junho 13, 2014

A fonte natural de água.

Fonte de água mineral do Parque das Águas de Cambuquira.

Seria a mesma?

A fonte natural de água.

Na estância hidromineral há uma fonte curiosa! Fica no parque das águas, junta com outras fontes. Nem o abrigo dela é diferente das outras: um caramanchão de alvenaria, coberto por uma trepadeira florida o ano todo. Para alcançar-se a bica d’água existem onze degraus a se descer.

As propriedades daquelas águas são na maioria curativas de nossos males do aparelho digestivo. Até aqui novidade nenhuma.

A curiosidade de certa fonte ali existente é que ela jorra, e de repente cessa. - Sem quê nem porquê? - É.

Esta fonte ganhou o apelido da fonte do bêbado. Dizem que um dos jardineiros do parque das águas, percebendo que toda manhã um bêbado descia a escada da fonte cambaleando, e curvando-se para saciar a sede disparava a xingar, resolveu ajudá-lo a largar o vício:

_ Olha aqui meu jovem, esta fonte não gosta de bebum. Toda vez que você aproximar-se de cara cheia, morrendo por um gole dágua ela lhe negará.

_Então o que eu faço?

_Você afirma três vezes diante da bica: _ Não bebi, não bebi, não bebi!

 Assim foi feito e aconteceu. E o dia que o sujeito da bebida alcóolica vinha sóbrio (ou quase) a fonte jorrava que era uma maravilha. Só depois que ele havia subido os degraus e ido embora... a fonte cessava de jorrar. Entendidos do assunto explicavam o fenômeno: Era a pressão ali que variava.

 O jardineiro tinha também sua explicação: se o bebum vinha cambaleando, ao acabar de descer os onze degraus... já era o tempo da água parar. Se vinha mais esperto, rápido, com pouca sede, não dava o tempo suficiente da água cessar.

Assim foram sendo inventadas outras pegadinhas. As crianças se enfileiravam para beber água e a fonte parava de jorrar na vez daquela que: mentia; desobedecia; fazia bagunça na escola etc e tal.

Até então ninguém quis explicar porque monges em meditação sob uma grande árvore ali perto, também conseguiam fazer jorrar a água da curiosa fonte no exato segundo que abriam os olhos, estendendo as mãos pro alto. Ainda mais inexplicável é, que os pássaros das imediações, naquele mesmíssimo instante, voavam para os galhos da mesma árvore, e trinavam o mais que podiam!


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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