Por Elisabeth Santos
Para aparentar ser um bom parisiense você há de aprender a falar francês, como o próprio o fala. Suas frases serão pronunciadas inteiras; as respostas dadas às perguntas dirigidas a você partirão das palavras, que seu interlocutor usou. Mas não pronuncie com todas as sílabas. Aglutine, aglutine, mesmo que a aglutinação apresentada naquele momento lhe seja muito difícil. O parisiense não se importará com sotaques diferentes, pois já se acostumou à diversidade. O que ele quer dizer com a inovação de “emendartudo”, de caprichar num “erre” gutural o tempo todo, é que idiomas não são estáticos, e sim acompanham o ritmo dos novos tempos, de renovadíssimas tecnologias.
Sabendo a Língua Francesa, com as peculiaridades do parisiense, você já tem um bom começo para viver bem na cidade Luz! Vá em frente, portanto.
Sobre locomoção, considere o metrô o transporte coletivo mais rápido, seguro e barato. Depois que se aprende é fácil conhecer os pontos históricos, turísticos, de compras, e de entretenimento. Existe também o RER (sistema de trem), se bem que alguns usuários reclamem do odor enjoativo.
Ônibus estão por todo lado, inclusive aeroportos. Oferecem mais conforto e uma boa visão da cidade. E se você quiser ser só turista mesmo, lembre-se dos ônibus sem teto, especiais para fotos as mais diferentes possíveis; dos maravilhosos barcos do Sena; do transporte individual num triciclo com capota, e das caminhadas pelas ruas e praças arborizadas.
Enfim você não terá dificuldade em achar excelentes restaurantes franceses, ou de outras partes do mundo. E se preferir fast foods pode ser que queira inventar seu próprio sanduíche, cada vez numa boulangerie diferente.
Passados os três meses de sua estadia em Paris, completamente adaptado, feliz e autônomo... chega a hora de retornar! Quem vai uma vez, na certa voltará, e apresentará a capital francesa a amigos e familiares.
Não sendo ação atribuída ao inconsciente coletivo esse encantamento com Paris... pode-se explicá-lo como consciência do bom gosto da maioria pela Liberdade, Igualdade e Fraternidade ali vivenciados.
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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