abril 29, 2016

Em Paris eu vou de metrô

Por Elisabeth Santos


Para quem tem o hábito de andar de metrô numa cidade grande será bem mais fácil utilizar esta condução coletiva em outros países. Para os prováveis usuários de primeira viagem, que irão estar desacompanhados nas demais idas e vindas, recomenda-se informar-se bem, na internet por exemplo.

Tendo-se em mãos um mapa melhor ainda.

Não basta saber o número da linha.  É bom ter na memória o nome da estação onde se está, os nomes do início e do fim do trajeto e para onde se quer ir. Tudo isto porque na volta, a direção a se pegar será no sentido contrário.

É importante guardar por qual porta da estação você atingirá com mais facilidade sua residência, colégio, ou trabalho. Assim evitará a travessia desnecessária de praça, avenida ou rua. Depois que se domina “como” é tratar de saber “quantos”. 

Supondo que certo passageiro tenha que mudar duas vezes de metrô antes de chegar a seu destino, não deverá cochilar. Se isto acontecer, e ele passar do ponto, o ticket pago ainda estará valendo desde que ele não atinja a rua através da saída. 

Terá de procurar outro metrô por ali mesmo. Apenas há de gastar mais tempo, e paciência.

Todas as grandes cidades deveriam ter metrôs. Subterrâneo, a céu aberto, ou misto, desde que suficientes para a população necessitada deles, nos horários devidos, seriam essenciais na economia; manutenção do meio ambiente, e até saúde. Pedir transporte coletivo confortável, rápido, e de boa qualidade tende a melhorar a qualidade de vida nas metrópoles.

Observei um trabalhador que entrou no metrô carregando uma escada dobrável sob o braço, dois baldes de tinta nas mãos, e a mochila nas costas. Pensei que ele precisaria do auxílio de outra pessoa para desembarcar, mas não precisou. Observei também o grupo de turistas. Ninguém ficou para trás. Ter porta a se fechar automaticamente, não significa ausência de olhares vigilantes.

Observei também os artistas que entram nesse tipo de condução: com instrumento musical, ou caixa de som, cantam e ganham algumas moedas. Não são mendigos, e sim desempregados. Alguns nem entram, estabelecem um ponto num dos corredores de embarque e ali ficam. Pode ser distante ou próximo à banca de jornal, ou de frutas. Poderá ser lá fora também, sempre onde há movimento de pessoas. 

Metrôs tem vida própria, portanto, manter a atenção nas medidas e avisos de segurança é importante a todos. De tempos em tempos, a voz gravada é ouvida ali dentro:

_ Segure perto do corpo sua bolsa, ou seus pertences. Não se descuide!

E daí você poderá concluir:

_ Só havia descrito coisas boas até então...

E eu, me desculpando, completaria:

_ “Amigos do alheio” estão sempre a espera da ocasião propícia, que os faça levar alguma vantagem! Cuide-se!



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

abril 27, 2016

Greenville, um bom downtown para se viver.

Dicas do Sul dos Estados Unidos

16. Porque o centro da cidade de Greenville é um bom lugar para se viver (veja o tópico 15 aqui).

Main Street, Greenville, SC
#yeahthatgreenville

Primeiro é preciso esclarecer que essa cidade é a da Carolina do Sul, pois várias vilas verdes estão espalhadas pelo território americano. #yeahthatgreenville sim, aquela Greenville, não a outra da Carolina do Norte, nem a da Califórnia.

Então vamos lá, por quê o centro de Greenville é um bom lugar para se viver?

Porque parece uma cidadezinha européia com árvores frondosas, construções de tijolo à vista e cafés que invadem as calçadas.  Posso garantir que vai ser difícil se lembrar que está no chamado "Cinturão da Bíblia" ou seja lá o que isso quer dizer em termos de paisagem urbana.

