novembro 20, 2020

Além da Imaginação

Por Elisabeth Santos


Discutiam certo dia, dentro da cabeça de alguém, “A PERGUNTA QUE NÃO QUERIA CALAR” versus “O QUE SERIA SE NÃO TIVESSE SIDO”. Já adiantarei ao leitor ansioso, que poderá baixar a ansiedade porque a contenda não deu em nada, ou seja... “NECA DE PITIBIRIBAS”.

Simplesmente eu no meu dever “de ver” e escrever para que eu mesma elucide, solto as rédeas da imaginação, que sai galopando por aí.

Direto ao caso que causou o maior furor, não sei aonde...

Parece-me que a tal PERGUNTA INCALÁVEL vem junto com as pessoas ao nascerem, pois TAM TA RAM a gente ouve ao fim de uma explanação alguma indagação inesperada que a ninguém dali é dada tanta sapiência a obter a assertiva resposta.

Crianças já nem querem saber como foram feitas, mas buscam onde se apegar. De vez em quando se interrogam “onde estariam” se conosco não estivessem. Para quem estiver achando que não conheceu infante assim, devolvo A PERGUNTA:

_ Por que são tão curiosos esses pequenos seres que não param um segundo sequer de OBSERVAR, MEXER, REMEXER buscando algo sem demonstrar ter noção do quê? – concluí depois de observar que crianças não demonstram satisfação de suas buscas. Não param quietas nem quando dormem. Sonham...

E onde estaríamos nós, o que estaríamos fazendo se não tivéssemos vindo a despalmilhar este chão?

Ao tornarmo-nos adultos poderemos perguntar:

_ E se eu tivesse seguido outro caminho estaria melhor de vida? - Não saberemos! Ao renunciarmos àquele trajeto poderíamos nem ter como, por que e a quem indagar. A fila anda, o tempo voa, retomar um caminho um dia preterido na opção de outro, é sem chance para muitos. Assim como a ponte a atravessar o caudaloso rio, as águas não serão as mesmas também.

Há quem concluiu da discussão proposta no primeiro parágrafo que o melhor mesmo é aproveitar o que nos é dado aproveitar, pois “reinventar” nem sempre será provável ou possível.

Há quem escolha viver de ilusão, e “TUDO BEM”.

E existem pessoas que amam uma polêmica e sempre estarão questionando o inquestionável. Pode ser que encontrem seu par pensando “o que seria se não tivesse sido”.

De acordo com minha experiência... o que existe mesmo é muito “SE” nas cabeças e falas das pessoas.

Desde Rudyard Kipling a chegar à conclusão de... Poderes “da existência a que dás brilho/ aproveitar todo o minuto teu/ sem desperdício algum, então, meu filho, / és um Homem de bem e o mundo é teu!”






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Elisabeth Carvalho Santos desde alfabetizada lê tudo que aparece à sua volta. Depois de aposentada professora (não de Português) resolveu escrever. Colabora com o jornalzinho da família, participa de concurso cultural e coleciona seus textos para publicar oportunamente. Os assuntos brotam de suas observações, das conversas com amigos e são temperados com pitadas de imaginação e bom humor. Costuma afirmar que "escrever é um trabalho prazeroso e/ou um lazer trabalhoso que todo alfabetizado deveria experimentar algum dia".

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