fevereiro 26, 2016

Ação entre amigos

Por Elisabeth Santos


Depois que bingo e rifa beneficentes passaram para a denominação “Ação entre Amigos” o controle sobre “Arrecadações Informais” ficou facilitado.

Um bingo realizado nesse molde, numa comunidade, poderá ser uma diversão para a família toda!

Organizar um bingo para ajudar uma causa nobre dá trabalho sim, mas as pessoas auxiliam com boa vontade:

O local geralmente é em salão emprestado, ou barraquinhas montadas em praça pública; as prendas oferecidas pelo comércio local; cartelas vendidas em bloquinhos, de porta em porta; e no dia e horário coloca-se um bom cozinheiro a fritar pastéis para ganhar-se um dinheirinho extra, e não deixar ninguém faminto.

O voluntário que vai “cantar” os números sorteados há de ter voz incansável: inicia nomeando a letra da coluna onde se encontra o número; fala ao microfone pausadamente; repete para evitar confundirem os sessentas com os setentas, e ainda faz umas brincadeiras:

O número vinte e dois é lembrado como “dois patinhos na lagoa”; o trinta e três, como “idade de Jesus”; o cinquenta e um faz alusão a “uma boa ideia”, e vai por aí afora.

Quanto às rifas, mesmo sob o nome de “Ação entre Amigos”, se assemelham a jogos de azar. Cem bilhetes vendidos para uma pessoa só ser premiada! Quase não dá trabalho organizar-se uma rifa beneficente. As pessoas não se encontram para uma diversão; não degustam pastéis com refrigerante; não anseiam pelo número que sairá ali na hora.

E para piorar a situação, se o prêmio não sair para bilhete vendido, poderá ser organizada nova rifa, com nova venda de bilhetes, e a mesma premiação.

Para alguns... Seria mais “ação de inimigo para amigo” que a legalizada “Ação entre Amigos”.


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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia". 

fevereiro 20, 2016

Aos fãs e interessados, segue o portfolio da Beth

Quadros lindos à venda para você que quer ter um legítimo naïf na parede da sala de estar.

Título: Hotel Fazenda Tinta acrílica sobre tela Dimensão: 60 cm de diâmetro.

Aproveitar o fim de semana num bom Hotel Fazenda é descanso associado a diversão e até inspiração. Só ar puro, cores, canto dos pássaros, e a sensação dos pés descalços sobre o solo são suficientes para renovar nosso entusiasmo, despertar ideias diferentes.
Título: Cinco Moradias Campestres Tinta acrílica sobre tela.
 a) Sede da Fazenda - 20 cm X 40 cm
 b) Casinha Branca - 20 cm X 30 cm
 c) Casinha Amarela - 20 cm X 30 cm
 d) Casinha Azul - 20 cm X 20 cm
 e) Casinha Alaranjada - 20 cm X 20 cm

“Você se lembra da casinha pequenina onde o nosso amor nasceu...?”
É a letra de uma canção nostálgica que nos remete a momentos de aconchego, simplicidade, despojamento, e principalmente bons sentimentos. Numa casa assim colorida, só existe lugar para vivências felizes! Então, quando se muda para uma casa maior, deve-se carregar no coração tudo de bom aprendido anteriormente. 
Título: Quatro Cenas de Festa Junina Tinta Acrílica sobre tela.
 a) A caminho da roça - 16 cm X 22 cm.
 b) Os Pares da Quadrilha - 16 cm X 22 cm
 c) O Túnel do Amor - 16 cm X 22 cm
 d) Aguardando a hora do Casamento - 16 cm X 22 cm

Tem festa tradicional mais bonita e alegre que festa Junina? Há quem diga que não! Crianças dançam felizes nas escolas; Adolescentes aproveitam os passos da Quadrilha para se divertirem; Adultos curtem desde o momento dos preparativos da comemoração dos Santos do mês de junho, até o finalzinho; Idosos relembram bons tempos passados, brincando, cantando, ou conversando perto da fogueira. Todos provam e aprovam os quitutes preparados com tanto carinho, e na hora do casamento caipira... não faltam cenas engraçadas para juntos rirem a valer!
Título: Cavalhada na Festa do Divino Dimensão: 40 cm de diâmetro Tinta Acrílica sobre tela.