Passeio pela Liberty bridge - ponte da liberdade.
#yeahthatgreenville

A rua principal - Main Street - é agraciada com uma cachoeira e um parque que desde as primeiras flores da primavera atrai famílias, atletas, casais apaixonados prestes a dizer o sim, além de peças teatrais. Situada no sudeste americano, Greenville tem o centro projetado para crescer e mesmo assim continuar charmoso por mais 10 anos no mínimo.


Falls parque - parque da cachoeira no dia de São Patrício.
#yeahthatgreenville

Durante o dia o centro recebe em torno de 20 mil funcionários das diversas firmas existentes na região, mas à noite acomoda turistas e residentes em busca de compras inusitadas ou diversão. Principalmente nas épocas de temperaturas amenas, é comum fazerem eventos na região, sejam eles musicais ou feiras de venda direta do produtor regional como eu mostrei aqui.

Parada obrigatória nos cafés e restaurantes da cidade.
#yeahthatgreenville

Nos 10 quarteirões na Main street existem em torno de 120 restaurantes independentes tornam a região um ponto de encontro gastronômico. Por lá você vai experimenta de Tailândia ao Japão mexicano (vide o original restaurante TakoSushi) mudando apenas de calçada. Comida belga, mediterrânea ou até a culinária moderna do sul americano estão à disposição dos mais exigentes gourmets.

Se resolver passear pela beirada do rio, não deixe de passar pelas pontes e tirar fotos do local. Visite também os estúdios onde artistas devotam dias à escuta das águas do rio Reedy como inspiração. Do outro lado do rio geralmente acontecem concertos, se for o caso, assista um deles e veja como os estrangeiros ses comportam em shows abertos.

Se preferir uma caminhada aos ares da natureza sulista, é conveniente saber que a pista de caminhada do parque tem 34 km e vai desde a Main Street até a cidade de Travellers Rest. Passando por pequenas cidades vizinhas, os moradores locais chamam essa trilha de Swamp Rabbit - coelho de pântano.

Veja aqui o mapa, pontos interessantes e banheiros da trilha.

Para quem conhece Greenville ou o tradicional sul dos Estados Unidos, agora é a sua vez de deixar nos comentários suas impressões sobre a região!


Outros posts sobre o sul dos Estados Unidos aqui para você.

A primavera no sul dos Estados Unidos

Não use roupas brancas depois do dia do trabalho.



abril 22, 2016

O que vim fazer em Paris?



Por Elisabeth Santos


Semelhante àquela brincadeira infantil na qual se pergunta, e se faz mímica para responder... 

Parecido ao jogo de quebra-cabeça quando o objetivo é juntar peças para mostrar uma figura lógica...

Fugindo a tudo que precise explicação, pois nasce do desejo puro e simples de descobrir ligações entre o real e o imaginário... 

Cá estou eu em Paris!

Andando de metropolitain, bem no subsolo, relembro passagens do romance “Os Miseráveis”, de autoria do Vítor Hugo, quando grupos da Resistência caminhavam escondidos nas galerias subterrâneas da cidade.

Visitando a  Chapelle Notre - Dame de la Médaille Miraculeuse, revejo minhas tias da Congregação Vicentina e sua devoção. O santuário na cidade do Rio de Janeiro, onde residiam, também é lindo!

Passando pela Bastilha, lembro-me de um professor de História Geral, que estava sempre a ilustrar suas aulas contando aspectos, e emoções, de suas visitas à Europa.

Estudei dos nove aos quatorze anos no Colégio Notre Dame de Sion, de origem francesa ouvindo as professoras conversando entre si nesse idioma. Tive aulas com elas, e gostava. Mudando de Colégio, quase esqueci o Francês, pois o idioma ali ensinado era o Inglês.

Por fim, eram muito mais palavras ouvidas em francês, na minha época de estudante, do que em espanhol, por exemplo. Sem contar que minha mãe gostava de ouvir e cantar “La vie em Rose”, dentre outras músicas francesas; os livros dela na estante, e que lá ainda estão até hoje, são franceses; alguma oração, ditados populares, fábulas de Jean de La Fontaine, e “Les petites filles modèles” de autoria da Condessa de Ségur.

