novembro 04, 2016

Horário de verão

Por Elisabeth Santos

O horário de economia da luz do dia (Daylight Saving Time) termina este fim de semana nos Estados Unidos. 

No início do verão perde-se uma hora no adiantamento dos ponteiros. Mais ao final do verão atrasa-se o relógio em uma hora.

Para onde vai essa hora perdida, ao ser devolvida? Vai para o dia mais longo do ano! No dia do retorno a maioria das pessoas acorda no mesmo horário a que se habituou nos últimos meses, e fica sem saber o que fazer. Pensa que já é hora do almoço, mas não é. Acha que é hora de dormir, mas ainda é muito cedo. Se bem que isso não chega a ser um problema... Já que só acontece no dia da devolução da hora perdida. Logo, logo tudo volta ao normal.

Afinal onde andava a hora perdida? Dentro do relógio? Sim. Claro que sim!

Prestando atenção, foi só o mecanismo ser manipulado para o número mudar. Então o planeta Terra não sofreu solavanco algum. A hora sumida deve permanecer dentro do relógio fazendo hora, oras bolas!

E ao voltar? Como será que acontece?

Para as pessoas certamente é um simples “dá cá, toma lá”:

_ Olha aqui, vou pegar uma hora da sua noite de sono, mas devolvo viu?

E se essa hora for de troca da guarda, ou do plantão hospitalar de alguém?

E se esse guardião ou plantonista, não estiver trabalhando no dia e hora da devolução, quem fica devendo para quem?

Voltando à questão do relógio, que tem uma hora a devolver à população, como fica sua contabilidade?

Ficará ele em busca da hora escondida?

Ela deve estar em algum lugar daquele mecanismo...

Mas se não for encontrada será reinventada com certeza.

O que ninguém saberá jamais: _ O que haveria de acontecer naqueles sessenta minutos retirados... aconteceu?

Ah essas mudanças de horário...





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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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