abril 29, 2016

Em Paris eu vou de metrô

Por Elisabeth Santos


Para quem tem o hábito de andar de metrô numa cidade grande será bem mais fácil utilizar esta condução coletiva em outros países. Para os prováveis usuários de primeira viagem, que irão estar desacompanhados nas demais idas e vindas, recomenda-se informar-se bem, na internet por exemplo.

Tendo-se em mãos um mapa melhor ainda.

Não basta saber o número da linha.  É bom ter na memória o nome da estação onde se está, os nomes do início e do fim do trajeto e para onde se quer ir. Tudo isto porque na volta, a direção a se pegar será no sentido contrário.

É importante guardar por qual porta da estação você atingirá com mais facilidade sua residência, colégio, ou trabalho. Assim evitará a travessia desnecessária de praça, avenida ou rua. Depois que se domina “como” é tratar de saber “quantos”. 

Supondo que certo passageiro tenha que mudar duas vezes de metrô antes de chegar a seu destino, não deverá cochilar. Se isto acontecer, e ele passar do ponto, o ticket pago ainda estará valendo desde que ele não atinja a rua através da saída. 

Terá de procurar outro metrô por ali mesmo. Apenas há de gastar mais tempo, e paciência.

Todas as grandes cidades deveriam ter metrôs. Subterrâneo, a céu aberto, ou misto, desde que suficientes para a população necessitada deles, nos horários devidos, seriam essenciais na economia; manutenção do meio ambiente, e até saúde. Pedir transporte coletivo confortável, rápido, e de boa qualidade tende a melhorar a qualidade de vida nas metrópoles.

Observei um trabalhador que entrou no metrô carregando uma escada dobrável sob o braço, dois baldes de tinta nas mãos, e a mochila nas costas. Pensei que ele precisaria do auxílio de outra pessoa para desembarcar, mas não precisou. Observei também o grupo de turistas. Ninguém ficou para trás. Ter porta a se fechar automaticamente, não significa ausência de olhares vigilantes.

Observei também os artistas que entram nesse tipo de condução: com instrumento musical, ou caixa de som, cantam e ganham algumas moedas. Não são mendigos, e sim desempregados. Alguns nem entram, estabelecem um ponto num dos corredores de embarque e ali ficam. Pode ser distante ou próximo à banca de jornal, ou de frutas. Poderá ser lá fora também, sempre onde há movimento de pessoas. 

Metrôs tem vida própria, portanto, manter a atenção nas medidas e avisos de segurança é importante a todos. De tempos em tempos, a voz gravada é ouvida ali dentro:

_ Segure perto do corpo sua bolsa, ou seus pertences. Não se descuide!

E daí você poderá concluir:

_ Só havia descrito coisas boas até então...

E eu, me desculpando, completaria:

_ “Amigos do alheio” estão sempre a espera da ocasião propícia, que os faça levar alguma vantagem! Cuide-se!



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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