Assim chegou o meu dia de visitar Paris, e fui. Matriculei-me por um mês numa escola para estrangeiros juntamente com poloneses, japoneses, colombianos, equatorianos, e fiz minha tentativa. Nas questões de vocabulário e pronúncia até que me saí bem, alcançando o nível Débutante. Em matéria de conjugação verbal ainda terei de dedicar-me muito aos estudos.

O bom foi estar em Paris, hospedada numa residência de família francesa, tendo por obrigação entender e me fazer entender de acordo com a cultura local.

O aprendizado do Metropolitain para chegar à escola diariamente, e retornar ao lar foi difícil, mas com alguma orientação, um mapa copiado da Internet, e paciência da minha parte, ao final primeira semana consegui ir a todos os locais que quis visitar.

Paris é uma cidade encantadora! Não só por seu valor histórico, e turístico. Andando a pé, sem compromisso de visitar este ou aquele ponto, deparei-me com detalhes urbanísticos, arquitetônicos e comerciais dignos de cartões postais. 

O bairro Père Lachaise, onde residi no mês de março, é muito culto com várias escolas, teatro, conservatório municipal de música, centro de animação e cinema. Tem todo tipo de comércio, feira livre às sextas feiras, e barraquinhas de antiguidades, livros e discos usados aos sábados. O que deu o nome ao bairro, e naturalmente à estação do metrô, foi o cemitério fundado por Napoleão. Lá estão sepultados: Molière, Chopin, Allan Kardec, o roqueiro Jim Morrison,  grandes estadistas, cientistas, famosos, e célebres. Père Lachaise é o cemitério mais visitado do mundo!

Por essas coisas todas que deixo aqui relatadas, recomendo Paris para quem deseje fazer um passeio incrível, que será sempre lembrado com “gosto de quero mais”!



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

abril 18, 2016

Sabia que em Minas Gerais também havia Cangaceiro?

Já ouviu falar sobre o 7 Orelhas?
 Ilustração: Paulo Coruja click para entrar em contato com o ilustrador

Januário Garcia Leal, o 7 Orelhas (1761 -1808), viveu  no interior brasileiro na época das capitanias e conquistou fama de Herói- bandido e cangaceiro mineiro.

O termo cangaceiro remete a um fenômeno ocorrido no Nordeste brasileiro que teve início por volta de 1870, onde homens - na maior parte das vezes camponeses insatisfeitos com a fome e injustiças que pairavam em suas terras - saiam aos bandos em uma vida basicamente nômade e agiam por suas próprias leis. Alguns tentavam fazer justiça com as próprias mãos, outros saqueavam e matavam... O que todos tinham em comum era o comportamento de não obedecer às leis do Estado, agindo contrariamente ao que era aceitável pela sociedade na época, criando leis exclusivas.

Januário foi um caso particular dentro do cangaço brasileiro. Vivia com sua família onde atualmente é localizada a cidade de Alpinópolis em Minas Gerais. Em 1802 foi nomeado capitão de ordenanças nas localidades que formaram a cidade de Alfenas. Teve uma vida tranquila até o assassinato brutal de seu irmão João Garcia Leal por 7 irmãos que o amarraram em uma árvore e tiraram o couro do seu corpo. Isso ocorreu pelas bandas em que fica hoje a divisa entre Luminárias e São Bento Abade - Sul de Minas (o motivo teria sido, muito provavelmente, briga por demarcação de terras, mas também há relatos de envolvimento de João com a mulher de um dos 7 irmãos, porém ainda vemos divergências quanto a isso).

Não havia polícia e advogados na época.  A lei era controlada de forma lenta e burocrática, por regentes da colônia que diante da situação ficaram de braços cruzados. Não houve punição alguma para os assassinos. Então Januário se juntou a seu irmão caçula e a um primo para se vingar dos 7 irmãos responsáveis pela morte monstruosa de João. Escolhida a Lei de Talião (morte aos matadores), seguiram cerca de 6 anos de buscas e matanças, onde os “assassinos-justiceiros” exibiam uma orelha de cada um dos 7 irmãos de quem se vingavam com a morte em um cordão. Daí o nome do chefe do bando de “ 7 Orelhas”.

