Por Elisabeth Santos
Chears! |
A primeira excursão gastronômica que participei foi em
New York com parentes e amigos curiosos de provar receitas criadas pelos mestres
dali. Excursão saborosa e variada: bebidas, molhos, acompanhamentos, salgados e
sobremesas especiais.
Desta vez, excursionamos em Quebec (Ontário),
abrangendo principalmente Gatineau, suas quatro irmãs (Hull, Aylmer, Buckingham
e Masson-Angers) mais a capital do Canadá, Otawa. Começando por um simples
brunch, mistura de breakfast com lunch que pode ser traduzido pela brasileira
aqui, tal e qual um almoço perfeito para quem deseja passear bastante e
conhecer de tudo um pouco.
A guia poliglota sabendo da preferência dos amigos ali
reunidos indicou o melhor, confirmado pela extensão da fila à porta do
estabelecimento. Os nomes das refeições são bem criativos, mas tudo ilustrado
no menu, tornou fáceis as escolhas. Cada combo (ou prato) de, pelo menos,
quatro tipos diferentes de alimentos abastecia bem o reservatório energético da
turma.
E lá íamos nós, conhecendo lindos lugares, visitando
monumentos e museus interativos, deslumbrados com vegetação e arquitetura
cobertos de glacê, digo neve fofa, alva e friíssima.
Uma parada no mercado para conhecer o melhor de cada
país: Comida americana, libanesa, mexicana, francesa, italiana ou oriental;
artesanatos de vários povos; todos os idiomas juntos e misturados como dizemos cá
no Brasil.
_ Ah se o mundo
pudesse ser essa grandiosa festa...
Por fim, a cada dia encerrado de visitas à História e
tradição do Canadá, lauto jantar, ou creme de frutos do mar, conforme
preferência do visitante estrangeiro, sempre por mãos mais que especializadas
em bem servir.
E aqui fica mais uma sugestão, retirada de fato
acontecido. Ao perguntarem a você, se deseja experimentar Cauda de Castor, responda
que sim. Eu, por entender Caldo de Castor disse veemente não. Na insistência da
maioria, já sabendo que o animalzinho construtor de diques, não estaria sendo
sacrificado, aceitei, gostei e diverti-me com a confusão sonora que fiz com
“caldo e cauda”. A venda era num quiosque ao ar livre (ou neve livre) e a fila
só aumentava, para escolher o sabor e fazer o pagamento. Compensou! Mil vezes
recompensada comi uma guloseima deliciosa! Mal comparando, pois só conheço
pastel na América Latina: o formato do doce era de uma cauda de castor.
Trata-se de uma massa frita semelhante ao popular pastel, passada no açúcar com
canela. Sobre a massa, à sua escolha: compota de maçã, de banana ou até
cobertura de chocolate.
Então, para mim é um “pastel aberto”, que se come
quentinho, segurando em guardanapo de papel grosso.
Amei e vou experimentar fazê-lo em casa, para minha
família.
Sugiro aos meus leitores que cheguem ao Bearvertails e
experimentem.
Delícias experimentadas pela Beth lá no Canadá. |
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".