As cavalhadas lembram lutas medievais entre cristãos e mouros, e fazem parte da tradição em algumas cidades do Brasil. A população se empenha nas apresentações públicas atraindo milhares de turistas. A beleza, brilho e cores das vestimentas; as músicas, e os cenários inspiram novas criações artísticas.
Título: Oito Motivos Religiosos Tinta Acrílica sobre tela.
Vida do Padre Vítor- 50 cm X 70 cm

 O quadro foi inspirado na história de Francisco de Paula Vítor, nascido em Campanha Sul de Minas.
Procissão do Aniversário do Padre Vítor- 30 cm X 70 cm

Mesmo antes de ser considerado Beato, Padre Vítor era venerado pelos católicos. O data de seu nascimento é comemorada com festa em Três Pontas onde foi pároco por muitos anos.
Nossa Senhora Aparecida- 40 cm X 50 cm

 Pintura inspirada no primeiro milagre de N. S. Aparecida, reconhecido pela Igreja Católica.
Nossa Senhora da Conceição- 60 cm X 60 cm

Nossa Senhora, ou simplesmente Maria inspirou a pintura da sua imagem com a oração da Consagração daqueles que confiam em sua proteção.
Igreja Catedral da Campanha- 40 cm X 40 cm

Sede de Bispado, Campanha tem uma das mais bonitas igrejas de Minas Gerais: sua Catedral de Santo Antônio. Reformada em 2014/2015 inspirou esta pintura.
São Jorge- 60 cm de diâmetro

Um dos mais antigos Santos da Igreja Católica tem grande número de devotos no Brasil. É também reconhecido em outras crenças como combatente do mal.
São Francisco- 50 cm X 70 cm

 São Francisco de Assis é conhecido padroeiro dos animais.
São Cosme e São Damião- 40 cm X 50 cm

Os santos gêmeos foram martirizados. A história da vida deles se confunde com outras figuras santas do Candomblé.
Título: Carrancas do rio S. Francisco Tinta Acrílica sobre tela Dimensão: 90 cm de diâmetro

As carrancas são peças artesanais esculpidas na frente de embarcações do rio S. Francisco com intenção primeira (segundo a crença popular) de livrar navegantes dos maus espíritos. Nesta pintura o mau espírito seria da Iara, que com seu canto sedutor, ia conseguir naufragar a tripulação do barco.
Título: Passarada Tinta Acrílica sobre tela Dimensão: 100 cm de diâmetro

Junto com os pássaros voa a imaginação da pintora... e desta vez ela estaria de olho no banho deles. Pintura sem limites para cantos, tamanhos e cores.
Título: Férias na casa dos avós Tinta Acrílica sobre tela
a) Lembrando a infância – 60 cm X 60 cm
b) Árvore de brinquedos – 40 cm X 20 cm

Férias escolares num local que reúna família, crianças, espaço e muita liberdade... é coisa que fica na lembrança da gente para sempre. Da mesma forma que existe calendário escolar, dias letivos, horários para pesquisa e estudo... deveria existir também: obrigatoriedade de uns dias de "puro lazer puro" para desfrutar-se do que está mais perto do nosso coração.

Entre em contato pelo blog nos comentários abaixo, pelo facebook (clique aqui) ou email ics.isabela@gmail.com.



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 19, 2016

Nada de novo

Por Elisabeth Santos

Ilustração da artista Beth.

O sujeito pulou da cama cedo, bebeu um golo de café amanhecido, pegou o pedaço de pão seco, e sem ao menos trocar a roupa do corpo saiu para a rua.

Reconhecendo os assentadores das telhas empoleirados no telhado do vizinho comentou em alta voz o jogo do campeonato anunciado para logo mais:

_ Tenho noventa minutos pra vencê ‘ocês hoje - provocou ele.

Os lá de cima rebateram:

_ Nosso goleiro é bão, e ‘ceis num vão balançá rede não sinhô.

