fevereiro 16, 2018

Quando nada mais importa...

Por Elisabeth Santos

Caminhos da vida.

Quando você não fez o que tinha de ser feito, não pronunciou as palavras salvadoras na hora certa; não reagiu devidamente aos fatos, não ensinou o certo, nem se desviou do erro que pressentiu...

E você neste dia chega a pensar que o momento exato chegou, de tomar a atitude adiada, não tomada no devido tempo... Analisa tudo e percebe que hoje não faz a mínima diferença recorrer a fatos passados, tentar por no devido lugar as coisas e pessoas, reagir ao que já deveria ter reagido, fazer o certo de acordo com seus princípios... Enfim quando você acha que é a hora e a vez... pode ainda não ser. Se nada mais importa, tente balançar o ombro, e fechar a porta!

Que lhe importa lá? Água pra cima, água pra baixo já não faz diferença, mas seguir em frente é preciso. Enquanto há vida, há esperança. Não cabe a negação dos caminhos tortuosos percorridos através dos anos. Basta continuar a caminhada nas escolhas feitas, e na convivência passiva com as consequências das mesmas no seu encalço.

Se, será fácil não há garantias, porém se você nem tentou escrever sua própria história, deve ter sido fácil sim, e será cômodo, pelo menos.

Há quem vire a mesa como há quem não dá o braço a torcer; há quem balance a cabeça respondendo sim, igual ovelhinha de presépio, mas existe aquele que numa cajadada acerta três e sai no lucro. Se você sempre preferiu ficar na sua, sem dar bola para o que acontecia ao redor, será um pouco complicada a guinada de cento e oitenta graus em busca do caminho que imagina ser o melhor no momento.

Se conselho você for pedir, o conselheiro não poderá receber a responsabilidade da escolha feita. Só aconselha. Não o obriga!

Geralmente o bom conselho é agradecido; o conselho não tão bom, ou que resultado positivo não rendeu é esquecido.

Então, no caso de remendos novos em tecidos nem tanto... serão reconhecidos de longe. Também os frutos que caem longe de suas árvores; os gatos comprados como lebres; os lobos a vestir pele de cordeiro para infiltrarem-se no rebanho... Tudo pode ter novo sabor quando assumido: a volta por cima; a retomada; as mãos nas rédeas do direcionamento a ser dado.

Assim diz o Rei: “Se chorei, ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.”

Assim dirá você: “O que fiz, deixei de fazer, ou só retardei a decisão é problema que resolverei assumidamente e da melhor forma, no momento oportuno que pode ser... JÁ!”




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".


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