieta de eliminação e viu suas dores diminuírem drasticamente. Em uma tarde com amigos ela resolveu testar a eficácia do teste pedindo um prato com carneiro. Pouco mais de uma hora ela sentiu a dor de cabeça voltando e foi quanto também decidiu que o delicioso prato simplesmente não valia a pena.
Enxaqueca e alergia alimentar, estudo confirma a conexão: a ideia não é nova, desde 1905 um médico australiano (*10) relacionou uma a outra. Outros médicos em 1927, 1930, 1934, 1979, e 1985 (*11) continuaram os estudos.
Dra. Barabara Solomon em Baltimore foi pioneira em usar o teste em si mesma, nos meados de 1960. No começo ela fazia o teste a cada 3 meses para ter certeza das melhoras que via nos próprios sintomas. Depois ela conduziu estudos sobre o assunto, incluindo um que demonstrou a conexão em 82% dos 71 pacientes. Outros 24 apresentaram melhoras gerais e 13 deles acabaram com as dores aliadas à sinusite.
Dor, dor, vá embora, crianças e enxaqueca: estudos demonstram que 70% das enxaquecas são hereditárias. Se ambos os pais sofrerem a chance da criança herdar é de 75% ou 50% no caso de apenas um dos pais. Um estudo (*12) em Munique na Alemanha demonstrou que sem os alimentos alergênicos 78 das 88 crianças tiveram melhoras nas dores de cabeça, asma, dor abdominal, eczema e no comportamento. A pesquisa levou a três conclusões: 1. os alimentos agressivos são geralmente os que a pessoa tem mais vontade de comer, 2. 17 das crianças tinham somente uma alergia, mas as outras tinham várias e 3. uma delas precisou eliminar as 24 comidas para ter alívio das dores.
Alguns pais, psicólogos e professores nem desconfiam que doces, refrigerantes, laticínios e chocolates podem ser a causa de déficit de atenção e hiperatividade TDAH. Alguns médicos não pensam na possibilidade dos alimentos e dos químicos, os corantes por exemplo. Ao invés disso vão buscar alívio em remédios que acabam trazendo outras consequências.
A anatomia da enxaqueca: por muitos anos médicos pensavam que ela tinha a ver com problemas de vista ou somente com a constrição de vasos sanguíneos da região. Entretanto, outra parte do problema é a inflamação causada pelo agrupamento de plaquetas que durante o ataque liberam grandes quantidades de serotonina nos locais indevidos. A serotonina é responsável pela constrição dos vasos e diminuição do fluxo sanguíneo para a região.
Por outro lado os complicados mecanismos restauradores dessa situação (PGE-2, PGI-1) abre demais os vasos causando dor. O aumento de pressão em certas partes do corpo provoca náuseas. O teste ALCAT mede a mudança no tamanho e número dos leucócitos e também identifica quando as plaquetas se aglomeram.
A teoria falhou: duas teorias explicam como as dores de cabeça e enxaqueca se relacionam com alimentos específicos e mudanças hormonais. Hormônios não esteroidais (anti-inflamatórios, remédios não controlados do tipo ibuprofeno) e a eliminacão dos 8 alimentos acima tem ajudado algumas pessoas. Contudo as aminas em certos alimentos também fazem essas plaquetas se agruparem numa minoria de pacientes. O Dr. Brostoff explica que seguir a dieta personalizada de eliminação dos gatilhos pessoais (é para ser redundante mesmo) tem resultado diferente, pois faz a pessoa tolerar pequenas quantidades dos alimentos que antes iniciavam a dor de cabeça. Ele suspeita que, por exemplo o leite (ou o trigo ou qualquer outro alimento) possa ser o causador de outras reações que deixam o corpo vulnerável a outros agentes externos (alimentos ou não). Como se um chocolate causasse um forte desequilíbrio na balança corporal.
Não podemos deixar de falar dos hormônios, pois eles também têm papel importante visto que mulheres sofrem mais de enxaqueca. A solução básica é a reposição hormonal que por si só afeta também a constrição dos vasos sanguíneos. Neste caso, o que poderia ser melhor que descobrir a causa alimentar e eliminá-la?
No capítulo 14, o último do livro ele fala de como viver com intolerância alimentar. Curto e grosso ele escreve: assim como no caso das enxaquecas, "somente eliminando as comidas que te agridem você vai se tratar".
Mesmo sabendo da dificuldade que é viver num mundo de industrializados, comidas prontas e alimentos que duram anos nas prateleiras, ele indica você comer o que você mesmo preparou em casa com seus alimentos seguros. (eu sei que é muito difícil, acredite!) Guarde na bolsa a lista das comidas seguras e use sempre que precisar. Durante a dieta de eliminação, 3 a 6 meses, faça pratos simples rotacionando-os de 4 em 4 dias. Tenha um caderno para anotar as reações e sintomas do dia junto com as refeições e suplementos.