Gargalhando o Nêgo continuou seu caminho descendo a praça comprida. Uma matilha de rua cercou-o latindo alvoroçada, e ele danou a distribuir ponta pé ao seu redor tentando atingi-los. Foi só um dos cães latir de dor, e a cachorrada moradora na vizinhança lhe fez coro, furiosa. Se estivessem soltos, certamente ia haver confusão ali.

E o sujeito continuou seu caminho para a rodoviária. Tinha um passe de ônibus para voltar ao município de origem.

Antes de embarcar perguntou ao motorista se iam seguir viagem pela estrada de terra. Ao que ele respondeu que não, por ter chovido à noite e ter inundado um trecho, Nêgo nem entrou no ônibus.

Embrenhou-se num pasto abaixando-se para passar na cerca de arame farpado, e tornou a ser o andarilho que sempre foi. 

Rasgou o passe da condução. Voltou a pé!




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 15, 2016

Sabia que Ouro Preto em Minas Gerais é a cidade da pedra-sabão no Brasil?

Ouro Preto, Minas Gerais.

Não é difícil de encontrar alguma dessas peças nos lares ou cozinhas e escritórios por todo o país ou até no exterior. Ouro Preto envia seus utensílios e artigos de decoração feitos em pedra sabão para o Brasil inteiro...  e os gringos ou brasileiros que moram fora por vezes carregam alguma coisa feita desse material.

Mandalas, porta-incensos, caixinhas e porta-retratos.

A feirinha de Pedra sabão de Ouro Preto – MG fica localizada no Largo de Coimbra, em frente à Igreja São Francisco de Assis no Centro da cidade e conta com a nota “4” em “5” no Trip advisor.

Porta-jóias e caixinhas.

Sabia ainda que os vikings por aquelas bandas do norte europeu na antiguidade já usavam a pedra sabão para fazerem seus utensílios domésticos? As peças feitas por essa matéria prima, além de serem rústicas e passarem um ar e requinte medieval também são eficazes e bonitas, além disso, são a fonte de renda de boa parte da população da região de Ouro Preto, MG.

Panelas, pimenteiras e copinhos de cachaça.
Vasos.
Tabuleiros de xadrez.

Religiosidades.

Milton dos Santos - 42 anos, possui além de clientes locais, turistas brasileiros –seus maiores fregueses - e estrangeiros, trabalha no atelier com sua família há 30 anos, antes de sua geração seus pais e avós já trabalhavam com a pedra sabão. Para ele com o tempo o artesão vai se aperfeiçoando, desenvolvendo novas técnicas, tendo mais facilidade e criatividade para produzir peças diferentes. O diferencial do trabalho da família é o carinho e capricho com que os 8 irmãos lidam com as peças.

Os telefones de contato para quem tiver interesse em compras por atacado e varejo são:
(31) 9 8612 8358 e (31) 9 8748 2634

Saboneteiras de Luana Costa (35) 9 9843 0528.

Segundo a WikipédiaEsteatito (também pedra de talco ou pedra-sabão) é o nome dado a uma rocha metamórfica, compacta, composta sobretudo de talco (também chamado de esteatite ou esteatita) mas contendo muitos outros minerais como magnesita, clorita, tremolita e quartzo, por exemplo. É uma rocha muito branda e de baixa dureza, por conter grandes quantidades de talco na sua constituição. A pedra-sabão é encontrada em cores que vão de cinza a verde. Ao tato, dá uma sensação de ser oleosa ou saponácea, derivando-se daí sua designação de pedra-sabão. Existem grandes depósitos, de valor comercial no Brasil, em maior escala no estado de Minas Gerais.



Mais posts da Amanda você vê aqui.


