Por Elisabeth Santos
Foto de Ramon Marques Borges.
O Natal iluminado da cidade de Campanha no sul de Minas Gerais. |
Dentre minhas lembranças de infância está um Natal festivo, momento de reunir a família, e principalmente, recordo-me com saudades de uma expectativa enorme da criançada!
Nos preparativos da grande comemoração, noventa por cento era participado, inclusive porque se precisava da ajuda de nós, os duendes: meninada pra cá, meninada pra lá, todos auxiliavam na montagem do presépio. Desde a fase da cata das pedras próprias para a construção de uma gruta, até a colocação final da estrela cadente recortada no papel prateado, passando por tintura da serragem, encaixe do laguinho de espelho camuflado no musgo, ali se fazia qualquer elemento do universo!
A respeito dos dez por cento restantes dos preparativos... À criança nenhuma se dava o direito da ajuda em colocar-se presentes nos sapatos deixados ao redor do presépio, antes da meia noite do dia vinte e quatro de Dezembro. Tudo feito em total sigilo!
Depois vieram os natais dos netos dessa grande família, com algumas variações: as crianças reunidas na sala, perto da árvore enfeitada de luzes, aguardavam o toque da campainha. Era o visitante mais aguardado do ano: Papai Noel!
E a meninada corria a abrir a porta trancada com chave, e ao abrir...
Uma sacola vermelha, repleta de presentes, com o seguinte bilhete: Desculpem-me não entregar as surpresas pessoalmente. Tenho muitas casas a visitar. Feliz Natal a todos!
Natal de bisnetos existe também, e está sendo comemorado no século vinte e um! São muitas as variações, mas ninguém deixa passar em branco. Nas cidades, praças são iluminadas, árvores enfeitadas, mensagens de Boas Festas espalhadas por todos os lados! As famílias se reúnem, seguindo a tradição, trocam cumprimentos e presentinhos. À mesa, é possível constatar o bom gosto, capricho, carinho na escolha dos pratos que serão servidos.
O Papai Noel aparece mesmo! (foi contratado para a entrega dos pedidos escritos nos emails.)
Todo mundo feliz, na esperança que a Sagrada Família os abençoe sempre!
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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".
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