Silêncio, ele está dormindo...
Quando se faz silêncio total dá para desconfiar, e
perguntar-se: _ Em que mundo estaria eu?
Mas no mundo do silêncio não se ouve nada, nem
pensamento. Então pra que perguntas, se as respostas não virão? É por isso que
o som é sinal de vida. Vida brotando, crescendo, se esparramando, e depois se
arrefecendo. O silêncio, ausência de vida seria a paz, o descanso eterno para
uns, a interrupção inesperada do agito diário para outros. Este desligar-se
surpreende e faz mal. Traz uma porção de “por quês” com variadas respostas que
sobreviventes aceitam “por obrigação”. O dever de dar-se continuidade ao que
está sendo construído no aqui e agora, não fala mais alto, grita!
Assim sendo vemos, ouvimos, fazemos uso de toda nossa
capacidade e diversidade de sentidos por uns tempos. Após este viver, resta-nos
o silêncio. Aos que ficam... as lembranças.
Boas, mais ou menos, e ruins poderão durar muito mais
tempo do que foi contado e medido no calendário terrestre.
Daí vem a importância de não se medir, pesar, contar
nos dedos ou ábaco o tempo de vida de alguém que se foi. Vidas de um, ou de
minutos incontáveis poderão transformar a pessoa, ou até mesmo o mundo da qual
ela faz parte.
Se tivermos chance de idealizarmos um mundo melhor,
através de pensamentos, atos e missões cumpridas vamos tentar! Se conseguirmos
concretizar algo neste sentido, tanto melhor. Depois que virarmos números em
estatísticas diversas, ainda assim fizemos parte do que hoje existe.
E não é pensando no que fomos, nem no que viveremos.
O momento presente deverá ser tido, e vivido como um
presente de Papai Noel: _Surpreendente!
Certezas sobre o futuro não haveremos de ter.
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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