Folia de Reis

Este é mais um quadro da Beth que retrata o folclore brasileiro.

A Folia de Reis é mais uma tradição brasileira recebida de Portugal. 

Os magos do Oriente tinham conhecimento que uma nova estrela brilharia no céu indicando o local do nascimento do Salvador. Seguindo então o novo astro, Baltazar, Gaspar e Melchior encontraram uma família com o filho recém nascido numa gruta próxima a Belém. Reconhecendo que ali se cumpria a profecia ofertaram os ricos presentes que trouxeram de ouro, incenso e mirra.

Comemorando essa passagem do Novo Testamento bíblico, passados uns dias do Natal do Salvador, festejam-se os Santos Reis com uma festa popular. Em cada lugar recebeu características próprias embora o sentido primeiro não tenha se perdido no tempo e/ou no espaço. 

Homens vestidos de roupas coloridas, cantando, dançando e tocando instrumentos musicais rudimentares, saem de porta em porta, lembrando viajantes em busca de acolhida. Uns vão à frente, abrindo caminho, pedindo passagem. Outro traz a bandeira com desenhos alusivos ao nascimento de Jesus e aos três reis magos do Oriente. Em seguida vem o chefe ou “dono da folia” e os demais. 

Só conheço a festa muito alegre da terra onde nasci, e aprendi a gostar por causa da religião de minha família. Se eles vem em nome de Jesus, em paz, e é esse o jeito das pessoas simples comemorarem, tudo bem. Vão conservando as tradições e atraindo turistas. 

O que não combina é o arco de fogo que os foliões atravessam numa acrobacia no momento da chegada na casa do anfitrião onde comem e bebem pinga até tarde.

Muitas vezes a alegria de alguns que sofrem queimaduras, acaba em dor.

Você vai gostar de ler outros Contos da Beth que estão aqui.

--

Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".