Por Elisabeth Santos
Caminhos da vida. |
Quando você não fez o que tinha de ser feito, não
pronunciou as palavras salvadoras na hora certa; não reagiu devidamente aos
fatos, não ensinou o certo, nem se desviou do erro que pressentiu...
E você neste dia chega a pensar que o momento exato
chegou, de tomar a atitude adiada, não tomada no devido tempo... Analisa tudo e
percebe que hoje não faz a mínima diferença recorrer a fatos passados, tentar
por no devido lugar as coisas e pessoas, reagir ao que já deveria ter reagido,
fazer o certo de acordo com seus princípios... Enfim quando você acha que é a
hora e a vez... pode ainda não ser. Se nada mais importa, tente balançar o
ombro, e fechar a porta!
Que lhe importa lá? Água pra cima, água pra baixo já
não faz diferença, mas seguir em frente é preciso. Enquanto há vida, há
esperança. Não cabe a negação dos caminhos tortuosos percorridos através dos
anos. Basta continuar a caminhada nas escolhas feitas, e na convivência passiva
com as consequências das mesmas no seu encalço.
Se, será fácil não há garantias, porém se você nem
tentou escrever sua própria história, deve ter sido fácil sim, e será cômodo,
pelo menos.
Há quem vire a mesa como há quem não dá o braço a
torcer; há quem balance a cabeça respondendo sim, igual ovelhinha de presépio,
mas existe aquele que numa cajadada acerta três e sai no lucro. Se você sempre
preferiu ficar na sua, sem dar bola para o que acontecia ao redor, será um
pouco complicada a guinada de cento e oitenta graus em busca do caminho que
imagina ser o melhor no momento.
Se conselho você for pedir, o conselheiro não poderá
receber a responsabilidade da escolha feita. Só aconselha. Não o obriga!
Geralmente o bom conselho é agradecido; o conselho não
tão bom, ou que resultado positivo não rendeu é esquecido.
Então, no caso de remendos novos em tecidos nem
tanto... serão reconhecidos de longe. Também os frutos que caem longe de suas
árvores; os gatos comprados como lebres; os lobos a vestir pele de cordeiro
para infiltrarem-se no rebanho... Tudo pode ter novo sabor quando assumido: a
volta por cima; a retomada; as mãos nas rédeas do direcionamento a ser dado.
Assim diz o Rei: “Se chorei, ou se sorri, o importante
é que emoções eu vivi.”
Assim dirá você: “O que fiz, deixei de fazer, ou só
retardei a decisão é problema que resolverei assumidamente e da melhor forma,
no momento oportuno que pode ser... JÁ!”
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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