Sim, ele carregava um cordão com as orelhas dos assassinos de seu irmão enfileiradas, orelhas dos homens de quem se vingou. Diz a lenda ainda que o último dos irmãos fugitivos  foi encontrado onde  hoje é a cidade de Diamantina – MG e que Januário ainda lhe deu uma chance de sair vivo, permitindo com que ele desse 100 passos antes de que Januário atirasse e se errasse então este homem ficaria livre. 

Esse bando de justiceiros aterrorizou a capitania de Minas Gerais no período oitocentista, ameaçando a própria soberania do Estado Português, que depois da vingança, se viu obrigado a submeter os “justiceiros” a lei por conta de diversas denúncias que chegaram a Portugal, conseguindo prender somente o irmão de Januário, desse modo, alguns historiadores e escritores indagam sobre a notoriedade da figura do cangaceiro mineiro sobre ao Lampião “rei do Cangaço” do Nordeste, personagem que criou a própria imagem/mito dispondo de fotografias e meio de comunicação da época. Pelo que consta em alguns documentos, Januário, para não ser capturado, foi morar em Lages, em Santa Catarina.

Foto: Divulgação internet, Monumento do 7 Orelhas em São Bento Abade, Sul de Minas.

É comum que ao escutarmos o termo cangaceiro lembremos apenas do Nordeste brasileiro, pois é a única referência que foram nos passando por meio de histórias, filmes e novelas, através de canais midiáticos. É importante pensar e admitir sobre o quão importante e responsável é a mídia pela construção da consciência sobre nossas próprias culturas, histórias, raízes e valores... ou até mesmo pela desconstrução das mesmas.

Outra observação a se fazer é sobre o aparato de Justiça e Segurança... Isso não muda; quando cidadãos se percebem sem o apoio governamental devido, quando não há uma verdadeira repressão à criminalidade, acabamos por assistir pessoas querendo fazer justiça com as próprias mãos, isso é evidente na lenda do 7 Orelhas, tão quão em quadrinhos que viraram séries como “Demolidor” e em telejornais que relatam nossa realidade cotidiana.

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As informações desse post foram obtidas a partir do documentário 7 Orelhas - Herói Bandido, veja o trailer do doc aqui e complementadas através de pesquisas pela internet em sites que disponibilizam e discutem o assunto como esse e esse outro:

São Bento Abade é uma cidadezinha que fica muito próxima a São Thomé das Letras. Para ver o Post sobre a cidade de São Thomé clique aqui.


Mais posts da Amanda você vê aqui.


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Amanda estuda Filosofia e mora em Ouro Preto – MG. Lança no mundo um olhar contemplativo e é por isso que gosta trocar informações e curiosidades sobre tudo o que admira e experimenta. Acredita que as perguntas movem o mundo e o conhecimento pode ser um remédio para a alma. Escrever no Caderno de Perguntas é uma forma de passar um pouco da sua bagagem adiante.

abril 15, 2016

Estar em Paris



Por Elisabeth Santos


Para aparentar ser um bom parisiense você há de aprender a falar francês, como o próprio o fala. Suas frases serão pronunciadas inteiras; as respostas dadas às perguntas dirigidas a você partirão das palavras, que seu interlocutor usou. Mas não pronuncie com todas as sílabas. Aglutine, aglutine, mesmo que a aglutinação apresentada naquele momento lhe seja muito difícil. O parisiense não se importará com sotaques diferentes, pois já se acostumou à diversidade. O que ele quer dizer com a inovação de “emendartudo”, de caprichar num “erre” gutural o tempo todo, é que idiomas não são estáticos, e sim acompanham o ritmo dos novos tempos, de renovadíssimas tecnologias.

Sabendo a Língua Francesa, com as peculiaridades do parisiense, você já tem um bom começo para viver bem na cidade Luz! Vá em frente, portanto.

