março 27, 2015

Pinóquio


Gepeto era um velho de bom coração e, diga-se de passagem, o melhor marceneiro do mundo. Ele vivia sozinho, não se sabe ao certo se era viúvo ou solteirão. A verdade é que nunca foi papai e mantinha o desejo secreto de ter alguém como se fosse filho legítimo de seu bom coração e, quem sabe? Herdeiro das suas habilidades na arte de entalhar madeira.

Desconfia-se que Gepeto seria um dos ajudantes do Papai Noel. Gostava mesmo de fazer brinquedos em madeira para as crianças! Num certo dia de muita inspiração, entalhou um boneco articulado, que parecia menino de verdade.

Então descendo de uma estrela, com grande brilho, uma fada madrinha deu vida ao boneco de madeira, e não podendo dotá-lo de consciência, concedeu-lhe um amigo muito falante.

Pinóquio desejou frequentar a escola, e seu pai o matriculou. Lá foi ele acompanhado do Grilo Falante. Tudo que ele tinha vontade de fazer errado, seu companheirinho o impedia.

Pinóquio foi se enchendo com aquilo, começou a andar com colegas de má índole, se perdeu no caminho do mal. Mentia para o Gepeto e a cada mentira seu nariz ia crescendo. Ficou com o chamado nariz de Pinóquio.

Só sei que no dia que sofreu as consequências de suas estripulias, teve nova chance de voltar ao bom caminho com uma consciência própria. Aí sim Gepeto foi feliz ao lado do filho!

Parece que no conto de fada o relato termina aqui.

Pode ser que o Pinóquio tenha se casado e arrumado uma prole que se espalhou pelo mundo adentro.

Vai saber...



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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