agosto 22, 2014

Outro Conto da Carochinha


“João e o pé de feijão” é dos contos da Carochinha mais apreciados pelas crianças. De especial a história tem um logro, que foi trocar uma vaca por uns grãos de feijão, que termina bem devido aos feijões serem mágicos e darem origem a uma planta gigantesca. Nas idas e vidas do conto cheios de emoções, João atinge as nuvens através dos galhos compridos, que se enroscando no telhado e chaminé da casa, não param de crescer. Lá no céu existe um rico castelo e uma mulher abre a porta pro João avisando ser ali a morada de um gigante mau que no momento está tirando uma soneca. 

O menino declara estar com fome e a mulher lhe oferece um prato de comida. Em outras idas ali, João percebe ter o gigante uma fortuna imensurável e planeja levar um pouco para si e sua mãe que vivem na miséria. No dia que ele consegue pegar um punhado de moedas e vai descendo pelo pé de feijão até sua casa... o gigante vai atrás e sendo o menino mais ligeiro que aquele trambolho, atinge o chão primeiro, corta o pé de feijão, o gigante cai e morre.

Este conto além de ter vários elementos para as crianças se identificarem, possui algo que encanta os adultos também: O enriquecimento rápido, num passe de mágica ou num lance de pura sorte.

Hoje há muita diversidade no mercado de ações (todas com risco). O agronegócio (onde o investidor não precisa conhecer atividades agropecuárias); o mercado futuro (com seu reajuste diário de perdas e ganhos) pode fazer um milionário do dia para a noite e também desfazer sua fortuna num único golpe.

Investimentos em ações há para todo gosto, sempre com risco de perder mais do que ganhar. Não tem outro jeito.

E o João?

Como viveu na Carochinha, fez um mau negócio e acabou se dando bem. Bem assim:

Trocou dinheiro por uns grãos de feijão=azar. Dos grãos de feijão nasceu o feijoeiro magnífico=sorte. João subiu e encontrou um gigante feroz=azar. Adentrando o castelo do gigante achou e pegou moedas de ouro=sorte. Voltando para casa, pelo feijoeiro, o gigante corre atrás dele=azar. João chega ao solo e corta o feijoeiro com machado derrubando junto o gigante do mal=sorte. E acabou-se a carochinha carunchada... azar!




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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