maio 06, 2016

Estado interessante

Por Elisabeth Santos

Feliz Dia das Mães!

Há quanto tempo eu não ouvia este termo:

_ Ela se encontrava em “estado interessante”, se não veio ao serviço hoje, deve ter sido por ter chegado o dia.

Tinha sim chegado o dia do nascimento da criança!

Mesmo não se sabendo exatamente porque gravidez antigamente era conhecida por “estado interessante” é fácil levantar alguma hipótese. A espera de um filho é mesmo interessante, e interessa a todos os ramos da ciência!

Em se tratando de uma primeira gravidez, que torna uma mulher em uma mãe, então... nem se fala!

As famílias da mamãe, e do papai acompanham interessadas cada novidade: a ausculta do coraçãozinho; o movimento inicial na barriga da gestante; a revelação do sexo do neném; todo seu desenvolvimento, e anseiam pela “boa hora” do nascimento.

A futura mamãe, tendo recebido os devidos acompanhamentos daquele “interessante estado”, estará feliz com a tão aguardada data de pegar nos braços seu bebê!

E o bebê chega aprendendo rapidamente a respirar, chorar, sugar, eliminar... despertando a atenção, o interesse de todos que lhe são próximos! À medida que cresce, vão surgindo outros anseios:

_ Quem vai descobrir seu primeiro dentinho apontando; quando engatinhará; ficará em pé; balbuciará a primeira palavra?

Sem dúvida tudo isso muito interessante!

E aquela mulher ao tornar-se mãe, por um pequenino ser, também aprende o amor incondicional.

E um adulto que pergunte àquela criança:

_ E seu pai, que idade tem?

Poderá ouvir a seguinte resposta:

_ Papai tem a minha idade. Tem só nove anos que ele é meu pai!

E o adulto ri daquele interessante modo de raciocínio.




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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