Conversando
sobre gatos, gatas e gatinhas minha amiga narrou o seguinte fato:
_Uma gata
sem dono, pelo de cores mescladas, ganhou seis filhotinhos coloridos. O que era da
cor preta a mãe desnaturada alem de não lhe dar de mamar, com a boca no couro do
lombo dele, firmou-o bem e levou-o para longe da ninhada. Este longe era próximo
do meu tanque de lavar roupa, escutei os miadinhos mais parecendo choro e
cuidei dele com mamadeira e carinho. O quintal era suficientemente espaçoso para mais
um animal doméstico. Ali conviveriam na paz por muitos anos.
_Pois
comigo aconteceu um caso curioso envolvendo gata sem dona - começou a narrar meu
amigo Dedé – foi no tempo que eu morava num quarto alugado e este tinha um
balcão semelhante ao de romeu e julieta. Eu saia de manhãzinha para a fábrica e
deixava a janela/porta aberta, pois mesmo que chovesse... Água não entraria
ali. De volta ao lar, à noitinha, tomava banho e dormia pesado até o sol raiar.certa
vez acordando de madrugada, por suspeitar de um barulho dentro do quarto,
apurei meu ouvido. – rec...rec...rec.. _ Cobri a cabeça com o lençol, pois o ruído vinha
de baixo da minha cama. Ainda ouvi outras vezes o rec... rec... rec... Antes de pegar
novamente no sono. Ao acordar com a luz clareando todo o cômodo, sem por os pés
no chão, estiquei o pescoço para ver o que havia sob meu leito. Silêncio completo.
Dois brilhantes pareciam fitar-me. Era uma gata.
Aqui uma
pausa para um amigo engraçadinho comentar:
_Pensei que
poderia ser bem melhor: uma “gata” sobre a cama...
E a outra
amiga:
_E como
você soube que não era gato e sim do sexo feminino?
_Por causa
dos filhotinhos uai! Eu guardava meu tatame ali. Um local tranquilo e macio era
tudo que a bichana precisava naquele momento. Por isso mesmo, enquanto eu
fazia a barba, pelo espelho eu a vi levando uma a uma das suas crias, pela boca,
para cima do grosso galho do flamboyant que quase relava no balcão do meu quarto.
_ Peraí
moço. Uma perguntinha ainda _Há quanto tempo você não usava o tatame e varria
embaixo da cama?
_Isso fui
saber pela faxineira que limpou e arrumou a “maternidade” afirmando categoricamente
não ter percebido nada na semana anterior. O tatame... Ah o tatame...
‘tava ali desde o ano passado.
_E se a
mãezoca e seus cinco filhos resolvesse não sair?
_Só de
pensar... Me arrepio todo. Sou alérgico a pelos!
Quem quiser
que acredite! Meus amigos adoram contar “causos” para eu escrever.
--
O dia em que escrevi ESTRANHAMENTOS havia perdido meus óculos e hoje estou observando as falhas pelas quais peço desculpas. Sobre os gatos que nos fazem de sapatos, gosto de observá-los pois estão sempre a surpreender-me. fazem serenata p/ a lua ... do meu telhado sim! Beth
ResponderExcluir