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Depois que Dom Ratão caiu na panela de feijão antes
mesmo do seu casamento com Dona Baratinha, ninguém do Reino da Bicharada quis
servir feijão em dia de festa.
O rei que conduzia a princesa Aurora ao altar para
casar-se com seu encantador príncipe, ofereceu aos convivas três dias de festa.
Serviu feijão? Não!
O feijão ficou esquecido por séculos a “seculoruns”, até
voltar em apetitosa feijoada. Em dias amenos, almoço com este tradicional prato
brasileiro, agrada muito.
Quem não ficou satisfeito com o feijão daquela forma
guarnecido foi a família dos Três Porquinhos. Afinal feijoada tem pé de porco,
orelha de porco, carne de porco como ingredientes originais. Mal comparando,
teria sim um porco caido no caldeirão do feijão antes da festa!
Chapeuzinho Vermelho ia pela estrada a fora levar uns
doces para sua avó. Na metade do caminho encontrou o João do Pé de Feijão.
Conversa vai, conversa vem ele a convenceu a levar uns feijões para a vovó
cozinhar em sua sopa. E ela aceitou, mas deixando cair um grão viu-o brotar e
crescer com tamanha rapidez, que atingiu uma nuvem. Claro que ela, assustada,
fugiu correndo.
Quem passou por ali em seguida, deve ter sido Branca
de Neve. Colheu vagens daquela planta tão linda para preparar o jantar dos sete
anões. Cada qual reagiu de um jeito: Feliz elogiou; Dunga repetiu; Atchim foi
curado dos espirros; Mestre quis a receita da cozinheira; Soneca comeu até
ficar com os olhos arregalados; Dengoso precisou colocar açúcar no feijão;
Zangado lavou a panela sorrindo!
Quando a bruxa ali chegou trazendo a sobremesa de maçã
vermelhinha, ninguém aceitou o presente por estarem satisfeitos!
Em seguida chegaram João e Maria que estavam perdidos
na floresta. Branca de neve e os Sete Anões não tendo no momento refeição
pronta a oferecer, assobiaram chamando a Fada Madrinha da Gata Borralheira.
Esta, com a urgência que a situação exigia, e já estando de memória fraca,
apontou sua varinha de condão para a estrada onde passava a carruagem do Gato
de Botas. Adivinharam, né? Não deu outra... A carruagem virou abóbora fazendo o
Marquês cair e bater com a bunda no chão.
Depois dos devidos pedidos de desculpas, sentaram-se
todos à mesa para apreciar Abóbora ao Molho Agridoce.
Ao aparecimento de Peter Pan e companhia limitada,
todos ali voltaram voando para seus devidos lugares nas páginas dos Contos de
Fadas.
Na Terra do Nunca cada qual conta sua versão dos
fatos!
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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