Esse é mais ou menos o título do livro que acabei de ler, em tradução livre seria Suas alergias alimentares ocultas estão te engordando - Como perder peso e ganhar anos de vitalidade. Your hidden food allergies are making you fat - How to lose weight and gain years of vitality, por M. D. Rudy Rivera e Roger Davis Deutsch.
A capa do livro e o teste que deu origem ao estudo sobre sensibilidades. |
Algumas explicações preliminares:
1. Não pretendo nesse post substituir a leitura nem fazer um resumo do livro. Vou apenas deixar registrado algumas notas pessoais que podem interessar e gerar futuros leitores.
2. Esse livro foi escrito com intuito de você descobrir as suas sensibilidades alimentares para perder peso naturalmente com saúde, mas eu achei as ideias nele contidas vão muito além do emagrecimento. Propõe uma mudança de abordagem para prevenir as doenças de hoje.
3. O livro foi escrito com base no teste ALCAT, ou seja, é uma ferramenta de venda do mesmo. Ainda assim, achei que as ideias muito úteis.
Sem mais, vamos à próxima parte.
Começando pelo capítulo 7 vemos que as pessoas que suspeitam de sensibilidades alimentares têm histórias únicas e inacreditáveis para contar. Somos tão doutrinados a acreditar que uma comida não pode de jeito algum ser a causa da nossa miséria que ficamos perdidos nos perguntando o que pode ser então.
Uma revelação muito comum em doenças crônicas acontece nesta parte. O autor do livro, médico, após 20 anos de obesidade (1,75 m e 111 kg = 36,2 de massa corporal) descobriu que alergia alimentar era a causa do seu sobrepeso. Depois disso tudo mudou na sua clínica, deixou de tratar sintomas e culpar pacientes que por causa do sobrepeso não conseguiam seguir as recomendações dele. Incapaz de curar ele os culpava, mas mudou de atitude quando precisou ele mesmo enfrentar a alergia ao trigo, ao milho dentre outras sensibilidades médias. Mudanças alimentares levaram ao emagrecimento (79 kg) e o desaparecimento dos sintomas. Um dos sintomas era o sono incontrolável horas após o contato com o alimento, além de dor de cabeça, nariz escorrendo e pensamento confuso.
Devo esquecer minhas comidas preferidas para sempre?: você poderá reintroduzir as comidas depois de 3 ou 6 meses se rotaciona-las nos tais 4 dias como ensinam. Mesmo assim é possível ter que sofrer as consequências de desobedecer seus limites. Alguns alimentos simplesmente não valem a pena e o autor falou disso também.
Alguns estudos de casos você encontra nesta parte do livro, mas não vou falar deles. Fibromialgia, intestino cronicamente inflamado, déficit de atenção e intolerância ao açúcar, rinite e sinusite, dor de cabeça, fadiga crônica, candidíase são alguns deles.
Sensibilidades alimentares e sobrepeso é o tema do capítulo 8 e eliminar os alimentos que te dão alergia é a base do emagrecimento. Em geral, temos desejo de comer as comidas que nos fazem mal, isso não é muito diferente do que acontece sob efeito das drogas ilegais por exemplo.
Uma opção válida é eliminar alguns alimentos por semana, substituindo os problemáticos por outros seguros. Depois de duas ou três semanas as comidas mais reativas devem ser totalmente eliminadas e somente desta maneira a sensibilidade será também confirmada.
Me alimente: sobrepeso e desnutrição devido a baixa absorção deixam você frustrado. Entretanto, as atividades físicas são difíceis devido ao baixo consumo de gorduras e o fato de ficar esfomeado após a atividade. O corpo vai preferir usar os recursos fáceis como carboidratos e açúcares implorando para você comer ainda mais deles. Num dado momento seu corpo vai entender que o melhor é parar de se exercitar.
Então este será o ciclo:
1. Você engorda.
2. Exercícios te deixam com fome e você não perde peso.
3. Você come pouco, mas não perde peso.
4. Frustrado você evita se exercitar.
5. Come somente o que te faz bem.
6. Pronto, você tem sensibilidades alimentares!
Gordura, como isso aconteceu?: as células que estocam gorduras nunca deixam que elas saiam (ninguém sai). Ainda que você se alimente bem, comendo alimentos saudáveis, seu corpo sempre vai usar açúcares e carboidratos primeiro.
Ajuda muito se você conseguir:
1. Não comer em resposta ao estresse, raiva, solidão ou qualquer motivo semelhante.
2. Variar mais sua alimentação, ao invés de comer sempre as mesmas coisas.
3. Ter cuidado com químicos, remédios, transgênicos que prejudicam o organismo.
Doença crônica significa "eu não sei": agora você entende a frustração de um paciente crônico. Considere que todas as doenças que citamos várias vezes aqui possam ser, apenas sintomas. Entretanto, quando seu corpo usa energia para te defender de alimentos outros invasores entram sem problemas. A não ser que seu médico seja brilhante, você vai fazer vários exames, muitas consultas e experimentar medicamentos sem muito resultado.
