O primeiro post da série está aqui e vou dizer que vale a pena ler tudinho, viu?!
Esse bilhete estava na mala menos provável... uma com vários livros! Nos dias de hoje quem compra livros? É mesmo coisa para se desconfiar... haha |
Então vamos ao segundo round dessa jornada... as palavras-chave estão em negrito.
O que marcar no tal papel azul que entregam para a gente dentro do avião é uma pergunta comum. Então dessa última vez eu resolvi fotografar como eu fiz e prestar atenção no agente de imigração. Como alerta vou dizer que existe uma multa de 10 mil dólares e punição para quem não declara o que está trazendo, "You must declare all food products. Failure to declare food products can result in up to $10,000 in fines and penalties." Leia a quinta frase dessa página aqui.
Ainda na entrada, quando mostramos o passaporte com o visto, o agente perguntou se estava trazendo plantas, insetos ou carne. Falei que não, mas que trazia queijo. Tudo bem, ele balançou a cabeça. Sim! Estava trazendo um pedaço de queijo de Minas. Coisa inusitada para uma mineira, não é mesmo?!
Também tinha feijão, paçoquitas, chocolate, azeite de oliva, farinha, barrinha e alguns biscoitinhos. Tudo para consumo próprio, ou seja, pouca coisa, 2 ou 3 de cada.
Para variar eu tinha uma fruta na bolsa e novamente havia esquecido dela. Detalhe, eu sempre tenho uma maçã comigo. Até minha colega de trabalho já reparou isso! Mas não é sempre a mesma fruta, hahaha. Uma maçã por dia deixa você longe dos médicos (one apple per day, keep the doctor away) dizem os americanos e eu tenho seguido a expressão direitinho.
Comida não pode trazer! Isso quer dizer comida tipo arroz cozido, feijão refogado, carne ou ovo frito. Tudo que esteja pronto para consumo imediato e fora do pacote industrial não pode. Coisas que precisam ser processadas podem entrar, por exemplo, polvilho. Sempre observando a quantidade. Nada de trazer uma mala cheia de sacos de polvilho, okay?!
Embalagens tipo saquinhos de plástico é sempre melhor. Já pensou uma mala cheia de latas de Nescau? Super pesado! Sempre melhor que as embalagens seja as originais ao invés de abrir os sacos e tirar (ou colocar) um tanto, por exemplo.
Produtos caseiros são mais complicados, mas desde que sejam permitidos e bem embalados, tudo bem. Coloque em saquinhos tipo ziploc tire o excesso de ar e vai fundo.
Líquidos tipo guaraná. Ah, o nosso guaraná... Pode trazer, mas é melhor que seja em garrafa plástica pet. Não sei porque, mas eu acho que as latas são mais complicadas.
Sementes, sementes de guaraná, são proibidas porque os países tentam ficar longe de plantas e animais que não são próprios do local. Sabe a história caramujos gigantes africanos (escargots) que foram importadas para o Brasil nos anos 2000 e viraram praga? É isso que eles tentam evitar. No caso de querer trazer feijão (eu mesma!) esteja preparada para ter a mala aberta, porque no raio X ele se parece com milho. Milho não pode porque os EUA são grandes produtores e não querem pragas alheias nas plantações dels. Compreensível, eu acho. Semente tostada e embalada até pode, castanha de baru por exemplo. Afinal ela perde a capacidade de brotar depois de tostada.
Outras coisas você encontra aqui, fácil, fácil! Muita coisa vai estar na seção de comidas internacionais do Walmart, por exemplo. Leite condensado, feijão (mas é meio duro, eu acho velho).
Será que vão confundir farinha com droga, pensam alguns. Não! Elas tem cheiro diferente, pessoal. O visual não ajuda muito nesse caso, então o raio X vai acusar um pacote de farináceo, mas os sniff dogs (cães farejadores) são bem treinados nisso.
Sensibilidades alimentares estão ficando cada vez mais comuns e para isso lá vai mais uma dica de ouro. Chegue na cidade que vai visitar e vá direto num mercado tipo Whole Foods ou Fresh Market. Lá você vai encontrar o paraíso dos celíacos, alérgicos, doentes, sensíveis e tudo mais que é pereba digestiva. Falo sério! São produtos especiais, mas vou dizer que... por causa da inflação no Brasil tudo é tão caro que na conversão, mesmo com o tão Real baixo (1 para 4 hoje), dá na mesma. Sério! Exemplo, chocolate sem lactose, sem glúten, sem dextrose no Brasil é super difícil de achar e custa uns 20 reais a barra de 80g; nos EUA o mesmo tipo de chocolate (não a mesma marca, neh?) custa uns 4,90 dólares. Viu? Deu na mesma e você experimenta um produto diferente =D já que nesse tipo de mercado tem vários tipos.