Seja um detetive: lembre-se que algumas reações podem ser fruto da combinação de dois ou mais elementos. Destrinchando a coisa, seria como ter uma sensibilidade média ao chocolate e fraca ao café e ao leite, mas quase morrer de dor por tomar um capuccino. A equação ficou exponencial neste caso. (oh, quando você achou que estava ficando fácil vem mais essa)
Elimine de vez aquelas comidas que te dão uma reação forte, apresentadas em vermelho no resultado do teste. Pode ser que você não possa comê-las nunca mais (aqui deixo o meu abraço carinhoso para quem chegou até aqui), mas tudo vai depender de persistência na dieta, da sua desintoxicação e recuperação. Caso tenha uma lista grande de alimentos em todas as áreas (reação forte, média e baixa) faça um esforço para eliminar todas elas por no mínimo 3 meses a fim de conseguir resultados ótimos na sua melhora. Pode ser que você veja na coluna de baixa reatividade alguns alimentos que você quase não come ou nunca comeu, mas eles foram geneticamente determinados pelo teste. A dica então é continuar os evitando.
Lembre-se que intolerância e sensibilidade são diferentes de alergia, os sintomas podem demorar a acontecer, além do efeito acumulativo no organismo. Reintroduza os alimentos d-e-v-a-g-a-r, com cuidado, anotando os efeitos deles em você. Se não houver sintomas experimente outra vez, mas sempre rotacionando em 4 dias. Mais uma dica, o grau de sensibilidade do teste nada tem a ver com a intensidade do sintoma provocado. Ou seja, pode ser que você seja pouco alérgico ao trigo, mas o efeito dele pode ser uma simpels diarréia imediata seguida de forte dor de barriga que dura quatro dias.
Seguindo a dieta de quatro dias: não há nada sagrado ou cabalístico com esse número, é apenas uma medida geral feita pela observação de várias pessoas e suas reações. Você não tem que repetir o alimento depois de quatro dias, as comidas podem ser mais espaçadas. O importante é variar e não repetir nada (mesmo as permitidas) antes dos 4 dias para não fazer com que o organismo arrume outro motivo para uma nova sensibilidade, pois os anticorpos estão muito ativados nesse momento.
Leia o material que vem com o seu teste.
Trate a Candida Albicans: se o teste for positivo para candida, você vai ter uma lista pequena de alimentos permitidos. Isso acontece porque todos os açúcares, farinhas e similares foram eliminados para matar a candida de fome. Ter um teste positivo para a Candida albicans significa que ela esteve presente no seu sangue em algum momento e comprometeu seu sistema imunológico. Por isso uma dieta tão radical. Consulte um médico sobre essa doença.
O desafio do teste: para avaliar a sua reatividade as reintroduções precisam ser feitas, mas elas geralmente são acompanhadas de reações fortes. Sendo assim, você deve somente reintroduzir na sua dieta habitual (todo dia) aquelas da coluna de reações leves. A boa notícia (enfim uma!) é que a maioria das sensibilidades e intolerâncias são eliminadas depois da eliminação. Entretanto, se sua reação ao alimento é engordar, ao invés de dor de cabeça, diarréia, etc. use outra estratégia. A estratégia sugerida é continuar rotacionando essas comidas.
A dieta de eliminação é a cura para as doenças, é parte da medicina alternativa para quando nada mais funcionou. Lembre-se que a ciência e a arte da eliminação como prescrição de alimentos para o alívio de doenças sempre foi parte da medicina. Aqui eles voltam à fala de Hipócrates há 2.500 anos atrás para conquistar o peso ideal.
"Que a comida seja o seu alimento e o alimento a sua medicina." Hipócrates |
No final do livro eles trazem uma parte com perguntas frequentes sobre sensibilidade alimentar e a bibliografia selecionada de estudos do teste.
Introducão, capítulo 1 e 2 aqui.
Capítulos 3, 4, 5 e 6 aqui.
Capítulos 7 e 8 aqui.
Capítulos 9 e 10 aqui.
Capítulos 11 e 12 aqui.
Livro: Your hidden food allergies are making you fat - How to lose weight and gain years of vitality, by Rudy Rivera M. D., and Roger Davis Deutsch. Revised edition, copyright 2002, ISBN 0-7615-3760-0, Second Edition, New York.
*10 - Dr. Francis Hare, livro The Food Factor in Disease e um outro relato em inglês aqui.
*11 - Dr. Albert H Rowe e Dr. Warren T. Vaughn em 1927, Dr. Rowe em 1930, Dr. A. Andresen em 1934, Dr. C. G. Grant em 1979 e Dr. Lyndon Mansfield 1985.
*12 - Dr. Joseph Egger trabalha no Children's Hospital em Munique. O estudo foi "Is Migraine Food Allergy?", 1983 caderno The Lancet.
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ATENÇÃO
Todo o material escrito na seção ALERGIA tem somente a intenção de informar com referências. Você não deve de jeito algum deixar de conversar e comunicar seu médico sobre suas decisões de trocar ou parar de tomar qualquer remédio, suplemento ou começar a fazer qualquer tratamento diferente do que foi passado por ele. Por favor, use o bom senso, faça sua própria pesquisa. Consulte seus especialistas quando resolver fazer alguma substituição que afete sua vida.
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