Sobre locomoção, considere o metrô o transporte coletivo mais rápido, seguro e barato. Depois que se aprende é fácil conhecer os pontos históricos, turísticos, de compras, e de entretenimento. Existe também o RER (sistema de trem), se bem que alguns usuários reclamem do odor enjoativo.

Ônibus estão por todo lado, inclusive aeroportos. Oferecem mais conforto e uma boa visão da cidade. E se você quiser ser só turista mesmo, lembre-se dos ônibus sem teto, especiais para fotos as mais diferentes possíveis; dos maravilhosos barcos do Sena; do transporte individual num triciclo com capota, e das caminhadas pelas ruas e praças arborizadas.

Enfim você não terá dificuldade em achar excelentes restaurantes franceses, ou de outras partes do mundo. E se preferir fast foods pode ser que queira inventar seu próprio sanduíche, cada vez numa boulangerie diferente.

Passados os três meses de sua estadia em Paris, completamente adaptado, feliz e autônomo... chega a hora de retornar! Quem vai uma vez, na certa voltará, e apresentará a capital francesa a amigos e familiares.

Não sendo ação atribuída ao inconsciente coletivo esse encantamento com Paris... pode-se explicá-lo como consciência do bom gosto da maioria pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade ali vivenciados.


Parisienses no final do inverno de 2016.
Passeando pelas ruas de Paris
Arco do Triunfo em Paris.



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

abril 08, 2016

É primavera em Paris

Por Elisabeth Santos

Lindas flores parisienses do início da primavera.

As vitrines dos magazines estão floridas, coloridas e alegres! Os manequins usam perucas de flores, roupas estampadas com flores, exalam perfumes, e oferecem lindos buquês!

As floriculturas expõem, bem às entradas: minis roseiras, violetas e gerânios viçosos. Se o inverno terminou ontem... Todas essas maravilhas da natureza devem ter florido em estufas climatizadas. A chegada da “Rainha das Estações” foi aguardada ansiosamente por todos e anuncia-la aos quatro ventos é a melhor maneira de festeja-la. 

Nos metrôs, uma novidade: professoras de escolas infantis passeiam com seus alunos bem agasalhados, parecendo passarinhos chilreando, enfileirados nos fios dos postes.

Não é ilusão que os ânimos se renovam na primavera. É necessidade fremente. Como se hibernássemos no inverno, e começássemos a espreguiçar no dia vinte e um de março.

Mesmo que tenhamos muitos dias chuvosos em seguida, a visão das árvores se enchendo de folhas e flores, o perfume que se espalha no ar garante- nos novas plantas, alimentos, renovadas estações do ano!



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

abril 06, 2016

IKEA celebra o Brasil

Paquere o Brasil.
Tillfälle, edição limitada.

Coleção da IKEA sobre o Brasil.

Tirando a calçada de Copacabana, eu não reconheci muito o Brasil na coleção, mas como sempre é "para europeu ver". No caso trouxeram a coleção para os Estados Unidos por causa das Olimpiadas? Deve ser.



Mas aí eles explicam... "Padronagens ousadas, mistura de cores e minimalismo escandinavo". Sim, porque os escandinavos tem muito a ver com o Brasil (sarcasmo). "Em março a edição limitada Tillfälle dá a todos a oprtunidade de aproveitar inspirações brasileiras mescladas à simplicidade escandinava. Dos móveis grandes aos pequenos acessórios, essa seleção exclusiva é prática, divertida e cheia de energia!" Okay, se você fala que é, então é!

Mesmo havendo várias similaridades entre o design e a arquitetura escandinavo e a brasileira, são as diferenças do estilo de viver do brasileiro que a IKEA quer celebrar." Mette Nissen - Líder criativo, coleção Tillfälle.


Eles prometem que a batucada na varanda vai começar. Por isso fizeram essa bandeja pandeiro com fundo de calçada de Copacabana. Então tá certo. Outros produtos estão aqui para você dar uma espiada. Ou veja no site da IKEA USA.

