agosto 01, 2020

A eficácia da dieta AIP, Protocolo Autoimune Paleo nas doenças intestinais, um artigo recente.

Nem tudo é AIP, mas era o que havia de melhor no menu.


Agora com o covid ficou muito na moda falar isso é baseado em ciência, outras coisas não têm comprovação científica, então você não pode usar, blá-blá... 

Aqui estão algumas anotações do artigo de 2017 sobre a eficácia do Protocolo Autoimune Paleo e as doenças inflamatórias intestinais como Chron's e colite ulcerativa. Efficacy of the Autoimmune Protocol Diet for Inflammatory Bowel Disease.

As doenças intestinais inflamatórias são problemas complexos muito influenciados por fatores ambientais. Além de dieta e o microbiona intestinal dois fatores ambientais são apontados como fatores de risco que podem modificar e influenciar o risco como também o curso dessas doenças.

Sabemos que a dieta normal ocidental é receada de carboidratos refinados, gorduras saturadas, poucas fibras, baixa de vitaminas ou ainda de valor nutricional que são fatores associados ao maior risco de problemas intestinais. Algumas dietas tem se mostrado importantes na redução de problemas inflamatórios e é o que vamos estudar nesse trabalho científico.

A dieta do Protocolo Autoimune Paleo é uma Dieta Paleolítica ampliada que elimina, por exempo o glúten e açúcares refinados. Na fase de eliminação que pode durar de 30 a 90 dias, outros grupos também são eliminados, entre eles: grãos, legumes, nightshades, laticínios, ovos, café, alcool, nozes e castanhas, açúcares refinados e processados, óleos e aditivos alimentares. A ideia é também evitar os remédios anti-inflamatórios não esteroidais , a inflamação, a disbiose e a intolerância alimentar.

Ela ainda enfatiza o consumo e preparação de comidas nutritivas, feitas na hora, em casa, com alimentos fermentados e caldos de carne. Esse protocolo deve ser acompanhado de outros fatores que são facilmente associados aos sintomas da irritação intestinal. Entre eles estão o sono adequado, o controle do estresse, as atividades físicas e sistemas de suporte que são outras coisas essenciais no cuidado de pacientes com problemas intestinais.

Depois de um tempo na dieta de eliminação acontece a fase de manutenção que igualmente tem duração variada conforme cada paciente. Espera-se que o bem-estar seja alcançado com a implementação pelos pacientes pesquisados. 

Na pesquisa foram avaliados 15 pacientes sendo alguns com Chron's e outros com colite ulcerativa. Depois de 6 semanas na dieta restrita AIP, 11 pacientes atingiram a remissão e continuaram em remissão após entrarem na fase de manutenção. Um dos pacientes também apresentou melhoras nas dores nas juntas. Outro paciente continuou tendo sintomas moderados mesmo durante a dieta de eliminação. Dois pacientes tiveram problemas com a piora dos sintomas. Alguns pacientes não tiveram seus números de inflamação diminuídos, mas tiveram redução nos sintomas.

A conclusão do estudo é que a dieta restrita AIP tem potencial de melhorar sintomas e a inflamação vista na endoscopia em pacientes com intestino irritável. Eles reconhecem que a dieta é importate para aumentar o tempo de remissão, apesar da amostra da pesquisa (15 pessoas) ter sido pequena e alguns pacientes ainda usarem medicação. 

Então aí está, ciência! Demora para comprovar o que a experiência nos apresenta, mas é o que temos para hoje.


Inflammatory Bowel Diseases, Volume 23, Issue 11, 1 November 2017, Pages 2054–2060, https://doi.org/10.1097/MIB.0000000000001221

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