março 05, 2019

Quanto riso e alegria

Texto de Elisabeth Santos

Foto da fanpage da cidade, clique para ver mais.

Tenho gosto pelas marchinhas de carnaval maliciosas ou não. Elas dizem sem dizer, ou melhor, sem explicitar. Ninguém precisa entender o real significado daquelas comparações e rimas para dançar, pular, sambar ou simplesmente brincar no carnaval. O importante é divertir-se! Há um tempo para tudo nos trezentos e sessenta e cinco dias do ano, e logo no primeiro trimestre, tem-se a oportunidade de descansar do trabalho mesmo que seja assentado numa poltrona em frente à TV.
 
Respeite-se o gosto de todos, e de qualquer um!
 
As marchinhas românticas dessa festa permaneceram porque amar não discrimina idade dos pares. Quando estou a ouvir músicas de carnaval dos velhos tempos parece que estou num salão de clube. Cantando junto, estou mesmo revivendo aquele momento do passado. Dançando no ritmo certo, gesticulando de acordo com o que diz a letra de cada marcha carnavalesca, à vontade, pois entre amigos e familiares... Tenho menos vinte anos dos tantos que tenho bem vividos! Quem algum dia aproveitou o carnaval em boas companhias, deve saber o que estou a relembrar.
 
Somos mais de mil palhaços no salão em que se transformou a praça central da nossa cidade. Palhaços que vestindo a fantasia estão conscientes de que nada é para sempre. Tudo é um rio a passar em nossas vidas e nossos corações se deitarem na correnteza. Os melhores sambas enredos cantam a vida que se passa, o tempo que escorre que nem areia nos vãos dos dedos; falam de nossas raízes; da cultura miscigenada do nosso povo; da beleza natural do mundo; do universo, trazendo de volta valores perdidos nesse girar infinito.
 
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Cidade rima com felicidade,
Esquenta a bateria rima com alegria.
Mesmo sem fantasia
Pode-se até ser
Rei, ou rainha...
Por um dia!
Explode coração
(de infarto NÃO.)

 

 
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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