Por Elisabeth Santos
© Archana Bhartia | Dreamstime Stock Photos |
Do berço à cama tamanho King, quem quer dormir bem tem muita opção. No tempo que do berço passava-se para a cama de solteiro, e desta para a cama de casal as alternativas eram bem poucas: Rede no verão, cama portátil de lona, colchão sobre estrado, ou até mesmo assoalho tinham serventia nas emergências.
O berço podia ser utilizado até o neném completar idade escolar, contanto que se retirasse a grade. A cama de casal da reserva poderia servir, para três crianças, contanto que a menor dormisse no meio. Aliás, se quatro crianças precisassem deitar na cama grande, era só colocar-se os travesseiros no sentido oposto a pés, cabeceira do leito.
Sempre haveria uma maneira aceitável de a família numerosa resolver questões imprevistas tais como: goteira de chuva na madrugada, móvel que foi para o conserto, ou hóspede que não noticiou com antecedência sua chegada. Dormir em pé? Ninguém dormia!
O colchão mais conhecido era recheado de palha, e o travesseiro, era cheio de paina ou macela. Alérgicos utilizavam os mesmos acessórios, encapados de plástico.
Quanto aos cobertores, maioria artesanal, só variavam os fios de algodão ou lã de carneiro. Este sim esquentava!
A menina que estudava de manhã ia para o Colégio de uniforme de inverno: meia três quartos, saia de casimira, blusa de popelina, agasalho azul marinho, e assim mesmo tiritava de frio antes de entrar na sala de aula. A calça comprida que agasalhasse as pernas, ainda não era bem aceita pela comunidade escolar. A boina havia caído em desuso.
E as camas, dos anos cinquenta aos dois mil? Evoluíram num pulo, ou em vários saltos. Passando pelo colchão de molas (que a criançada fazia de cama elástica), ao magnético, e ao massageador, muitos tamanhos, formatos, modelos, materiais e preços fazendo a diferença.
Dormir bem faz parte da manutenção da vida saudável, e hoje existem milhares de opções em cada cultura, sendo que ainda se pode idealizar, e fabricar uma cama personalizada. A do astronauta, por exemplo.
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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