Por Elisabeth Santos
Semelhante àquela brincadeira infantil na qual se pergunta, e se faz mímica para responder...
Semelhante àquela brincadeira infantil na qual se pergunta, e se faz mímica para responder...
Parecido ao jogo de quebra-cabeça quando o objetivo é juntar peças para mostrar uma figura lógica...
Fugindo a tudo que precise explicação, pois nasce do desejo puro e simples de descobrir ligações entre o real e o imaginário...
Cá estou eu em Paris!
Andando de metropolitain, bem no subsolo, relembro passagens do romance “Os Miseráveis”, de autoria do Vítor Hugo, quando grupos da Resistência caminhavam escondidos nas galerias subterrâneas da cidade.
Visitando a Chapelle Notre - Dame de la Médaille Miraculeuse, revejo minhas tias da Congregação Vicentina e sua devoção. O santuário na cidade do Rio de Janeiro, onde residiam, também é lindo!
Passando pela Bastilha, lembro-me de um professor de História Geral, que estava sempre a ilustrar suas aulas contando aspectos, e emoções, de suas visitas à Europa.
Estudei dos nove aos quatorze anos no Colégio Notre Dame de Sion, de origem francesa ouvindo as professoras conversando entre si nesse idioma. Tive aulas com elas, e gostava. Mudando de Colégio, quase esqueci o Francês, pois o idioma ali ensinado era o Inglês.
Por fim, eram muito mais palavras ouvidas em francês, na minha época de estudante, do que em espanhol, por exemplo. Sem contar que minha mãe gostava de ouvir e cantar “La vie em Rose”, dentre outras músicas francesas; os livros dela na estante, e que lá ainda estão até hoje, são franceses; alguma oração, ditados populares, fábulas de Jean de La Fontaine, e “Les petites filles modèles” de autoria da Condessa de Ségur.
Assim chegou o meu dia de visitar Paris, e fui. Matriculei-me por um mês numa escola para estrangeiros juntamente com poloneses, japoneses, colombianos, equatorianos, e fiz minha tentativa. Nas questões de vocabulário e pronúncia até que me saí bem, alcançando o nível Débutante. Em matéria de conjugação verbal ainda terei de dedicar-me muito aos estudos.
O bom foi estar em Paris, hospedada numa residência de família francesa, tendo por obrigação entender e me fazer entender de acordo com a cultura local.
O aprendizado do Metropolitain para chegar à escola diariamente, e retornar ao lar foi difícil, mas com alguma orientação, um mapa copiado da Internet, e paciência da minha parte, ao final primeira semana consegui ir a todos os locais que quis visitar.
Paris é uma cidade encantadora! Não só por seu valor histórico, e turístico. Andando a pé, sem compromisso de visitar este ou aquele ponto, deparei-me com detalhes urbanísticos, arquitetônicos e comerciais dignos de cartões postais.
O bairro Père Lachaise, onde residi no mês de março, é muito culto com várias escolas, teatro, conservatório municipal de música, centro de animação e cinema. Tem todo tipo de comércio, feira livre às sextas feiras, e barraquinhas de antiguidades, livros e discos usados aos sábados. O que deu o nome ao bairro, e naturalmente à estação do metrô, foi o cemitério fundado por Napoleão. Lá estão sepultados: Molière, Chopin, Allan Kardec, o roqueiro Jim Morrison, grandes estadistas, cientistas, famosos, e célebres. Père Lachaise é o cemitério mais visitado do mundo!
Por essas coisas todas que deixo aqui relatadas, recomendo Paris para quem deseje fazer um passeio incrível, que será sempre lembrado com “gosto de quero mais”!
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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