agosto 13, 2019

Bons livros


Por Elisabeth Santos


Recebi de presente dois bons livros de poesias e curti ambos. Bráulio Bessa é o autor de “Poesia que Transforma”. Ele poeticamente fala de um recomeço para todos que desejam um novo tempo em suas vidas. Inicia pela vontade de fazer diferente, de não ficar somente na vontade, e realmente tentar! Bem próprio do nordestino brasileiro que nunca desiste.

O poeta apareceu nas redes sociais para valorizar as diferenças da população brasileira, a ocupar enorme território. Todos tão semelhantes, assim mesmo vítimas de desconfortável preconceito que tentava fracionar a Nação, jogando uns contra outros por nada de concreto.
Tive um pouco de experiência em ver, ou sofrer preconceito por ter família vinda de Aracaju (SE) para Campanha (MG).

Aconteceu de eu ter nascido no Sul de Minas. Poderia ter nascido em Sergipe, pois dois de meus irmãos pouco mais velhos são naturais de lá, e o seguinte foi trazido no ventre de minha mãe. Enfim... meus pais trouxeram muito de onde estiveram: um pouco da cultura, boas recordações do povo, transmitindo aos filhos o que aprenderam de melhor no período em que moraram no menor dos estados brasileiros. E ainda ensinaram a mim e minhas irmãs mais novas: o alfabeto de lá, o sotaque e linguajar comum; sobre as belezas do nordeste, a maneira livre de bem viver numa cidade litorânea, a simplicidade de conviver junto à natureza, o tanto que tudo isto pode ser verdadeiramente saudável para o corpo e a alma de cada um de nós!

Acho que isso me tornou meio nordestina, apreciando cordel, tapioca, coco, rapadura; o balanço de uma rede, o canto do corrupião se juntando à gritaria do papagaio; até a sobrevivência com trabalho farto e água potável escassa aprendi!

Li com muito gosto “Poesia com Rapadura” (2017), e não saberia escolher um texto para citar aqui. Então, e por tudo descrito acima, uso de permissão poética para compor meu versinho:

Pode ser que eu vá pra frente devido a uma topada,

Mas não me esqueço de ser feliz por vitória conquistada,

Mesmo sendo sonhadora, e meu sonho não ter preço,

Quero que chegue a mensagem que lá vai sem endereço:

Acredito na amizade, que é amor com fraternidade,

Quando todos se dando as mãos

Fazem do cordel uma canção...

Em formato de coração!




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".   

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