outubro 28, 2016

Alternativas

Por Elisabeth Santos

©  | Dreamstime Stock Photos
As mamães ensinam seus filhos a não deixarem o sabonete derreter dentro da banheirinha. Depois os ensinam a usar o mínimo de água. E ainda a limparem-se bem para não terem que deixar resíduo nenhum na toalha de banho, que também tem de ser lavada sem desperdícios.

Na hora das refeições as mamães orientam os filhotes a se alimentarem direitinho, para não ter que jogar fora comida boa.

Indo para a escola os alunos são instruídos a não arrancarem folhas de papel do caderno ao primeiro errinho. Vão assim adquirindo outros bons hábitos de preservação da natureza.

Com estes novos/velhos conhecimentos, vistos através da ótica pós-moderna, de que há recursos não renováveis, entretanto imprescindíveis para nossa permanência no Planeta Terra... Crianças se tornam adultos conscientes de suas responsabilidades. Certas disto terão hábitos muito 

diferentes de seus pais e avós que nasceram numa época de muita água potável e pouco sabão comprável!

As alternativas para humanos terem qualidade de vida nos próximos milênios na Terra existem, mas não são muitas.

Pode ser que muitas das coisas feitas em casa, acabem por ter um local específico para serem realizadas como refeições em refeitórios; limpeza de roupas em lavanderias adequadas à utilização correta da água; moradias com paredes e chão auto limpantes, e mais um mundo de mordomias para as (os) donas (os) de casa. Mas, como sempre existe um mas, estas e estes, ainda estarão pensando em novidades. Trabalharão no desenvolvimento de novíssimas tecnologias.

Uma outra alternativa vislumbrada seria o contrário: as crianças de hoje, adultos de amanhã, estarão tão ocupadas em fazer tudo certinho que não lhes sobrará tempo para trabalhar!

O bom de nos perdermos nessas divagações é poder saber ao certo, que as diferenças continuarão existindo entre diversas culturas e que todos terão seu lugar embora com tantos e tão violentos contrastes.



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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