A Beth está na França e manda lembranças! Oui, Madame. |
Resolvi aprender francês na França, já que não aprendi inglês nos Estados Unidos.
Adquiri um “pacote” numa agência de turismo: hospedagem em casa de família, aulas numa escola de francês no centro de Paris, passagens de avião, seguro e transporte terrestre até a residência que me acolherá.
Precisei tomar algumas aulas de francês antes de partir e Valéria contratou uma professora particular para mim. Além das aulas esta me trouxe aplicativos úteis, livros, exercícios. Contei lhe da minha dificuldade em entender o que um inglês nativo estivesse falando comigo. Se leio, consigo entender o teor do que ali está escrito. Quando alguém fala comigo em inglês, tenho que “enxergar escrito”, e fico bloqueada pela agilidade das palavras que saem da boca do interlocutor, e a decodificação mental que necessito.
A língua francesa e a Portuguesa são derivadas do Latim. Além disso, estudei francês, quando criança, no Colégio Nossa Senhora de Sion, que é de origem francesa. Por tudo isso acredito ter mais facilidade.
Adquiri um tablet para habituar meus ouvidos a uma nova língua através de músicas diversas e contos da carochinha.
Dispensei assuntos e coisas que pudessem tirar minha baixa capacidade de concentração. Coloquei sentido na minha memória falha.
Descobri com auxílio da minha professora Ana Amélia, Doutora em língua Francesa, que meu conhecimento desta língua está enquadrado no “niveau débutant”.
Falta desenvoltura, segurança para ouvir e falar o mínimo necessário para chegar em Paris, e ficar um mês estudando.
Transpor dificuldades, barreiras, inibição, nervosismo, ou tenha lá o nome que tiver será imprescindível daqui em diante.
Sigo confiante. Nada vai fazer-me desistir desse sonho que ora tem planejamento passo a passo, e possível realização.
Como manda o figurino!
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Enquanto o dia da viagem não chega fico a imaginar-me friorenta no inverno europeu passados vinte anos de minha única experiência.
Olho as ruas de Paris no google map e me encanto. Vejo como é linda minha escola, imagino como serão meus professores.
Rigorosos? Metódicos? Pacientes?
Tento visualizar meus colegas, todos concentrados no aprendizado da comunicação num novo idioma. Sendo jovens na maioria como me receberão em seu meio?
E se são todos estrangeiros, de que nacionalidade serão?
Pretendem trabalhar ali? Residir? Ou já moram e querem comunicar-se melhor com os nativos?
A cada dia que se aproxima vou ficando mais animada. Sei que aprenderei o tanto que pretendo que é para entender e fazer-me entender ao interlocutor francês. Poder andar a pé nas proximidades da minha residência provisória. Comprar bilhetes para o transporte coletivo, que pretendo utilizar. Apreciar a paisagem, passear, conhecer um pouco da cultura local.
Docinhos franceses e notícias horrendas do Brasil. |
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".