Após realizar o teste sugerido pelo livro, eliminar por 3 ou 6 meses as comidas que te fazem mal e rotacionar as demais, você se sentirá muito melhor.
Política e sensibilidades alimentares: desde o começo do século passado a alergia alimentar é aceita como causa de doenças (*4) e ainda assim o assunto continua controverso. Vários são os motivos para não abordarem a questão de maneira profissional, sendo eles:
- Política. Aceitar a causa significa que cientistas terão que sair de pesquisas a respeito de medicamentos.
- Filosofia. A doutrina médica é baseada no fato de que doenças não são causadas por alimentos. Por exemplo, um sintoma respiratório do tipo rinite só pode ter origem em poeira, germes, bactérias, vírus, no máximo uma planta. Há pouco incentivo para pensarem que pode ter sido um alimento.
- Sintomas variados causados por alimentos. A variedade de sintomas que uma alergia alimentar deixa desorientado qualquer médico convencional, simples assim.
- Falta de evidências científicas. Muitos médicos vão esperar que até o Papa faça a verificação do óbvio antes de assumir e pesquisar sobre o assunto. Enquanto isso, sua saúde padece.
O médico tende a recitar um remédio, mesmo sem saber como aquela droga funciona no nível celular de seu paciente. O mesmo médico tem dificuldades de solicitar ao paciente que remova um alimento da dieta para ver se há alívio nos sintomas. Pedir que esse doutor aceite que uma doença pode ser curada sem remédios já é coisa de outro mundo.
Aqueles médicos do tipo cabeça-aberta às vezes aceitam as alergias e até as sensibilidades alimentares, mas ainda assim vão prescrever algum antialérgico. Mais cedo ou mais tarde a compaixão vai levá-los a considerar as evidências clínicas de que um alimento pode sim fazer mal e evitar essa comida é imperativo para manter a saúde de muitos.
Introducão, capítulo 1 e 2 aqui.
Capítulos 3, 4, 5 e 6 aqui.
Capítulos 9 e 10 aqui.
Capítulos 11 e 12 aqui.
Capítulos 13 e 14 aqui.
*4 - O pediatra Oscar Menderson Schloss em 1912 descreveu a alergia ao leite de vaca em alguns de seus pacientes bebês. -- O nome desse médicos foi citados no livro, mas esse adendo é por minha conta.
Livro: Your hidden food allergies are making you fat - How to lose weight and gain years of vitality, by Rudy Rivera M. D., and Roger Davis Deutsch. Revised edition, copyright 2002, ISBN 0-7615-3760-0, Second Edition, New York.
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Começando pelo capítulo 7 vemos que as pessoas que suspeitam de sensibilidades alimentares têm histórias únicas e inacreditáveis para contar. Somos tão doutrinados a acreditar que uma comida não pode de jeito algum ser a causa da nossa miséria que ficamos perdidos nos perguntando o que pode ser então.
Uma revelação muito comum em doenças crônicas acontece nesta parte. O autor do livro, médico, após 20 anos de obesidade (1,75 m e 111 kg = 36,2 de massa corporal) descobriu que alergia alimentar era a causa do seu sobrepeso. Depois disso tudo mudou na sua clínica, deixou de tratar sintomas e culpar pacientes que por causa do sobrepeso não conseguiam seguir as recomendações dele. Incapaz de curar ele os culpava, mas mudou de atitude quando precisou ele mesmo enfrentar a alergia ao trigo, ao milho dentre outras sensibilidades médias. Mudanças alimentares levaram ao emagrecimento (79 kg) e o desaparecimento dos sintomas. Um dos sintomas era o sono incontrolável horas após o contato com o alimento, além de dor de cabeça, nariz escorrendo e pensamento confuso.
Alguns estudos de casos você encontra nesta parte do livro, mas não vou falar deles. Fibromialgia, intestino cronicamente inflamado, déficit de atenção e intolerância ao açúcar, rinite e sinusite, dor de cabeça, fadiga crônica, candidíase são alguns deles.
Sensibilidades alimentares e sobrepeso é o tema do capítulo 8 e eliminar os alimentos que te dão alergia é a base do emagrecimento. Em geral, temos desejo de comer as comidas que nos fazem mal, isso não é muito diferente do que acontece sob efeito das drogas ilegais por exemplo.