Almofadas com estampas brasileiras, ãh?

Cores brasileiras, desbotadas, mas tá valendo!


Como são as lojas de usados nos Estados Unidos.




abril 04, 2016

Qual foi o melhor sofá onde você já se sentou?

Essa talvez seja a questão mais estranha que teremos aqui no Caderno de Perguntas do BLOG DESIGNER SENSIBLE, mas faz certo sentido.  Não se trata só do sofá... É toda a atmosfera que envolve ele e como nos sentimos bem ali sentados. Talvez uma das sensações seja de que estamos compondo um cenário gracioso e de tão singelo, cinematográfico.  Nos sentimos parte daquilo, o coração se alegra, ficamos bem aconchegados e felizes em ser parte daquele sofá/lugar.

Eu compondo a atmosfera do gracioso Bar da Nida em um momento de deleite no melhor sofá do Brasil. Foto: Pamela Gois

O melhor sofá onde tive a oportunidade de me sentar fica no Bar da Nida, também conhecido como Bar e Restaurante Cores Flores e Sabores, no Morro São Sebastião em Ouro Preto – MG.

Para quem nunca esteve lá, vai por mim, vale a pena demais conferir, afinal o Morro e o Bar da Nida são Ouro Preto...

Fotos: Pamela Gois

Pra começar, o bairro onde o bar fica localizado se distingue por se encontrar em uma parte muito alta e distante do centro histórico da cidade, é um morro, quando chegamos lá a sensação é de estarmos em um universo paralelo e nostálgico, onde todos são bem vindos e enxergam o lado bom das coisas da vida, pode parecer viajado, mas quem frequenta o Morro sabe do que estou falando. É onde fica localizado o mosteiro budista do qual já falamos aqui e também o parque das Andorinhas.

Intervenção - Arte e Natureza- no Morro São Sebastião - ao lado do Bar da Nida.
Foto: Amanda Santos

Ao entrar no bar somos recebidos com aqueles sorrisos essencialmente familiares que dizem por si só: “sejam bem vindos! Vocês são parte da casa e muito queridos, fiquem a vontade!”

Então, o próximo passo, para quem vai lá conhecer – pela primeira e múltiplas vezes- é ficar encantado com a decoração... Tão gostosa de ver, detalhista e remete à SIMPLICIDADE, à pureza infantil e à casinha da roça de parentes mineiros e acolhedores. Flores de papel, poesias e bonequinhos de palha... Tudo transbordando ternura e feito por mãos prestimosas.

Fotos: Pamela Gois
Fotos: Pamela Gois

Fotos: Pamela Gois

Fotos: Pamela Gois

Servem comida, porções e bebidas diversas. Aquela comidinha genuinamente caseira, leve, simples e saborosa, e aí está seu requinte... Por fim, nos brindam com um samba de raiz, onde vemos pessoas de todas as idades, gostos e estilos se esbaldarem, contaminados por uma imensa energia alegre.

Nas sextas-feiras oferecem forró por volta das 19h e aos domingos servem almoço e a partir das 15h é samba da melhor qualidade...

Fotos: Pamela Gois

Coletivo de Samba – Lívia Rosa
Fotos: Pamela Gois

Então, o melhor e singelo sofá do Brasil fica no Bar da Nida, localizado na Rua Rio de Janeiro, 217, Morro São Sebastião, na cidade de Ouro Preto – MG.

Para maiores informações sobre o bar e restaurante acesse a página no facebook aqui.
Fotografias à Pamela Gois – contato: 031 98510-8617


Mais posts da Amanda você vê aqui.


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Amanda estuda Filosofia e mora em Ouro Preto – MG. Lança no mundo um olhar contemplativo e é por isso que gosta trocar informações e curiosidades sobre tudo o que admira e experimenta. Acredita que as perguntas movem o mundo e o conhecimento pode ser um remédio para a alma. Escrever no Caderno de Perguntas é uma forma de passar um pouco da sua bagagem adiante.