dezembro 04, 2015

Melhor idade

Por Elisabeth Santos

Chuchu do quintal da Beth

Dizem por aí que a melhor idade é depois dos sessenta, mas todos sabem decor que a melhor idade teria de ser a que estamos vivendo. 

Fernando Sabino (que poderia chamar-se Fernando “Sabido”) contou-nos: “Quando era menino perguntaram-me o queria ser quando crescesse. Se me perguntassem em adulto o que gostaria de ser... eu responderia: _Menino!”

Valendo para sexagenário de ambos os sexos sem precisar saber-lhes sua opção sexual, chamá-lo: de velho, idoso, vovô ou “semi novo”, não vai fazer grande diferença. Bom seria se fossem tratados com respeito e a devida atenção às suas limitações.

Ter prioridade na fila de espera de estabelecimentos comerciais e financeiros é bom. Receber atendimento diferenciado é muito bom. Ser compreendido é ÓTIMO!

Um dia desses fui comprar um aparelho eletrônico e a atenciosa vendedora mostrou-me três modelos diferentes, explicou-me suas funções, ensinou-me a ligar o que escolhi, e pôs-se a disposição para outras dúvidas. Ao pagar recebi desconto e um brinde/propaganda da loja.

Quem não sabe que idoso tem despesa constante com medicamentos e complementos alimentares? 

Por isso, ganhando desconto faz o dinheiro da sua aposentadoria render.

Quem não sabe da dificuldade do velho em aprender sobre novas tecnologias? (Até mesmo por que mudam diariamente). Só que, se desistir de aprender aquele mínimo necessário, vai acabar dependendo cada vez mais de outra pessoa para ajudá-lo no dia a dia. E essa pessoa poderá estar ocupada no momento... Então é melhor aprender, anotar para não esquecer, ter tudo que precisa por perto, livrar-se do desnecessário! Simplificar é a palavra de ordem.

E se o semi novo tiver alguém que além de chamá-lo: _ Vooovooô! – ainda esteja por perto... é bom aproveitar a agilidade do menor para desvendar os mistérios do computador e da internet. Unidos pela tecnologia mais avançada hão de se entreter e muito!




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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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