Por Elisabeth Santos
Às oito horas da manhã da segunda-feira me deparei com a maritaquinha se
debatendo para sair da minha lavanderia. Pela vidraça ela enxergava a paisagem
de onde tinha vindo sem saber sair por onde havia entrado: a fresta entre
telhado e parede.
Para que não se machucasse mais, pois penas verdes esvoaçavam ao ar, fui eu
pegá-la. Sabia que seria bicada pelo instinto de defesa natural das aves, mas
tinha de ser rápida, e surpreendi-a com as mãos sem luvas.
E conversei com ela, tranquilizando-a para um minuto de poses fotográficas
antes de soltá-la. E ei-la quietinha no meu colo antes do voo para bem longe.
Se ela voltará a morar no meu teto, depois do susto, não sei. Enviarei notícias
por e-mail ou então pelo pombo-correio.
Estou na dúvida entre os dois meios de comunicação. Ambos rápidos e
seguros.
Abraços, Beth
--
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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