Por Elisabeth Santos
Seja “terra em forma de morcego” ou “coisa na cor
vermelha da pitanga” o nome soa engraçado, divertido como a “tonga da mironga
do kabuletê”. Busco o significado para não escrever a bobagem de significado
ignoto. Hoje a internet oferece meios de consulta rápida e eficaz. Ninguém
precisa preocupar-se em desconhecer assuntos que não fizeram parte de seu
currículo escolar. Vai à enciclopédia virtual, solicita ajuda dos demais
navegadores, lê opiniões diferentes e faz uma média pessoal e intransferível,
posto que, opinião é para ser assim mesmo. Cada qual tem uma, e defende a sua!
Estou tentando escrever sobre minhas idas a Joinville,
cidade por onde passei em algum dia de turista, e passeei em dias de visita à
pessoas muito queridas nos últimos cinco anos.
Lá eu tenho: onde hospedar-me; guia especial de
excursão; tratamento preferencial, diferenciado e carinhoso. Imaginem só
quantos motivos tenho, para sair de Minas e chegar ao estado de Santa Catarina
numa boa, disposta e feliz seja de ônibus, carro ou avião! Pra que haveria de
querer voltar a pé pra Minas Gerais como já cantaram em músicas sertanejas?
Cada vez que chego a Joinville surpreendo-me com uma
programação diferente. Só me intriga o fato de estar na cidade e não ver o mar.
Até que um dia fomos todos juntos ao Mirante. Do telescópio enxerguei, lá longe,
uma faixa horizontal mais clara do que a vegetação. Era o Atlântico! Ainda não
me dei por satisfeita.
O guia turístico gostava de surpreender a mim e ao
restante da turma. Se ele nos perguntasse “aonde iremos hoje?”, a maioria ia
responder: “tanto faz”. Assim sendo, pelas experiências anteriores, ele só
dizia: _ Hoje almoçaremos fora!- e lá íamos nós soltando a voz nas estradas.
O restaurante é a beira mar, mas fica em outro
município. Tá valendo! Comida muito boa e variada. Churrasco ou peixe, ou
churrasco e peixe, como pedir o freguês.
E o mar de Joinville eu vi nesse ano de 2019!
Acho que foi para despistar... Passamos primeiramente
no Parc de France. Apreciamos a paisagem do morro Boa Vista, o lago, os jardins
bem cuidados, a arquitetura das mansões, e as aves bem à vontade ciscando pelo
verde natural ou subindo nas árvores. Tudo perfeito!
Já no Bairro dos Pinheiros, um cheirinho de mar
entrando pelo meu nariz, mesmo da janela do carro passei a observar o
manguezal. Não sendo época da caça ao siri e caranguejo, havia poucas pessoas
observando à beira do bioma ou “grande caldeirão”, o movimento dos bichinhos em
crescimento. Se a maré estivesse alta, a água salgada estaria por ali. Como não
estava, pude notar flamingos bem vermelhos, garças alvíssimas, outras aves em
preto e branco tentando catar algum alimento. Ao meu olhar atento, mas
desacostumado de litorais, não escaparam as árvores magras, desfolhadas,
escuras contrastando com outras ainda verdes.
As construções, do lado oposto a esse, margeando a
avenida, diferenciam bastante do que vira há pouco. Esse trecho é bem comercial
com restaurantes, lanchonetes e bares para todo gosto. A maioria dos residentes
por ali presta algum serviço nas marinas lotadas de embarcações, nos
estacionamentos, pontos turísticos etc.
Almocei com apetite depois de andar pelo local,
conversar com pescadores no píer, mirar a baía da Bitonga, idealizar outras
visitas à localidade que é muito interessante.
Tenho que ressaltar o bom atendimento recebido no
restaurante de deliciosos pratos de frutos do mar. A variedade e fartura oferecida
no cardápio bem temperado.
Afinal eu não fui ali só para ver e ouvir o mar de
Joinville, mas também sentir seu aroma e gostinho peculiar.
Valeu!
--
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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