Quando você tem sensibilidade alimentar alguns efeitos não são imediatos, mas ao comer algo que te faz mal, você estressa seu corpo. A serotonina reduz no centro de controle da fome no cérebro, mas nem sempre é imediatamente. Pode ser que no começo a serotonina suba e ao mesmo tempo o sistema imunológico é ativado. Então pode haver inchaço na mucosa intestinal e, como resultado acontece a redução dos movimentos, ou seja, constipação ou baixa absorção de nutrientes. Outro exemplo são as vasculites pela destruição dos vasos sanguíneos gerando dor de cabeça, irritabilidade e dores musculares. Sinusites, mas também a pele ou as juntas também podem ser afetadas, dependendo da genética de cada indivíduo. Em outras palavras, se seu teste for fortemente positivo para um alimento você precisa deixar de comê-lo. Não é para reduzir ao máximo, nem controlar, é deixar de comer de verdade!
Sensibilidades alimentares fazem você ficar doente e engordar. |
Então este será o ciclo:
1. Você engorda.
2. Exercícios te deixam com fome e você não perde peso.
3. Você come pouco, mas não perde peso.
4. Frustrado você evita se exercitar.
5. Come somente o que te faz bem.
6. Pronto, você tem sensibilidades alimentares!
Gordura, como isso aconteceu?: as células que estocam gorduras nunca deixam que elas saiam (ninguém sai). Ainda que você se alimente bem, comendo alimentos saudáveis, seu corpo sempre vai usar açúcares e carboidratos primeiro.
Ajuda muito se você conseguir:
1. Não comer em resposta ao estresse, raiva, solidão ou qualquer motivo semelhante.
2. Variar mais sua alimentação, ao invés de comer sempre as mesmas coisas.
3. Ter cuidado com químicos, remédios, transgênicos que prejudicam o organismo.
Doença crônica significa "eu não sei": agora você entende a frustração de um paciente crônico. Considere que todas as doenças que citamos várias vezes aqui possam ser, apenas sintomas. Entretanto, quando seu corpo usa energia para te defender de alimentos outros invasores entram sem problemas. A não ser que seu médico seja brilhante, você vai fazer vários exames, muitas consultas e experimentar medicamentos sem muito resultado.
Após realizar o teste sugerido pelo livro, eliminar por 3 ou 6 meses as comidas que te fazem mal e rotacionar as demais, você se sentirá muito melhor.
Política e sensibilidades alimentares: desde o começo do século passado a alergia alimentar é aceita como causa de doenças (*4) e ainda assim o assunto continua controverso. Vários são os motivos para não abordarem a questão de maneira profissional, sendo eles:
- Política. Aceitar a causa significa que cientistas terão que sair de pesquisas a respeito de medicamentos.
- Filosofia. A doutrina médica é baseada no fato de que doenças não são causadas por alimentos. Por exemplo, um sintoma respiratório do tipo rinite só pode ter origem em poeira, germes, bactérias, vírus, no máximo uma planta. Há pouco incentivo para pensarem que pode ter sido um alimento.
- Sintomas variados causados por alimentos. A variedade de sintomas que uma alergia alimentar deixa desorientado qualquer médico convencional, simples assim.
- Falta de evidências científicas. Muitos médicos vão esperar que até o Papa faça a verificação do óbvio antes de assumir e pesquisar sobre o assunto. Enquanto isso, sua saúde padece.
O médico tende a recitar um remédio, mesmo sem saber como aquela droga funciona no nível celular de seu paciente. O mesmo médico tem dificuldades de solicitar ao paciente que remova um alimento da dieta para ver se há alívio nos sintomas. Pedir que esse doutor aceite que uma doença pode ser curada sem remédios já é coisa de outro mundo.
Aqueles médicos do tipo cabeça-aberta às vezes aceitam as alergias e até as sensibilidades alimentares, mas ainda assim vão prescrever algum antialérgico. Mais cedo ou mais tarde a compaixão vai levá-los a considerar as evidências clínicas de que um alimento pode sim fazer mal e evitar essa comida é imperativo para manter a saúde de muitos.
Introducão, capítulo 1 e 2 aqui.
Capítulos 3, 4, 5 e 6 aqui.
Capítulos 9 e 10 aqui.
Capítulos 11 e 12 aqui.
Capítulos 13 e 14 aqui.
*4 - O pediatra Oscar Menderson Schloss em 1912 descreveu a alergia ao leite de vaca em alguns de seus pacientes bebês. -- O nome desse médicos foi citados no livro, mas esse adendo é por minha conta.
Livro: Your hidden food allergies are making you fat - How to lose weight and gain years of vitality, by Rudy Rivera M. D., and Roger Davis Deutsch. Revised edition, copyright 2002, ISBN 0-7615-3760-0, Second Edition, New York.
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Sorvete de limão capeta
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ATENÇÃO
Todo o material escrito na seção ALERGIA tem somente a intenção de informar com referências. Você não deve de jeito algum deixar de conversar e comunicar seu médico sobre suas decisões de trocar ou parar de tomar qualquer remédio, suplemento ou começar a fazer qualquer tratamento diferente do que foi passado por ele. Por favor, use o bom senso, faça sua própria pesquisa. Consulte seus especialistas quando resolver fazer alguma substituição que afete sua vida.
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