Queijo pode! Falamos do queijo no começo do post e o agente disse, "tudo bem". O queijo passou, mas não era fresco e não tinha água vazando pela bolsa, como eu já vi uma vez. O sniff dog até passou perto da gente, um lindo beagle, mas nem deu bola para nosso queijo. Tinha coisa mais interessante para procurar. E ai está a prova, alguém comendo queijo mineiro curtido no vinho tinto - iguaria do sul de Minas - na sala de embarque do aeroporto local americano.
Carne e ovo são coisas complicadas... os EUA proíbem a entrada de carne de países onde existem a doença da vaca louca ou outras doenças. Até o meio de 2015 o Brasil tinha problemas de exportação de carne fresca para cá, isso está mudando, mas vai saber quando oficializam isso... Algumas carnes enlatadas são permitidas, mas não pode ser bife, carneiro, bisão, entre outros, ou seja, melhor não trazer! Ovo é mesma história, então leia mais aqui.
Coisas congeladas, tipo sopinha de bebê congelada é comida e não pode! Sei que é difícil, mas tenho algumas ideias nesse caso. No vôo é fácil, escolha um tipo de comida que ele vai poder comer. Veja esse post que fiz sobre isso. A primeira, pesquise com antecedência um tipo de papinha americana que ele consiga comer. Chegando na cidade compre várias. Segunda, hospede-se num hotel que tenha uma pequena cozinha, compre os legumes no mercadinho mais próximo, cozinhe no microondas e amasse com o garfo. Terceira, veja os restaurantes especiais perto de onde você vai estar, toda cidade vai ter algum. Compre comida a mais e tenha sempre consigo para emergências.
Mistura para fazer pão de queijo, pode; mas o preparado congelado, não pode. Entretanto, várias marcas podem ser encontradas por aqui. Cheese bread tem no Whole foods nas marcas como escrevi neste post. Uma marca recentemente esteve no programa Shark Tank, Brazil Bites. Ainda não achei essa por aqui, mas também não fui no Costco (mercado). outra opção é ir nos restaurantes brasileiros espalhados pelos EUA, eles sempre tem pão de queijo. Ai deles se não tiverem!
Finalizando, vale a pena trazer produtos brasileiros para os Estados Unidos? Sim e não! Pretende ficar quantos dias na terra do Tio Sam?
- Para poucos dias eu vou dizer que é melhor aproveitar para conhecer a culinária local. Ou quem sabe as oportunidades de restaurantes de outros países que existem por aqui. Em todas as cidades existem oportunidades para vários bolsos, ou seja, desde o "dollar menu" de vários fast foods, onde você come alguma coisa por 1 dólar; até o restaurante mais caro onde um prato vai custar algo perto de 100 dólares. Quer mais? Em Nova Iorque você come um pedaço de pizza por um preço ridículo ou um pretzel ou cachorro quente. Se você não tem restriçõe alimentares, vai fundo!
- Vai ficar vários meses? Aposto que vai achar mercado brasileiro perto de casa! Pode ter que dirigir uma hora e aí terá outro motivo para conhecer cidades vizinhas. Ou terá o interessante desafio de desbravar os mercados (americanos e de outras nacionalidades) em busca de alimentos brasileiros e similares. Veja esse post que fiz sobre o mercadinho asiático. Outra opção é a Amazon, tem de tudo! Inclusive os brasileiros vendendo especiarias compradas na última viagem.
E você? Tem outras dicas, dúvidas? Compartilhe com a galera, nos comentários.
Fim de ano e desintoxicação, escolha a sua!
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ATENÇÃO
Todo o material escrito na seção ALERGIA tem somente a intenção de informar com referências. Você não deve de jeito algum deixar de conversar e comunicar seu médico sobre suas decisões de trocar ou parar de tomar qualquer remédio, suplemento ou começar a fazer qualquer tratamento diferente do que foi passado por ele. Por favor, use o bom senso, faça sua própria pesquisa. Consulte seus especialistas quando resolver fazer alguma substituição que afete sua vida.
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