Quadro Naif da Beth. |
Dona Badia, dizem
por aí que o melhor da festa é esperar por ela.
Há quem acredite
que o melhor da festa é sempre o fim.
Fim de festa
para os convidados mais íntimos pode significar lucro. Ganha-se uma caixa de
salgadinhos, docinhos e fatia extra do bolo para levar para casa. Se sobrar é
lógico. Nas festas daquela família, super exagerada nos “comes e bebes”, e muito amiga da Dona Badia, sempre sobrava. Quando
faziam a lista dos convivas providenciavam comida para todos e mais alguns que
poderiam aparecer de surpresa. O resultado: um mundo de sobras deliciosas e todos
ali muito bem servidos.
Dona Badia achava fim de
festa uma maravilha! A anfitriã dizia a ela:
_ Quer levar uma taperwere de feijoada?
_ Aceito sim!
_ Então leve
também esses dois pacotinhos de farofa.
_Levo sim. A
moçada lá adora essa marca.
_ E da salada de
frutas com groselha e creme, que vai perder? Quer um pouco?
_ Quero também.
De quebra, ainda
ofereciam-lhe uma carona até sua casa.
Lá chegando, Badia
chamava os vizinhos, batia um suco de uvaia ou de limão com pedras de gelo no
liquidificador e sentavam para conversar sobre a festa terminada numa outra
festa ali iniciada naquele momento!
Enquanto ela
repetia os causos e notícias ouvidos na festa número um, as pessoas ao redor da
mesa da sua cozinha apreciavam os quitutes ganhos e elogiavam.
Estava
acontecendo naquele momento... a festa número dois!
Conclusão:
Esperar ansiosamente uma festa pode ser o
melhor, mas não é tudo.
O rolar e
desenrolar de uma festa são oportunidades de rever amigos, conhecer outros,
descontrair e alegrar o coração da gente.
E o fim de festa na casa da Dona Badia...
É LOKO
DE BOM por ter tudo isto!
--
Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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