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Amanda é estudante de Filosofia e mora em Ouro Preto – MG. Lança no mundo um olhar contemplativo e é por isso que pode trocar informações e curiosidades sobre tudo o que gosta e experimenta: ideias, arte, saúde, ética, estética, e o principal: pessoas, além de lugares e natureza.

fevereiro 12, 2016

Outras Campanhas

Por Elisabeth Santos

Igreja de São Sebastião

No Colégio, alunos conversando sobre o feriadão que se aproximava, contavam para onde viajariam a passeio. Quando o rapazinho, novato naquela escola, disse que iria para Campanha com seus pais todos queriam saber: se seria uma Campanha Eleitoral, ou Campanha da Vacinação, ou outra mobilização qualquer onde os pais do colega trabalhariam no feriadão.

Nenhuma das opções! A família viajaria para uma cidade chamada Campanha.

Falando das variações sobre um mesmo tema, na aula de Filosofia o professor dizia do respeito que devemos ter com a crença dos outros, que cada qual é livre na escolha de um, ou vários deuses para seguir. Um dos alunos sai com essa:

_ Uai! Existe mais de um Deus?

Dali a pouco a turma foi convidada a ir até à biblioteca, e ali entre livros, enciclopédias, e periódicos constatam existir no mundo um país de tolerância máxima com religiões e deuses: a Índia.

Lá a pluralidade é bem aceita.

Voltando ao assunto CAMPANHAS, e puxando para o lado religioso, este ano a “Campanha da Fraternidade” da Igreja Católica é intitulada: 

“Fraternidade, Igreja e Sociedade”.

Na Oração o fiel pede a Deus Pai, “que envie o Espírito da Verdade para que o mundo se torne justo e solidário”.

Fraternidade, para quem ama o próximo como a si mesmo, é tudo o que a Humanidade necessita no momento.

Esta é a esperança que têm os cristãos desde que Jesus veio a ensinar o Amor ao próximo e, infelizmente, a Humanidade parece se distanciar a cada dia mais, e mais do exemplo Dele!




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

fevereiro 05, 2016

As águas vão rolar

Por Elisabeth Santos

Foto de Ramom Marques.

Vão rolar de dois jeitos: água de chuva enchendo os reservatórios secos, e “água que passarinho não bebe” goela abaixo dos foliões animados. Se depois de tanto brincarem e beberem, não pegarem na direção do carro... menos mal.

Este é um dos aspectos do reinado de Momo.

Mas temos carnaval para todo gosto, bolso e também idade.

Crianças se divertem na matinê, adultos nas ruas que se tornaram enormes salões, e os da terceira idade, reunidos em blocos aproveitam as eternas marchinhas carnavalescas cantando, e dançando com alegria genuína.

Juntos formam o que foi cantado por Zé Keti: “Mais de mil palhaços no salão” (atualizado, o título seria “Mais de um bilhão... no mundão”).

Se alguém se interessar em saber como começou o carnaval, tem muito a pesquisar. 

“Carne vale” era denominado o período que antecedia a “abstinência de carne” dos cristãos. Por isso a quaresma vem em seguida até os dias de hoje.

No Brasil, a tradição carnavalesca foi trazida pelos portugueses, e as pessoas brincavam jogando água perfumada umas nas outras. Festa denominada “Entrudo”, nas altas rodas era uma maneira de famílias diferentes se conhecerem.

Muitas mudanças houve de lá para cá. Na cidade de Oliveira, MG o maior, o melhor bloco, ainda sai jogando água um nos outros. São os “Cai n’água”!

Cá na minha cidade da Campanha, das vinte e uma horas até à meia noite, crianças dos oito aos oitenta anos podem aproveitar o carnaval como convém a uma enorme família: dançando e cantando as inocentes (ou quase) marchinhas que mexem com todo mundo.

_ “Que bom te ver novamente ‘tá fazendo um ano, foi no carnaval que passou. Eu sou aquele pierrô...”

_ “Colombina aonde vai você? _ Eu vou dançar o Iê iê iê! “

_ “Sou andorinha, que sozinha faz verão...”

_ “Olha a cabeleira do Zezé...”

_ “Pra que cabelo, pra que seu Queiróz, se a coisa agora está pra nós”.

E para encerrar o horário mais tradicional, não pode faltar o hit:

_ “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil... Cidade maravilhosa é esta aqui no meu Brasil!”



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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".