junho 17, 2016

Em Terra de cego

Por Elisabeth Santos

Um lindo quadro da Beth.

Se em Terra de cego quem tem olho é rei, o mesmo não se pode dizer da ”Terra de Loko”. Alguns arriscariam dizer que em “Terra de loko”, quem não é “Loko”... 

“Lokofica”. Conversa-se com um, ele só fala sobre o passado, e... como se estivesse acontecendo naquele exato momento. Conversa-se com outro, ele conta sobre o futuro com tanta certeza, que parece estar vendo/vivendo o futuro.

Meio confusos, arriscamos uns palpites sobre o presente, e tudo quanto ali é considerado “Loko” sai de perto e vai: correr atrás de uma bola de cristal; voar pela janela para embarcar num disco voador; reescrever a notícia do jornal de três séculos passados...

Quando “Lokos” têm problemas as soluções são esquisitas aos olhares dos “Nãolokos”: _ Aqueles, com toda a inteligência que possuem, não querem saber de seguir nenhuma “receita” que tenha lógica para a maioria jubilosa. Muito menos querem saber de estatística positiva, de soluções testadas e aprovadas. Preferem 

esperar acontecer por acontecer. Mas se o que ocorre em consequência é negativo... tratam de imaginar outra criatura como responsável: _Uns dizem ter visto um feiticeiro em seu caminho naquele dia fatídico; outros pretendem, que uma força invisível tenha destruído seu acalentado sonho de atingir o almejado. 

Porém se esperando sentados, imóveis e até sem piscar, por muitos anos, conseguem algo, ainda vão verbalizar sobre SUAS conquistas através de esforço próprio!

E os “Nãolokos” sentem inveja desses seres que vivem mais, e melhor assim alienados. É assim que se tornam mais “Lokos” ainda!

KKKKK...




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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