Mais um quadro da Beth. |
O dia em que o rapaz foi pedir a mão da moça em casamento e ouviu do futuro sogro que não seria bem o tipo que ele queria para sua filha, e que voltasse quando tivesse pensado melhor no assunto, sentiu-se desafiado.
Tratou de arrumar um emprego, deixar
as más companhias de lado, para então voltar à casa da namorada, ficar noivo, e
marcar casamento.
Este rapaz foi um, que encarou a
crítica como um desafio e enxergou sua capacidade de constituir família ao lado
de sua amada.
A moça, por sua vez, foi aprender
prendas domésticas e ouvir com atenção os conselhos da mamãe, das vovós, das
tias casadas, sobre a responsabilidade da vida conjugal.
Pois as coisas não mudaram muito.
Pelo menos nas novelas. As cenas do casamento religioso, com a fatídica frase
do padre: _ Se alguém tiver alguma coisa contra esse casamento, que fale agora
ou se cale para sempre! – ainda é motivo de rebuliço dos convidados em meio à
cerimônia. Quem teria? O que seria aquela ”alguma coisa contra”?
E depois do _ ”enfim sós!” Segue a
novela com a cena dramática do parto. A jovem senhora recém casada também
preparou o espírito para enfrentar esse desafio: não só dar à luz, mas
desdobrar-se em cuidados com o filhote, sem descuidar-se de seus outros papéis.
E a novela prossegue com outros
tantos desafios para a nova família: o orçamento doméstico, a educação do
filho, a manutenção do carro, o lazer do fim de semana, as tentações
mundanas...
Aí é que a novela dá mais IBOPE! Se
não enredar bastante, ninguém quer ver. Este fica sendo o grande desafio da TV
atual: criar “triângulos amorosos” de seis ângulos ou mais, para conservar o
telespectador de olho na telinha sem mudar de canal.
Audiência é o grande desafio e para
enfrentá-lo... vale tudo!
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